Entenda como é o processo da FIA para selecionar novas equipes para a Fórmula 1

Federação espera concluir processo até 30 de junho, mas reafirma que a inscrição no processo não garante a entrada de novas equipes no grid

Max Verstappen, Red Bull Racing RB18, Charles Leclerc, Ferrari F1-75, Carlos Sainz, Ferrari F1-75, Lewis Hamilton, Mercedes W13, Sergio Perez, Red Bull Racing RB18, George Russell, Mercedes W13, the rest of the field away at the start

Em décadas passadas, bastava chegar com um carro e ser aprovado no escrutínio para conseguir uma vaga no grid da Fórmula 1. Porém, hoje em dia, o processo é bem rigoroso e regimentado em seus detalhes para obter acesso ao exclusivo clube da F1.

Mas é uma formalidade necessária, porque a F1 precisa ter certeza de que todos os participantes têm o apoio e as habilidades exigidas para fazer um bom trabalho.

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A última coisa que a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e a Formula One Management (FOM) precisam é de equipes que estejam no grid por um ou dois anos, sofrendo no fundo do grid antes de desaparecerem. A ordem do momento é crescimento a longo prazo.

A abertura formal do processo de entrada de potenciais novas equipes no grid da F1 para 2025, 2026 ou 2027 explica como que será conduzida toda a avaliação, que determinará se algum projeto é capaz de integrar o esporte.

Submissão por e-mail (Taxa de 20 mil dólares)

O primeiro passo para a entrada de potenciais novas equipes é o envio de e-mail para a FIA com a expressão preliminar de interesse. Este deve incluir seis documentos / informações:

* Uma carta de apresentação introduzindo o candidato;

* Todos os detalhes de contato do candidato, incluindo o nome do contato primário, número de telefone, endereço de e-mail e endereço físico;

* Detalhes da companhia, incluindo endereço, artigos de associação e detalhes de infraestrutura;

* Identidade de todos os acionistas e o beneficiário final de todas as ações;

* O currículo de cada diretor da entidade candidata;

* Informação sobre a experiência relevante e capacidades no setor automotivo e / ou automobilístico de cada candidato, incluindo experiência técnica, de corrida, infraestutura, equipamento e recursos de engenharia.

As equipes precisam também assinar um Acordo de Confidencialidade referente às discussões com a FIA e pagar uma taxa não reembolsável de 20 mil dólares.

Carlos Sainz, Ferrari F1-75, Lewis Hamilton, Mercedes W13, Sergio Perez, Red Bull Racing RB18, George Russell, Mercedes W13, Lando Norris, McLaren MCL36, Mick Schumacher, Haas VF-22, the remainder of the field at the start

Carlos Sainz, Ferrari F1-75, Lewis Hamilton, Mercedes W13, Sergio Perez, Red Bull Racing RB18, George Russell, Mercedes W13, Lando Norris, McLaren MCL36, Mick Schumacher, Haas VF-22, the remainder of the field at the start

Photo by: Steve Etherington / Motorsport Images

O processo formal

Em até 48 horas após a submissão da expressão de interesse, ou em 17 de fevereiro (o que acontecer depois), a FIA informará os candidatos se considera o projeto aprovado para o início de um processo mais formal.

Isso exigirá uma taxa de inscrição das equipes no valor de 300 mil reais (valor no qual pode se deduzir os 20 mil iniciais) para cobrir os gastos da FIA no cumprimento do processo. Enquanto os detalhes finais sobre o que será avaliado nesse segundo estágio serão divulgados mais tarde, a FIA espera cobrir vários critérios-chave.

São eles:

1. A habilidade técnica e os recursos da equipe;

2. A habilidade da equipe em coletar e manter fundos suficientes para cumprir suas obrigações financeiras e ser competitiva;

3. A habilidade da equipe em cumprir com suas obrigações perante os Regulamentos Desportivo, Técnico e Financeiro da F1;

4. Um plano de negócios detalhado (incluindo projeções financeiras) dos cinco primeiros anos do projeto;

5. A experiência e a capacidade da equipe na indústria automotiva e / ou automobilística (incluindo experiência técnica, de corrida, infraestrutura, equipamentos e recursos de engenharia) e experiência dos principais funcionários;

6. Se uma equipe e todos os indivíduos da proposta participarão na direção, controle ou gerenciamento da equipe e se são pessoas capazes disso;

7. Considerações sobre sustentabilidade, igualdade, diversidade, inclusão e benefícios à sociedade;

8. A avaliação da FIA do valor que o candidato pode trazer ao campeonato, incluindo considerações sobre reputação e integridade.

Há também a chance da F1 / Liberty Media impor critérios adicionais que precisarão ser cumpridos.

Nicholas Latifi, Williams FW44, Valtteri Bottas, Alfa Romeo C42, Esteban Ocon, Alpine A522, the remainder of the field at the start

Nicholas Latifi, Williams FW44, Valtteri Bottas, Alfa Romeo C42, Esteban Ocon, Alpine A522, the remainder of the field at the start

Photo by: Steven Tee / Motorsport Images

Linha do tempo

A FIA espera que o prazo final para as questões acima sejam submetidas até 30 de abril. A partir daí, a Federação e a FOM darão sequência ao processo, com a expectativa de que uma decisão final seja tomada até 30 de junho.

A FIA deixa claro que, mesmo que as equipes sejam selecionadas para a segunda etapa, não há garantias de que elas integrarão o grid.

Em uma nota detalhando as questões do processo, a FIA diz: "Para não deixar dúvidas, nenhuma candidatura tem um direito automático de entrar no campeonato, e o número máximo de equipes competindo no campeonato até e incluindo a temporada de 2025 é 12".

"Equipes de F1 já existentes terão prioridade em detrimento às novas inscrições. Caso nenhum projeto seja considerado capaz pela FIA e / ou a detentora dos direitos comerciais da F1 [Liberty Media], nenhuma será selecionada como nova entrada para a categoria".

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Jonathan Noble
Fórmula 1
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