F1: Brown explica 'castigo' de Norris após Singapura

Lando Norris e Oscar Piastri tiveram um incidente no GP de Singapura, logo no início da primeira volta, com o britânico batendo na traseira de Max Verstappen, depois na lateral do carro #81. Os comissários da Fórmula 1 não deram nenhuma punição para Norris e a própria McLaren também não emitiu nenhuma ordem de equipe.

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No entanto, antes do GP dos Estados Unidos, durante o dia de mídia, os dois pilotos confirmam que o lance gerou uma discussão interna e 'reprimenda' para Norris. Inclusive, os dois esquivaram de perguntas sobre o que seria essa 'repercussão', com o britânico deixando claro que a enfrentará até o fim da temporada.

Agora, Zak Brown, CEO da McLaren, deu mais detalhes sobre a bronca após o GP de Singapura, dizendo que foi apenas uma "repercussão esportiva".

Durante a corrida, apesar das reclamações de Piastri, a McLaren deixou claro que era apenas um incidente normal, principalmente por se tratar da largada e ambos estavam livres para disputar posições, desde que não extrapolassem os limites das 'regras papaias'.

Oscar ficou claramente insatisfeito com a decisão de não intervir, mas não conseguiu alcançar o companheiro de equipe em nenhum momento da corrida, terminando apenas em quarto, depois de ter largado em terceiro.

Ao falar com a mídia antes do GP dos Estados Unidos, Norris explicou: "Não é como se eu tivesse escapado de alguma coisa, mas também foi um incidente pequeno e havia potencial para tentar evitá-lo. Eu disse depois da corrida que não posso me dar ao luxo de fazer contato e acontecer algo como o que aconteceu, porque coloco tanto o risco de que algo dê errado em todo o meu campeonato quanto o de quem quer que esteja competindo".

"É claro que há repercussões para mim, mas, fora isso, o envolvimento e a forma como corremos são os mesmos de sempre".

Os comentários de Norris levantaram dúvidas sobre quais seriam as repercussões de sua luta pelo primeiro título do campeonato com Piastri. Agora, Brown confirmou que as consequências serão marginais e de acordo com o "incidente de corrida".

"Nós analisamos cada corrida. Lando e Oscar passaram por momentos difíceis em Singapura. O início de uma corrida de F1 é bastante maluco. Claramente não foi intencional", explicou Brown à Sky Sports F1.

Lando Norris, McLaren

Foto de: Sam Bloxham / LAT Images via Getty Images

"Não queremos que nossos carros se toquem, por isso definimos como vamos correr no início do ano. [Tivemos] um pouco de repercussão esportiva em relação ao que aconteceu. Seguimos em frente. Os pilotos estão confortáveis, estão livres para correr e estamos ansiosos para um grande fim de semana de corrida".

Brown acrescentou sobre a gravidade das consequências: "É pequeno, é consistente com o que aconteceu. É um incidente de corrida no final do dia, no início de um GP em uma pista que estava um pouco úmida. Não foi intencional".

"É muito marginal. Provavelmente não será notado. Lando e Oscar sabem o que é, e isso é o mais importante".

"É claro que queremos ser transparentes com nossos fãs. Estamos fazendo isso da maneira mais difícil, tentando deixar os dois correrem pelo campeonato - a saída mais fácil seria ter um e dois, como algumas equipes fazem, mas não é assim que a McLaren quer correr".

Stella enfatiza que conjunto de regras foi combinado com os pilotos

Desde o início da temporada, as 'regras papaia' têm sido alvo de críticas, principalmente porque a equipe não permite que os pilotos cruzem nenhuma linha durante a corrida, ou seja, nenhuma batida está permitida.

O chefe da McLaren explicou que todo o conjunto foi discutido com os pilotos, encontrando os pontos que poderiam ser sensíveis ao longo da temporada e ambos concordaram com as questões.

"Em última análise, é minha responsabilidade e de Zak Brown [como chefe da McLaren] garantir que essas regras sejam aplicadas de forma consistente ao longo da temporada".

Sobre o caso de Singapura, a equipe definiu que foi apenas um 'incidente' de corrida, mas ainda assim culpou Norris pelo toque aconteceu, dizendo que ele chegou "atrasado" na Curva 3 e isso causou a colisão com os outros dois carros, apesar deles entenderem que não houve "nenhuma intenção ou motivo malicioso".

"Consequências ou repercussões fazem parte das nossas regras. É algo que ambos os pilotos queriam especificamente neste contexto de corrida".

"Para mim, parte da revisão foi discutir isso com os pilotos. Tudo foi aceito e agora podemos nos concentrar novamente em maximizar o desempenho do carro e retornar ao caminho das vitórias. Agora, encaramos o resto da temporada ainda mais unidos e fortes como equipe, assim como fizemos depois do Canadá", disse Stella.