Exclusivo: Barrichello teme por segurança de pilotos no Bahrein
Em entrevista ao TotalRace, piloto da Williams e presidente da GPDA avalia decisões da FIA e pré-calendário do Mundial 2012
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Após o anúncio do retorno do GP do Bahrein ao calendário da Fórmula 1, em prova a ser realizada no dia 30 de outubro, os pilotos começam a demonstrar insatisfação com a posição da FIA.
O primeiro a deixar claro o descontentamento foi Mark Webber, da Red Bull. Em entrevista exclusiva ao TotalRace, Rubens Barrichello fez coro com o australiano.
“Gostaria de deixar claro que adoro a pista e o evento em si. Porém, quero ter certeza que estaremos seguros por lá”, disse o piloto da Williams. “Nas reuniões da GPDA (Associação dos Pilotos da F-1) todos demonstraram preocupação e exigiram segurança para que a corrida acontecesse no Bahrein”, declarou o brasileiro, que é o presidente da GPDA.
Barrichello afirma que a parte logística, que será bastante afetada com as mudanças anunciadas pela entidade que controla o automobilismo, é o menor dos problemas que os pilotos enfrentarão. “Naturalmente teremos um deslocamento maior e mais trabalho. As equipes trabalharão dobrado. Mas para nós, os pilotos, o que realmente importante é a segurança. O resto é resto”, finaliza sobre o assunto Barrichello.
A indefinição da data do GP da Índia não representa um problema a Barrichello. Seu amigo Felipe Massa, no entanto, deve estar de cabeça quente. “O Desafio das Estrelas estava marcado para o dia 4 de dezembro. A prova da Índia, seja qual for a data, irá atrapalhar o planejamento do Felipe e dos convidados”, disse o piloto da Williams.
Sobre o pré-calendário de 2012, também divulgado na última sexta-feira, o brasileiro afirma não temer a maratona de 21 corridas, número que ultrapassa a meta declarada por Bernie Ecclestone de 20 provas por Mundial.
“Eu achava difícil competir em um fim de semana, com todo aquele stress, para depois viajar e na terça já estar testando. Testava terça, quarta e quinta. Aquilo realmente desgastava”, fala o recordista de corridas disputadas na F-1.
“Em uma corrida fazemos 300 quilômetros. Em um dia de treinos ultrapassamos 600. É algo muito difícil. Claro que com calendário de 21 corridas a parte de logística fica no limite. Viajamos muito, mas ainda acho que cansávamos mais com os testes do passado”, finaliza Barrichello.
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