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Fórmula 1 GP da Emilia Romagna

F1: Acidente de Bottas pode limitar potencial de atualizações da Mercedes

Com a introdução do teto orçamentário, as equipes de maior orçamento veem como preocupação acidentes como esses, que causam perda total nos carros

Marshals clear the damaged car of Valtteri Bottas, Mercedes W12, from the gravel trap

O chefe da Mercedes, Toto Wolff, disse que os gastos decorrentes dos danos ao carro de Valtteri Bottas em seu acidente com George Russell no GP da Emilia Romagna de Fórmula 1 podem custar à equipe alemã atualizações e impactar no desenvolvimento de 2021 devido ao teto orçamentário, introduzido neste ano.

Bottas sofreu uma colisão com Russell enquanto batalhava pela nona posição na etapa de Ímola, causando um grande acidente que forçou a paralisação da prova. Os dois pilotos rapidamente trataram de culpar o outro pela colisão, mas os comissários determinaram que foi um incidente de prova.

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Para Wolff, sobrou lidar com as consequências da batida entre o seu piloto e Russell, que é membro da Academia da Mercedes, dizendo que o piloto da Williams ainda tem muito a aprender.

Mas uma consequência mais imediata para a Mercedes é o impacto que os danos da batida terão no plano de desenvolvimento para 2021 e 2022, devido aos gastos causados pelo acidente em meio ao primeiro ano do teto orçamentário na F1.

Perguntado pelo Motorsport.com sobre como ele lidaria com a situação, Wolff disse que o caso "não é nada divertido" para a Mercedes, acreditando que isso pode custar à equipe atualizações planejadas em meio à sua batalha com a Red Bull.

"Foi uma grande batida. Nosso carro foi praticamente perdido em um ambiente de teto orçamentário, e isso certamente não é o que precisamos. E provavelmente pode limitar as atualizações que poderemos fazer".

"E simplesmente o fato de que estávamos ali perdendo no molhado, com ambos os carros batendo, não era algo que esperava ver. Estamos no limite de teto orçamentário e sempre tememos uma perda total. Esse não chegará a isso, mas foi quase. E isso era algo que não queríamos".

As equipes têm um limite de 145 milhões de dólares (R$812 milhões na cotação atual) dentro do teto, o que significa que danos causados por batidas inesperadas impactam mais que em anos anteriores.

O diretor de pista da Mercedes, Andrew Shovlin, disse que a equipe ainda precisa fazer uma análise completa dos danos para ver o que é possível salvar do carro.

"Foi extenso, e uma das coisas que precisamos checar com cuidado é se houve danos na unidade de potência. Como ele não terminou a corrida, o câmbio não é problema. Mas o novo fator para este ano é o teto. Esse tipo de dano não entra nos planos".

"Nossos pilotos são muito bons em passar temporadas nos últimos anos sem quebrar muito e certamente em termos de gastos, será bastante extenso. Então vamos olhar a fundo para ver o que é possível salvar e acertar os carros para Portimão. Mas esse tipo de acidente é uma preocupação".

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