F1 não terá GPs do Japão, Singapura e Azerbaijão e totaliza sete provas canceladas em 2020
Com as novas adições, o total de provas canceladas na temporada 2020 subiu para sete, juntando-se à Austrália, Mônaco, França e Holanda
Após divulgar a primeira parte do calendário de 2020, a Fórmula 1 busca fechar a segunda metade do cronograma, que deve acontecer a partir da segunda metade de setembro. O objetivo é realizar provas na América e na Ásia, mas a data e a situação da pandemia em alguns locais tornou impossível para a F1 visitar três países nesse ano: Japão, Singapura e Azerbaijão.
As equipes já estavam cientes que algumas corridas do calendário original não aconteceriam. A natureza dos eventos de Baku e de Singapura, circuitos de rua, criavam problemas logísticos enormes para os organizadores, que precisam de um período maior de tempo para preparar os locais.
Há algumas semanas o GP do Azerbaijão havia sido adiado de sua data original em junho, e a organização tentou recolocar a prova no calendário, possivelmente na data original de Singapura, em 20 de setembro, mas precisou ser cancelada devido à restrições governamentais.
As chances do GP em Suzuka acontecer diminuíram consideravelmente após a mesma organização cancelar o GP do Japão da MotoGP em Motegi, que deveria acontecer uma semana depois da F1. A F1 citou como razão para o cancelamento "restrições contínuas de viagem".
Esses cancelamentos criam um grande vácuo no calendário entre o GP da Itália, em 06 de setembro e o dos Estados Unidos, marcado neste momento para 25 de outubro, mas com poucas chances de acontecer. A única corrida listada oficialmente neste espaço de seis semanas é o GP da Rússia em Sochi, marcado para 27 de setembro.
Essas não são as únicas dores de cabeça a F1 tem no momento. Enquanto boa parte do mundo entra em um momento de diminuição de número de casos da Covid-19, Brasil e México estão em uma crescente ainda, e tornam-se dúvidas. Mesmo assim, as organizações de ambos os eventos afirmam estar confiantes com a realização das provas no início de novembro.
A F1 ainda está buscando confirmar outros eventos para esse período, com a China sendo a principal opção e o Canadá correndo por fora, além de etapas adicionais na Europa.
"Temos confiança em nosso plano de realizar de 15 a 18 etapas nessa temporada, concluindo em Abu Dhabi no meio de dezembro e esperamos publicar o calendário final antes do início da temporada, na Áustria", disse a F1 através de um comunicado.
"Como resultado dos desfios contínuos apresentados pela Covid-19, nós e nossos organizadores no Azerbaijão, Singapura e Japão tomamos a decisão de cancelar suas corridas em 2020. Essas decisões foram tomadas devido à diferentes desafios que os organizadores enfrentam em seus países".
"Ao mesmo tempo, fizemos progresso significativo com os organizadores, existentes e novos, para o calendário revisado, e estamos particularmente encorajados pelo interesse demonstrado por novos circuitos para receber uma etapa da Fórmula 1 em 2020".
Como circuito de rua, o Vietnã enfrenta problemas similares ao do Azerbaijão e de Singapura. O país ainda está sob restrições e a organização não tem interesse em fazer seu evento inaugural sem público, e existe também uma preocupação com a realização de duas provas em seis meses, já que a prova deve ocupar uma vaga em abril no calendário de 2021.
A organização do GP de Singapura citou as restrições na construção do circuito como a principal razão para o cancelamento.
"Os últimos meses foram extremamente desafiadores em todos os lados", disse o vice-presidente da organização do GP, Colin Syn. "E agora tivemos que tomar essa decisão difícil, que a F1 e nossos investidores aceitaram".
"No final das contas, a saúde e segurança de nossos funcionários, espectadores, equipes da F1 e fiscais voluntários é a nossa principal prioridade, e queremos agradecer a todos pela paciência e apoio até aqui".
Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W10
Photo by: Jerry Andre / Motorsport Images
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