F1: Audi e Red Bull enfrentam "grande desafio" com motores de 2026, diz Ferrari

Diretor de motores do time italiano comparou desafios das novas montadoras com as já estabelecidas no grid

Zhou Guanyu, Alfa Romeo C43, Valtteri Bottas, Alfa Romeo C43

As montadoras já enfrentam com tudo o desafio dos motores de 2026 da Fórmula 1. Mas, para o diretor da Ferrari Enrico Gualtieri, as 'novatas' da nova geração, Audi e Red Bull - Ford Powertrains, encaram uma escalada ainda maior.

As duas marcas farão sua estreia como fornecedoras de motores na categoria com a entrada da nova geração em 2026, enquanto a Cadillac espera uma entrada em 2028 com a Andretti.

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A mudança do regulamento será complicada, mesmo para as montadoras já estabelecidas na categoria, com mais de uma década de experiência com as unidades híbridas, mas Gualtieri diz que será ainda mais complicado para as novatas, que chegam sem a experiência da geração anterior, tendo que desenvolver uma nova infraestrutura.

"É difícil de dizer porque, obviamente, não estou na sede deles", disse quando questionado pelo Motorsport.com. "Mas, no fim, acho que certamente o nível de complexidade desse produto é alto. E é verdade que a preparação para um novo projeto não é fácil para ninguém".

"Então respeito o trabalho que eles estão fazendo, porque você precisa aprender e criar algo que não é ligado apenas a design, competências ou habilidades de uma perspectiva de engenharia, mas também de logística e infraestrutura. Então eles estão enfrentando um importante e grande desafio".

Enrico Gualtieri, Technical Director Power Unit Ferrari

Enrico Gualtieri, Technical Director Power Unit Ferrari

Photo by: Ferrari

Gualtieri reconheceu ainda que o lado negativo para as montadoras já presentes no grid é a necessidade de dividirem seus tempos entre os motores atuais e os de 2026.

"Do nosso lado é diferente. É verdade que temos que cuidar do programa atual, que ainda necessita de um pouco de energia para lidar com o que precisamos entregar em uma temporada. São desafios diferentes, mas ambos são grandes em termos de esforço exigido".

Mas as regras ditam o quanto que as montadoras ainda podem trabalhar nos motores atuais.

"É verdade que estamos entrando na fase de desenvolvermos as peças fundamentais do novo motor. Mas, em termos de percentual, é de certa forma fácil, porque temos as horas de dinamômetro para o período atual que estão definidas. E estas vão reduzindo ano a ano".

"Neste ano vamos ter mais uma redução nas horas de dinamômetro com o motor atual. Estamos reduzindo por norma nossos esforços no motor atual, e o resto vai para o projeto novo".

"Apesar desse desafio, estamos focados em 2024, porque será a temporada mais longa da história, e sabemos o quão desafiador será para os componentes e a unidade de potência. Então, no momento, o foco maior está na temporada que vai começar".

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