Ex-F1 alerta: Red Bull pode ter o mesmo destino da Benetton
Karun Chandhok acredita que a equipe austríaca enfrentaria uma grande queda sem Max Verstappen - ele compara a situação com a da Benetton nos anos 90
Max Verstappen continuará a correr pela Red Bull em 2026. Isso deve ser um grande alívio em Milton Keynes, pois o ex-piloto de Fórmula 1 Karun Chandhok acredita que a escuderia austríaca poderia cair na irrelevância se o holandês fosse embora.
"Há algo fundamentalmente errado com o design ou com a maneira como esse carro funciona para outros pilotos. Ele é tão personalizado para Max. É uma reminiscência dos dias de Michael Schumacher e da Benetton", disse Chandhok à Sky.
O comentarista lembrou que, desde que Daniel Ricciardo deixou a Red Bull após a temporada de 2018, nenhum companheiro de equipe conseguiu sequer chegar perto de acompanhar o ritmo de Verstappen. Em vez disso, a RBR tem desgastado dezenas de pilotos desde então.
Pierre Gasly durou apenas meia temporada ao lado de Verstappen em 2019 antes de ser mandado de volta para a antiga equipe Toro Rosso. Alexander Albon durou cerca de um ano e meio e Sergio Pérez, quatro temporadas.
No entanto, depois que o mexicano não foi páreo para Verstappen no final de seu tempo na Red Bull, ele foi substituído por Liam Lawson na temporada de 2025 - embora ele próprio tenha sido substituído por Yuki Tsunoda depois de apenas duas corridas.
"Se Max sair, toda a equipe terá que repensar a maneira como projeta seus carros para outros pilotos", diz Chandhok. Afinal de contas, pilotos como Albon e Gasly mostraram que não são maus pilotos depois de deixarem a Red Bull.
Schumacher igualmente superior a Verstappen
Atualmente, Albon está surpreendentemente à frente no duelo interno da Williams contra Carlos Sainz, com 54x16 pontos no campeonato mundial, enquanto Pierre Gasly também está se destacando na Alpine e até ganhou um GP para a AlphaTauri em Monza em 2020.
Para Chandhok, portanto, está claro que o problema na equipe de Milton Keynes é mais provável que seja o carro. "Acho que bons pilotos são adaptáveis, mas acho o exemplo da Red Bull muito extremo", diz o especialista, que se lembra da década de 1990 e da equipe Benetton.
Michael Schumacher ganhou seus dois primeiros títulos de campeão mundial com a equipe de Enstone em 1994 e 1995. No entanto, seus companheiros de equipe (incluindo, entre eles, o pai de Max Verstappen, Jos) nunca conseguiram acompanhar o ritmo do alemão durante esse período. Em 1994, 92 do total de 103 pontos da Benetton foram para a conta de "Schumi".
Um ano depois, Schumacher também estava claramente à frente de Johnny Herbert, com 102x45 pontos. A consequência: depois que o alemão trocou a equipe pela Ferrari em 1996, a Benetton afundou cada vez mais na mediocridade.
Nos sete anos que se seguiram à saída de Schumacher, a equipe só conseguiu uma única vitória com Gerhard Berger em Hockenheim, em 1997. A equipe de Enstone só voltou a ser campeã mundial em 2005, com Fernando Alonso ao volante. Naquela época, o nome Benetton já havia desaparecido e a equipe começou a correr como Renault.
Chandhok aconselha os pilotos a não mudarem para a Red Bull
Chandhok também faz uma comparação com outra série de corridas: "É comum ouvir isso na MotoGP, onde os pilotos costumam dizer que uma determinada moto e um determinado estilo foram criados para um piloto e que leva muito tempo para que os outros pilotos se acostumem com eles".
Ele cita a Ducati como exemplo. Casey Stoner se tornou campeão mundial pelos italianos em 2007, e depois disso foram necessários 15 anos para que Francesco Bagnaia trouxesse o título mundial de volta para Bolonha em 2022. Até mesmo estrelas como Valentino Rossi sofreram com a Ducati no período após a saída de Stoner.
É por isso que Chandhok não aconselharia nenhum piloto a mudar para a Red Bull. "Se eu fosse [Isack] Hadjar, tentaria manter meu lugar na Racing Bulls e depois tentaria conseguir um contrato com a Ferrari ou a Aston Martin, por exemplo", enfatiza.
E mesmo na direção dos pilotos mais experientes, o comentarista diz: "Acho que seria um pouco arriscado para um dos principais pilotos assinar contrato com a Red Bulls, porque o carro parece levar as exigências do piloto a um limite extremo".
Portanto, é provável que a Red Bull faça tudo o que estiver ao seu alcance para garantir que Verstappen cumpra todo o seu contrato até 2028.
DIOGO BRILHA e MÁRQUEZ REINA na HUNGRIA! Circuito é RUIM? Final INSANA no ARENA CROSS e DI GRASSI!
Ouça versão áudio do PÓDIO CAST pós-GP da Hungria:
COMPANHE NOSSO PODCAST GRATUITAMENTE:
Faça parte do nosso canal no WhatsApp: clique aqui e se junte a nós no aplicativo!
Compartilhe ou salve este artigo
Principais comentários
Inscreva-se e acesse Motorsport.com com seu ad-blocker.
Da Fórmula 1 ao MotoGP relatamos diretamente do paddock porque amamos nosso esporte, assim como você. A fim de continuar entregando nosso jornalismo especializado, nosso site usa publicidade. Ainda assim, queremos dar a você a oportunidade de desfrutar de um site sem anúncios, e continuar usando seu bloqueador de anúncios.