F1 considera GP da China de dois dias em novembro
O surto do coronavírus levou ao adiamento do GP da China, mas a categoria tenta reorganizar o calendário para manter a prova em 2020, com uma proposta para realizar a etapa após o GP do Brasil
Após o adiamento oficial do GP da China, que seria realizado em abril, devido à epidemia do coronavírus que o país passa, a Fórmula 1 tenta arrumar uma solução para manter a etapa no calendário. E, segundo apurado pelo Autosport / Motorsport.com, a categoria arrumou uma nova opção.
A proposta seria de realizar o GP da China entre as etapas do Brasil e de Abu Dhabi, em um final de semana reduzido, de apenas dois dias. Com isso, a prova, que seria realizada inicialmente em 19 de abril, passaria para o final de novembro. Mesmo antes da decisão de adiamento ter sido tomada, os chefes da F1 tinham em mente que era necessário fazer de tudo para remarcar a etapa ao invés de cancelá-la, apesar de todas as dificuldades possíveis para a realização.
A distribuição do campeonato, com diversas etapas muito próximas na fase final da temporada, não deixa uma espaço óbvio para a realização. Uma possibilidade que havia sido falada originalmente seria uma troca de datas, com o espaço de 29 de novembro sendo deixado para o GP da China e a etapa de Abu Dhabi passando para a semana seguinte.
Mas, segundo fontes ligadas à categoria, esse plano mais ousado, que também está sendo considerado, deixaria a etapa de Abu Dhabi em sua data original. A nova proposta seria de realizar o GP da China em 22 de novembro, criando uma rodada tripla com o Brasil em 15 de Novembro e Abu Dhabi no dia 29.
Um dos grandes desafios para a execução desse plano é a parte logística, com o envio dos equipamentos de São Paulo para Xangai em tempo e, para isso, a categoria pensou em uma pequena mudança no formato do final de semana. A ideia seria a realização dos eventos do GP apenas no sábado e no domingo - com o primeiro dia tendo os treinos livres e, no domingo, a classificação e a corrida.
Para sair do papel, a proposta precisa ser aprovada por unanimidade por todas as equipes, e ainda não está claro que elas teriam interesse em fazer uma rodada tão intensa de corridas consecutivas tão próximo do final do ano - apesar do aumento de verbas que eles receberiam com a realização da prova chinesa.
Com a situação atual do coronavírus, ainda não é possível para a categoria confirmar essa decisão, então essa discussão deverá ser realizada ao longo das próximas semanas.
Enquanto isso, a organização do GP do Vietnã dá como certa a realização da prova. Segundo os diretores da etapa, a corrida não está ameaçada devido à epidemia do coronavírus, apesar da proximidade do país com a China.
Na terça, a imprensa local divulgou falas dos organizadores afirmando que eles não estão nem considerando reavaliar a situação da prova. Tran Trung Hieu, vice-diretor do Departamento de Turismo de Hanói, em entrevista à Agência France-Presse, afirmou que não há possibilidade de adiamento ou cancelamento da prova.
"Apesar de ser um evento esportivo, ele terá um impacto muito grande para o turismo de Vietnã e de Hanói".
Veja imagens da construção do Circuito de Hanói
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