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Ecclestone diz que GP dos Estados Unidos corre sério risco

Dirigente revela que evento, que deveria estrear em outubro de 2012, está atualmente sem contrato por falta de dinheiro

Bernie Ecclestone diz querer garantias

De acordo com Bernie Ecclestone, o GP dos Estados Unidos corre sério perigo de não acontecer antes mesmo de sua estreia, prevista para outubro do ano que vem. O dirigente, que cuida dos direitos comerciais da F-1, afirmou que o risco do evento ser retirado do calendário é de “100%”.

“Fizemos tudo o que podíamos para nos assegurar que essa corrida acontecesse”, afirmou à agência de notícias Press Association. Perguntado se havia o risco da prova não ser realizada, o inglês afirmou: “Sim, com certeza, 100%.”

A construção do Circuito das Américas sofreu vários entraves nos últimos meses, desde questionamentos públicos acerca da mensagem anti-meio ambiente que o GP passaria até uma disputa, que se intensificou nas últimas semanas, entre os construtores e os organizadores do evento. Recentemente, até o governo do Texas avisou que não adiantaria dinheiro a um evento cujo retorno para o estado não era garantido. 

Segundo Ecclestone, o contrato original, com a Full Throttle Productions, de Tavo Hellmund, havia sido cancelado recentemente devido ao não cumprimento de datas e problemas de crédito. Desde então, o dirigente tem negociado com os construtores do autódromo, a COTA, que pararam as obras da terça-feira alegando que as negociações não estavam caminhando como o combinado.

“Esses outros [COTA] apareceram dizendo que queriam fazer as coisas, mas tinham problemas com Tavo. Eles disseram que tinham o circuito e queriam um acordo comigo”, revelou. “Disse a eles que se entendessem com o contrato de Tavo, o que eles disseram que fariam. Mas isso acabou agora porque cancelamos o contrato de Tavo, pois ele o havia quebrado – e sabe muito bem o porquê.”

Ecclestone revelou que a FOM esperou seis meses para que o contrato fosse regularizado. Agora, sem nada assinado para a realização da prova, o dirigente espera um acordo com a COTA.

“Tudo o que pedi a eles é que nos dêem uma carta de crédito. Estamos tentando assegurar o dinheiro que eles terão de nos pagar. Isso é [conseguido] normalmente via banco. Se não se tem dinheiro é difícil conseguir uma carta de crédito, e assim não firmamos contrato.”

Ainda que a F-1 perca o GP dos Estados Unidos em Austin, recentemente foi anunciada a realização de uma prova em Nova Jersey, a partir de 2013.

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Julianne Cerasoli
Fórmula 1
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