F1 - Bortoleto 'abre o coração' sobre idolatria, evolução e cobranças: "Quero entregar um título mundial ao Brasil"
Aos 21 anos, o piloto estará pela primeira vez em Interlagos como titular da principal categoria do automobilismo mundial
Foto de: Jayce Illman / Getty Images
Em seu ano de estreia na Fórmula 1, Gabriel Bortoleto se prepara para um momento importante da carreira: correr em Interlagos como titular da principal categoria do automobilismo mundial pela primeira vez. Desde 2017, último ano de Felipe Massa na F1, os brasileiros não puderam torcer por um compatriota em São Paulo.
Após um início de ano complicado, com uma Sauber pouco competitiva, Bortoleto tem conseguido mostrar seu talento e força. O brasileiro pontuou pela primeira vez na Áustria, com um oitavo lugar, e, no último fim de semana, no GP do México, chegou em décimo após ter largado de P16. Em entrevista à Folha de S. Paulo, o piloto de 21 anos admitiu que está "muito ansioso" pela etapa brasileira, reconhecendo que representar o país "é uma oportunidade única".
Apesar dos problemas ao longo do ano, ele afirmou que está "muito feliz em como a temporada tem sido" e garante que está longe de se ver como um ídolo: "sou um piloto brasileiro na F1. Acho que ídolo é uma palavra forte que, um dia, se Deus quiser, pelos meus resultados, vou conquistar. Ainda estou na jornada para me tornar um ídolo. Espero realizar isso o quanto antes e entregar um título mundial ao Brasil", falou ao jornal brasileiro.
Como estreante, é normal que Bortoleto cometa erros e passe por situações complicadas por causa do próprio julgamento. No entanto, pilotando um carro instável (atualmente, a Sauber é nona colocada entre 10 equipes), existe um limite que o piloto consegue alcançar, e ele sabe disso. "Eu entendo muito bem onde nosso carro está, sabemos que não temos como ganhar uma corrida com o carro que temos hoje. Dá pra somar pontos em alguns finais de semana e, em outros, não somos tão competitivos, mas isso faz parte", reconheceu.
"Não tem muito do que reclamar. Estou com um objetivo claro, que é pegar essa equipe, que vai se tornar Audi no ano que vem, e transformá-la em uma equipe de ponta. Quero lutar por vitórias, mas isso leva tempo e construção", continuou. Falando em melhoras, Bortoleto comentou que "a gestão de corrida e a gestão energética de pneus" foram as áreas onde mais evoluiu, citando também que, fora das corridas, aprendeu a "cuidar mais da energia durante os dias".
O jovem piloto também comentou sobre a fala de Helmut Marko, consultor da Red Bull, quando disse que o brasileiro era um 'piloto B'. Bortoleto não só acredita que respondeu ao austríaco na pista, como disse que faria, mas também reforçou que, na verdade, nunca precisou provar nada a ele: "Não tenho obrigação de provar nada para ninguém, só para mim mesmo".
"Eu sou sortudo pelo país em que nasci. Recebo muita cobrança, todo mundo sabe que brasileiro pode cobrar muito também. Não é fácil, mas eu entendo toda essa cobrança. Entendo que é a vontade de ter um cara lá em cima, vencendo de novo, um ídolo para unir o país, e é isso que eu tenho muita vontade de conquistar", finalizou.
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