F1 - Chefe da Ferrari: Reações "extremas" de Hamilton com a imprensa o atrapalham
Frédéric Vasseur disse que trabalha para tentar fazer o heptacampeão manter a calma e não se abater dentro e fora das pistas

Foto de: Sam Bagnall / Motorsport Images
A temporada 2025 de Lewis Hamilton, a primeira com a Ferrari, não está sendo fácil para o heptacampeão da Fórmula 1. Diante desse cenário e das falas do britânico na mídia, o chefe de equipe Frédéric Vasseur admitiu que Hamilton tem reações "extremas" com a imprensa "que só pioram" a situação e que está tentando fazer Lewis manter a calma.
Hamilton ocupa a sexta colocação do campeonato de pilotos de 2025, com 109 pontos e logo atrás de seu companheiro de equipe Charles Leclerc, que possui 151. Mesmo com uma vitória na corrida sprint da China, as performances do britânico não tem o agradado.
Em entrevista ao portal alemão Auto Motor und Sport, Vasseur foi questionado dos motivos de Hamilton ter tanta dificuldade em seu primeiro ano de Scuderia.
"Muitas vezes são as circunstâncias, e Lewis acabou ficando mais vezes do lado azarado ultimamente. Em Budapeste, ele ficou à frente de Charles no Q1 e foi apenas uma décima mais lento no Q2. Para avançar, faltaram 15 milésimos. No fim, um ficou em primeiro e o outro em 12º. Claro que isso parece ruim. Mas não faltou muito para que ficássemos com os dois pilotos em 11º e 12º".
Um dos fatores que o líder francês admite que a "mudança de casa" para uma estrutura italiana pode ter sido um dos fatores que gerou tais obstáculos para Lewis. "Olhando para trás, tenho que admitir que nós — e com isso me refiro a Lewis e a mim — subestimamos a mudança para um novo ambiente".
"Ele esteve por 18 anos na mesma equipe, se considerarmos McLaren e Mercedes como uma única casa. Era uma equipe inglesa, e o ambiente do motor sempre permaneceu o mesmo. Há uma diferença maior entre Ferrari e Mercedes do que entre Mercedes e McLaren".
Vasseur admite que a Scuderia se enganou no tempo de adaptação necessário do britânico: "Quando Lewis chegou à Ferrari, ingenuamente pensamos que ele teria tudo sob controle. Mas ele não é como Carlos Sainz, que troca de equipe a cada poucos anos e já está acostumado a esse processo. Lewis precisou de quatro a cinco corridas para colocar a situação sob controle. Desde o GP do Canadá, na verdade, ele está no caminho certo".

Lewis Hamilton, Ferrari
Foto de: Simon Galloway / LAT Images via Getty Images
Ao ser perguntado sobre o que ele poderia fazer para que o heptacampeão se sinta confortável com a Scuderia, o chefe de equipe disse que trabalha para acalmar Hamilton: "Manter a calma. Construir a partir do fato de que ele já deu o primeiro passo. Não se deixar abater por coisas como em Budapeste".
"Lewis é muito autocrítico", Vasseur continua, apontando a alta exigência do britânico. "Ele é sempre extremo em suas reações. Às vezes julga o carro com dureza excessiva, às vezes a si mesmo. Ele quer extrair o máximo de si e de todos na equipe. Nesses momentos, é preciso trazê-lo de volta e mostrar que, no Q2, ele ficou apenas um décimo atrás do piloto que depois conquistou a pole. Isso não é nenhum desastre".
Outro fator que o chefe da Ferrari aponta como uma das questões de Hamilton é a reação com a imprensa, afirmando que o heptacampeão é calmo quando está no briefing após as corridas: "A mensagem que ele transmite quando reage desse jeito só piora as coisas. Na maioria das vezes, ele é tão extremo apenas diante da imprensa. Quando entra na sala de briefing, geralmente já está mais calmo. Esse é simplesmente o jeito dele".
"Para mim, isso não é um drama. Ele exige muito. Dos outros, mas também de si mesmo. Eu sei lidar com isso. Nico Hülkenberg era igual quando correu para mim na Fórmula 3 [pela ART/ASM]. Ele exigia muito da equipe, mas também estava de pé todos os dias às 6h30 pronto para trabalhar", concluiu.
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