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F1: 7 dos 10 pilotos mais bem colocados em 2019 já foram de Red Bull ou Toro Rosso

Dos primeiros dez nomes da tabela de classificação da atual temporada, 70% tem relação com o grupo de energéticos

Max Verstappen, Red Bull Racing and Daniel Ricciardo, Renault F1 Team

Depois do rebaixamento de Pierre Gasly para a Toro Rosso e da promoção do novato tailandês Alex Albon para a Red Bull, muito se discutiu sobre o tratamento que o grupo de energéticos dá aos seus jovens pilotos na Fórmula 1.

Para alguns, a cúpula comandada por Helmut Marko é muito rígida e queima promessas, como o próprio Gasly. Além do francês, outro nome frequentemente lembrado é o do russo Daniil Kvyat, atualmente na Toro Rosso, mas também rebaixado da Red Bull, em 2016.

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Outros argumentam que os dirigentes do grupo estão corretos e os resultados precisam ser entregues. O exemplo que justifica esta tese é o de Max Verstappen. O holandês foi justamente o substituto de Kvyat há pouco mais de três anos e a aposta deu certo.

Para apimentar o debate, o Motorsport.com destaca uma estatística interessante do atual momento da temporada 2019. Dos 10 pilotos mais bem colocados na tabela, sete estão ou estiveram na Red Bull/Toro Rosso. Veja a relação abaixo:

Pos Piloto Pontos Equipe Obs
1 United Kingdom Lewis Hamilton 284 Mercedes  -
2 Finland Valtteri Bottas 221 Mercedes  - 
3 Netherlands Max Verstappen 185 Red Bull Ex-STR
4 Monaco Charles Leclerc 182 Ferrari  - 
5 Germany Sebastian Vettel 169 Ferrari Ex-STR e RBR
6 France Pierre Gasly 65 Toro Rosso Ex-RBR
7 Spain Carlos Sainz Jr. 58 McLaren Ex-STR
8 Australia Daniel Ricciardo 34 Renault Ex-STR e RBR
9 Thailand Alexander Albon 34 Red Bull Ex-STR
10 Russian Federation Daniil Kvyat     33 Toro Rosso Ex-RBR

A estatística pode favorecer críticos e defensores. Por um lado, fica evidente que o grupo forma talentos para a categoria máxima do automobilismo. Por outro, pode-se argumentar que o tratamento recebido pelos pilotos gera saídas de RBR e STR: Daniel Ricciardo e Carlos Sainz têm casos mais marcantes, embora Sebastian Vettel também possa entrar na conta.

Opiniões à parte, você relembra a histórica dança das cadeiras de Red Bull e Toro Rosso na galeria abaixo, que reconta o vai-e-vem dos competidores a partir do caso mais recente, envolvendo Gasly e Albon. Confira:

