Ecclestone reconhece que não pode forçar equipes a ir ao Bahrein
Mesmo que o regulamento permita que a FIA obrigue times a participar de todos os eventos, dirigente diz que "isso não ajudaria"
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Após garantir a presença da F-1 no Bahrein na próxima semana, mesmo com notícias de conflitos entre forças do governo e manifestantes, o chefão da categoria, Bernie Ecclestone resolveu colocar a decisão nas mãos das equipes.
O regulamento prevê que as equipes têm de participar de todos os eventos do campeonato caso a FIA, Federação Internacional de Automobilismo, assim decida, mas Ecclestone, que rege os direitos comerciais da categoria, reconheceu que não pode forçar as equipes a viajarem ao país árabe.
“Não podemos dizer ‘você tem de ir’ – ainda que eles estivessem quebrando seu acordo conosco – mas isso não ajuda. Comercialmente eles têm de ir, mas a decisão é deles. Não ouvi ninguém dizendo algo diferente de ‘vamos correr no Bahrein’”, garantiu Ecclestone à Press Association Sport.
De acordo com o dirigente, a realização ou não da corrida nada tem a ver com um possível posicionamento político.
“Se as pessoas no Bahrein estiverem felizes eles podem fazer o evento. Não nos envolvemos com a política, com o que é certo ou errado. Quando você vai para outro país tem de respeitar a maneira como dirigem o país e suas leis.”
Ecclestone afirmou que o evento pode ser cancelado pela autoridade que cuida do esporte no país, assim como os promotores da corrida.
“Temos um acordo com a FIA dizendo que o Bahrein faz parte do campeonato, e temos um contrato com os promotores, mas quero deixar claro que não tem nada a ver com dinheiro.”
Tanto Ecclestone quanto o presidente da FIA, Jean Todt, viajarão para a China para a próxima etapa do campeonato. É esperado que uma reunião com as equipes durante o final de semana em Shangai decida o futuro da prova barenita, que já foi cancelada em 2011 devido à violência.
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