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Equipes reclamam de dinheiro gasto com difusores soprados

Mudança no meio da temporada irrita engenheiros, que pedem mais clareza nas regras do ano que vem

Key, Willis, Gascoyne, Brawn e Franz Tost

A mudança no regulamento – ou compreensão de que a interpretação era errada, para alguns – no meio da temporada causou rebuliço entre as equipes. Os engenheiros pedem que as regras sejam mais claras e reclamam dos rios de dinheiro que gastaram em uma tecnologia que será jogada às traças de uma hora para a outra.

“Não acho que as mudanças vão afetar ninguém radicalmente. Acho frustrante fazer isso no meio da temporada, porque gastamos muito dinheiro no desenvolvimento. De um ponto de vista purista, como um engenheiro, acho que a interpretação de Charlie [Whiting] está certa sob certos aspectos. Só é frustrante que tenha sido feita no meio da temporada, sem consultar ninguém”, reclamou o diretor técnico da Lotus, Mike Gascoyne.

Geoff Willis, diretor técnico da Hispania, também reclamou do dinheiro desperdiçado com o desenvolvimento da novidade e questionou o motivo de algumas mudanças serem feitas no meio da temporada, e outras não.

“Podemos discutir, por exemplo, porque esperamos até o final da temporada para banir o duto aerodinâmico, enquanto outras coisas foram mudadas no meio da temporada. Nós deveríamos discutir modificações para a temporada seguinte, porque assim o Grupo de Trabalho Técnico, que é quem deveria decidir sobre isso, teria uma visão mais imparcial de tudo.”

Em resposta ao colega, o diretor técnico James Key afirma que a diferença do duto aerodinâmico e do difusor duplo, que eram puramente aparatos aerodinâmicos, para o difusor soprado é o fato de o motor atuar na aerodinâmica, o que seria claramente proibido.

“É preciso que fique claro porque é uma área muito complicada. Você sempre terá gases saindo do escapamento e alguma forma de influência aerodinâmica. Por isso, acho que as regras do ano que vem removem toda a ambiguidade e o gasto com uma área cujo desenvolvimento é muito caro.”

Ross Brawn, chefe da Mercedes, concorda. “Não é uma mudança de regras, é a compreensão de que nosso tipo de interpretação não é legal. A FIA não descobriu isso sozinha. Ela foi alertada por uma equipe. Se não tivessem agido, alguns times iriam fazer um protesto e deixariam tudo nas mãos dos comissários, o que não seria bom para a F-1.”

O dirigente pediu clareza nas regras. “Acho que a determinação de mover o escapamento no ano que vem é importante, porque não queremos uma discussão como a do controle de tração: o que é, o que não é, o que não podemos fazer?” 

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Julianne Cerasoli
Fórmula 1
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