Pierre Gasly estreou na Red Bull em 2019, após boa temporada com a Toro Rosso.
Campeão da GP2 em 2016, o francês ficou a meio ponto de conquistar a Super Fórmula em 2017. Naquele ano, estreou pela Toro Rosso, substituindo Daniil Kvyat no GP da Malásia.
Depois de um bom 2018 com a Toro Rosso, Gasly foi promovido. Entretanto, o francês não convenceu na Red Bull e foi rebaixado para dar lugar a Alexander Albon a partir do GP da Bélgica. A troca é a última de uma histórica dança das cadeiras entre equipe principal e júnior na F1.
A primeira 'troca' do grupo aconteceu antes mesmo da criação da Toro Rosso. Foi em 2005, na primeira temporada da Red Bull. Companheiro do escocês David Coulthard, o austríaco Christian Klien foi substituído pelo italiano Vitantonio Liuzzi em quatro GPs na metade do ano.
Em 2006, na primeira temporada da Toro Rosso na F1, Liuzzi fez dupla com o norte-americano Scott Speed (direita). Na Red Bull, Coulthard seguiu tendo Klien como parceiro, mas o austríaco foi substituído pelo holandês Robert Doornbos a quatro provas do fim do ano.
No ano seguinte, o australiano Mark Webber foi contratado para correr ao lado de Coulthard na Red Bull.
2007 foi um ano cheio de mudanças na Toro Rosso. Speed deixou a equipe depois de um ano e meio, após discutir com o chefe da escuderia, Franz Tost, no GP da Europa.
Com a saída de Speed, um jovem chamado Sebastian Vettel assumiu a vaga. A então promessa alemã havia estreado pontuando com a BMW nos Estados Unidos. Vettel disputou as últimas sete corridas de 2007 com a STR, chegando em quarto na China, enquanto Liuzzi foi o sexto.
Na temporada seguinte, Coulthard e Webber seguiram como pilotos titulares da Red Bull.
Liuzzi deu lugar ao francês Sebastien Bourdais na Toro Rosso em 2008. Já Vettel conquistou sua primeira vitória, e a única da equipe, ao triunfar no GP da Itália.
Em 2009, Coulthard se aposentou e Vettel foi promovido.
Quem assumiu a vaga do alemão na Toro Rosso foi o suíço Sebastien Buemi, novo companheiro de Bourdais.
O francês, porém, não rendeu como o esperado e acabou substituído no meio da temporada. Quem assumiu foi o espanhol Jaime Alguersuari.
Alguersuari e Buemi foram companheiros por duas temporadas e meia, entre os anos de 2009 e 2011.
Para 2012, entretanto, a Toro Rosso dispensou a dupla. Os substitutos foram Daniel Ricciardo e Jean-Eric Vergne. Buemi seguiu como piloto de testes na Red Bull e mais tarde rumaria para a Fórmula E, na qual tem um título. Alguersuari largou o automobilismo e hoje se dedica à carreira de DJ.
Em 2014, Webber se aposentou e foi substituído por Ricciardo na Red Bull.
Com isso, Kvyat assumiu o posto de piloto da Toro Rosso ao lado de Vergne.
Em 2015, Vettel foi para a Ferrari e foi substituído por Kvyat. Já Vergne foi dispensado e também foi para a F-E, na qual é o atual bicampeão.
Com as saídas de Kvyat e Vergne, Max Verstappen e Carlos Sainz assumiram as vagas da Toro Rosso. Eles foram companheiros durante um ano e meio.
Em maio de 2016, Verstappen foi promovido para a Red Bull e venceu logo em sua primeira corrida, na Espanha. Kvyat, em má fase, foi rebaixado para a Toro Rosso.
Em 2017, Ricciardo e Verstappen seguiram na Red Bull. Eles foram companheiros até o fim de 2018.
Kvyat conseguiu manter sua vaga na Toro Rosso em 2017, mas foi amplamente batido por Sainz. Gasly, então, assumiu a vaga do russo. Sainz se transferiu para a Renault antes do fim do ano, sendo substituído pelo neozelandês Brendon Hartley.
Hartley e Gasly se mantiveram na equipe em 2018. No fim do ano passado, porém, o anúncio da ida de Ricciardo para a Renault provocou novas mudanças.
Gasly foi o escolhido para a vaga do australiano, enquanto Hartley foi dispensado e foi para a Ferrari como piloto de simulador, antes de assinar pela Dragon na F-E e correr no WEC. Em seus lugares, a Toro Rosso contratou Albon e Kvyat, que recebeu nova chance na F1.
Na terceira passagem pela Toro Rosso, o russo conquistou o segundo pódio da história da equipe. Ele terminou em terceiro no GP da Alemanha. Não foi o suficiente, porém, para se credenciar a um retorno para a Red Bull.
A contratação de Albon pela Toro Rosso também teve suas complicações. Ele tinha acabado de assinar com a Nissan na F-E, mas voltou atrás para aceitar a proposta da STR.
O novato tailandês tomou o posto de Gasly na Red Bull a partir do GP da Bélgica, ao passo que o francês retornou para sua ex-equipe após 12 provas fracas pelo time principal.
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