Equipe asiática revive interesse pela Fórmula 1 e mira entrada em 2026

Panthera Team Asia, na qual ouvimos falar pela primeira vez há quatro anos, voltou a encontrar esperança de retornar à categoria com processo de Declaração de Interesse da FIA

Shanghai International Circuit paddock area

Depois de anunciar seu interesse de entrar na Fórmula 1 na temporada de 2019, o objetivo da Panthera Team era que a Ásia tivesse uma equipe na categoria e obtivesse o máximo possível de crescimento da série nestes mercados.

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Inicialmente, a equipe estava interessada em entrar na F1 a partir de 2022, mas a pandemia de COVID-19 que assolou o continente asiático, especialmente durante os primeiros meses, mudou todos os planos. No entanto, a Panthera segue interessada em participar da principal série do automobilismo mundial e traçou como objetivo encontrar novos pilotos e estar no grid na temporada de 2026.

Em entrevista ao PlanetF1, o chefe e cofundador da equipe, Benjamin Durand, declarou: "Estávamos passando por um período muito agitado. Poderíamos ter renunciado este projeto há muito tempo, mas acreditamos que podemos ter sucesso. Entendemos que a Ásia e a China são os próximos mercados a serem desenvolvidos. Todo mundo olha para o oeste e ninguém olha para o leste."

 

"A Fórmula 1 neste momento está muito concentrada nos Estados Unidos, o que é muito normal se levarmos em conta que é um mercado em crescimento. Mas também deveria se voltar aos mercados asiáticos e africanos que estão preparados e esperando. Agora temos um nome como Zhou Guanyu no campeonato."

Após recordar que a Panthera também teve má sorte durante todo o processo de inscrição, Durand afirmou: "O problema mais importante que você enfrenta quando quer fundar uma equipe de F1 é que todos os planetas estejam alinhados. Quando encontramos o capital que precisávamos, a FIA e a Fórmula 1 não estavam preparadas porque estavam renegociando o Pacto de Concórdia naquele momento, então, não estavam prontos para que novas equipes entrassem até que tivessem assinado com as já existentes."

"Nosso passo seguinte seria falar com a Renault sobre uma parceria para as unidades de potência, mas as importantes mudanças de gestão nos últimos cinco anos tiveram um impacto direto nesse processo. Justo quando pensávamos que as coisas estavam de volta aos trilhos, a pandemia se instalou e perdemos todo nosso financiamento. Tivemos que trabalhar na estabilização financeira, um processo que ainda continua."

A decisão da FIA de lançar um processo de Manifestação de Interesse e começar negociações com outras equipes deu esperanças a muitos esquadrões, especialmente a Andretti e Panthera. O processo ainda está nos estágios iniciais, mas Durand, que tem colaborado estreitamente com a entidade desde o primeiro dia, está confiante de que tem uma boa ideia do que esperar.

"Não fazia sentido seguir adiante sem garantir todos os aspectos do projeto. Agora há muita gente falando 'queremos vir como uma equipe de Mônaco' ou 'queremos entrar na Fórmula 1'. Queremos fazer isso seriamente. Sabemos o que aconteceu com a Haas e em nossa reunião com a FIA e com a equipe jurídica, nos disseram que o processo anterior será repetido em partes."

"Temos que conseguir a aprovação, isso é o que estamos esperando agora. Nos disseram que no fim do mês irão dizer exatamente o que esperam das equipes. Mas não acredito que a informação que temos esteja longe da verdade. As principais coisas que nos perguntaram há uns anos foram sobre a segurança financeira da equipe, os conhecimentos técnicos e de gestão e, por últimos, o que poderíamos agregar à F1."

"A COVID nos deteve. Começamos a desenvolver o carro aerodinamicamente, trabalhamos nas novas normas, estávamos fazendo trabalho de CFD...Mas de repente tivemos que parar. Estamos preparados para continuar. Temos algumas pessoas disputas a se unirem a nós, mas a maioria delas ainda não se comprometeram com a F1, portanto, não haverá licença obrigatória."

"Estamos trabalhando com uma empresa de contratação de alto nível de Londres especializada em Fórmula 1 e automobilismo. Assim, acredito que poderemos relançar o departamento de recursos humanos em breve e o departamento técnico também."

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Altay Gök
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