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Emerson Fittipaldi conta como derrotou “o carro mais largo da F-1”

Em seu blog no site oficial da McLaren, brasileiro fala como faturou seu bicampeonato e revela detalhes da temporada de 74

Emerson Fittipaldi vence no Canadá em 1974

Em um extenso post em seu novo blog no site da McLaren, Emerson Fittipaldi contou de uma vez por todas como conquistou seu título em 1974. O ano em que pela primeira vez a McLaren, até então uma equipe nova e sem tradição de vitórias, derrotou os carros renomados da Ferrari, além da Tyrrell (atual campeã) e da Lotus, de onde Emerson havia saído após o GP da Itália de 1973, quando Colin Chapman não deu ordens a Ronnie Peterson para que o deixasse passar.

“Tínhamos um acordo. Se estivesse liderando a 15 voltas do final e Ronnie fosse segundo, ele não tentaria me passar. Mas se ele estivesse liderando a 15 voltas do fim e eu estivesse em segundo, Colin Chapman instruiria Ronnie pelas placas para que ele me deixasse passar”, conta Fittipaldi.

“Ronnie era um cara legal – não o culpei por isso porque Colin não lhe deu nenhum sinal – mas no fim cheguei em segundo menos de um segundo atrás de Ronnie, e com o resultado, Jackie, que havia sido quarto, mais de 30 segundo atrás, foi campeão do mundo. Foi ridículo. Fiquei muito bravo com Colin”, recordou.

No fim da prova, Emerson decidiu sair da equipe ao final da temporada. Fittipaldi assinou um contrato com a Philip Morris, dona da marca Marlboro, que lhe disse, segundo o texto, “Escolha sua equipe”.

“Tive conversas com três times: Tyrrell, Brabham e McLaren”, explicou. O piloto assinou com a McLaren, aceitando o desafio de transformá-la em vencedora de campeonatos. “Minhas primeiras impressões do M23 estavam corretas, porque havia ganho três corridas na temporada de 1973”.

Mesmo abandonando a primeira corrida do mundial na Argentina, após acionar por acidente o interruptor da ignição pelo volante, “Emmo” venceu no Brasil e na Bélgica, sempre lutando com o carro nas ondulações dos circuitos.

O brasileiro só voltaria a vencer após Nivelles, na Bélgica (quinta corrida), na penúltima, em Mosport no Canadá. Foi quando ele e Clay Regazzoni, segundo naquele GP, empataram em 52 pontos para a decisão do mundial em Watkins Glen.

“Clay não era como o resto de nós. Todos descreviam sua Ferrari como 'o carro mais largo da Fórmula 1', isso porque ele usava toda a pista para não te deixar passar. Com Jody [Scheckter], Niki [Lauda], Ronnie [Peterson] e Carlos [Reutemann] você tinha confiança em disputar roda a roda. Com Clay, não.”

E foi com este Regazzoni que Emerson teve de disputar e, apesar de uma má largada, pôde passá-lo e faturar o título de 1974 chegando em quarto no GP dos EUA.

Para ler mais (em inglês), clique aqui.

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Gabriel Lima
Fórmula 1
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