F1: Como altura do carro ajudou Hulk em classificação da sprint

A jornada de Nico Hulkenberg para um surpreendente quarto lugar na classificação para a sprint do GP dos EUA de Fórmula 1 deu a entender que a Sauber tinha sido agressiva com a altura do carro para a corrida curta do sábado. O alemão sentiu que tinha atingido "o ponto ideal" com a configuração.

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Preocupado com o fato de o segundo lugar no TL1 ter sido "bom demais para ser verdade", Hulkenberg pareceu à vontade com seu carro durante toda a classificação para a sprint e, no final, ficou a meio segundo da pole de Max Verstappen- o que foi bom o suficiente para largar na segunda fila.

Na verdade, o alemão não ficou fora dos cinco primeiros em nenhuma das três sessões de classificação da sprint, e largará ao lado do líder do campeonato, Oscar Piastri. Embora Hulkenberg tenha dito que poderia ter dificuldades para duelar com os carros historicamente mais rápidos, ele sentiu que poderia lutar para ficar entre os oito primeiros e garantir seus primeiros pontos desde o pódio em Silverstone.

"Estou satisfeito, feliz como você pode imaginar", disse Hulkenberg. "Obviamente, no TL1 as coisas já estavam parecendo boas, mas parecia bom demais para ser verdade. Não tínhamos certeza se era a realidade ou o que as outras pessoas estavam fazendo com suas configurações, mas conseguimos manter essa tendência. O carro estava muito bom. A própria sensação e percepção talvez nem sempre correspondam ao que os tempos de volta dizem, mas o cronômetro não mente e isso pareceu muito bom o dia todo".

Nico Hulkenberg, Sauber

Foto de: Simon Galloway / LAT Images via Getty Images

"O ritmo estava lá. O carro parecia ser rápido e em uma boa janela, ele atingiu o ponto ideal e acho que isso é tudo. Além disso, eu gosto muito daqui. É uma pista divertida de pilotar. Acho que vai ser difícil [no sábado], apesar de não ser uma corrida completa, mas mesmo nas sprints há vários carros muito rápidos, geralmente com números de desgaste de pneus um pouco melhores. Mas vamos lutar, ver o que podemos fazer - espero que seja algo gratificante", continuou.

O desempenho de Hulkenberg está bastante correlacionado com os comentários do diretor esportivo Inaki Rueda no início do dia, que abordou os pontos fortes e fracos da Sauber ao longo do ano.

Rueda explicou que o carro era mais sensível do que a maioria dos outros ao ser pilotado "rente ao solo", onde é possível obter maiores benefícios aerodinâmicos através do assoalho. Em alturas mais elevadas, o C45 é um pouco mais afetado em comparação com os carros próximos a ele no campeonato.

Embora a pista de Austin seja conhecida por seus solavancos, que mudam um pouco a cada ano (o circuito foi construído em solo argiloso, que é propenso a mudanças devido à sua maleabilidade), o recente recapeamento diminuiu algumas das instabilidades mais extremas.

Além disso, as equipes podem adotar uma abordagem mais ousada com as alturas dos carros em sprints, sabendo que podem elevá-los quando o parque fechado reabrir após a corrida. Rueda fez alusão a essa ideia, sabendo que seria improvável que um carro desgastasse seus blocos de derrapagem além do limite permitido em uma corrida de 19 voltas.

"Acho que os circuitos de alto downforce [nos servem mais], mas não é o único componente. Acho que a outra parte é a suavidade", explicou Rueda antes do treino de sexta-feira.

Nico Hulkenberg, Sauber

Foto de: Sam Bagnall / Sutton Images via Getty Images

"Não é segredo para ninguém que grande parte do desempenho do nosso carro é rodar com ele o mais baixo possível no chão. Não somos apenas nós, mas nosso carro sofre muito por não conseguir fazer isso. Ter um circuito suave nos permite deixar o carro baixo. Budapeste foi uma combinação de baixa velocidade, portanto, alto downforce, com um asfalto muito liso. Então, foi muito bom. Chegando aqui, a pergunta que temos agora é: qual é a suavidade do circuito e qual é o nível de velocidade que podemos usar?", questionou.

"O solo recua ou se assenta a cada ano. Portanto, esses grandes solavancos se desenvolvem em uma velocidade muito alta. Se você estiver com o carro no chão e passar por uma lombada, o carro inteiro se desequilibra. Precisamos levantá-lo. Mas então perdemos desempenho em todos os outros aspectos", continuou. "[A reabertura do parque fechado] é muito útil porque você pode adotar uma abordagem mais agressiva. Outro ponto na equação de quão baixo você pode pilotar o carro: um é a instabilidade, o outro é o desgaste do assoalho".

"A sprint permite que você seja um pouco mais agressivo porque é muito mais curto do que a corrida principal. E então você realmente mede a derrapagem após o sprint. E você diz: 'OK, como teríamos nos saído com essa altura de rodagem na corrida? E você se mantém agressivo ou é mais conservador na corrida", concluiu.

Reportagem adicional de Ronald Vording