F1 decide não substituir GP da Rússia e temporada 2022 terá 22 corridas

Com isso, temporada atual empata com a de 2021 como a maior da história da categoria

Charles Leclerc, Ferrari F1-75, Lando Norris, McLaren MCL36, Max Verstappen, Red Bull Racing RB18, Sergio Perez, Red Bull Racing RB18, the rest of the field at the start

A Fórmula 1 decidiu não substituir o cancelado GP da Rússia no calendário com um novo evento no fim de semana de 23 a 25 de setembro. Com isso, a temporada 2022 terá oficialmente 22 corridas, o mesmo número do ano passado.

A decisão cria uma folga de duas semanas entre o fim da temporada europeia em Monza, no dia 11 de setembro, e o começo das provas fora em 02 de outubro, com o GP de Singapura.

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A corrida de Sochi foi cancelada, além da rescisão do contrato da F1 com a organização do GP da Rússia, pouco após a invasão à Ucrânia. A categoria iniciou imediatamente a busca por palcos alternativos, em busca de manter o número previsto de 23 provas.

Um candidato era o Catar. O país, que recebeu uma prova no ano passado em Losail, tem retorno previsto ao calendário em 2023, mas planejava pular este ano devido à Copa do Mundo.

Inicialmente, pensava-se que uma data em setembro seria cedo suficiente para evitar o choque com o evento, mas surgiram preocupações sobre o calor extremo e o impacto em potencial para o público.

No fim de semana de Melbourne surgiu ainda a possibilidade de uma segunda corrida em Singapura, um fim de semana antes do GP, talvez começando em um horário mais cedo. Também foram veiculadas possibilidades na Europa, com Hockeheim se oferecendo para receber o retorno do GP da Alemanha.

Porém, questões logísticas tornariam impossível a transferência do circo da F1 direto da Europa para Singapura. O ponto-chave para qualquer acordo era o financiamento. A situação atual da categoria é bem diferente da vista há dois anos, quando algumas pistas tiveram acordos baratos ou mesmo gratuitos para que a F1 pudesse fazer um número considerável de provas em meio à pandemia.

Devido ao nível geral da inflação ao redor do mundo e o aumento dramático no custo dos fretes, uma nova corrida teria que fazer sentido para as equipes e a F1 em termos financeiros. No final das contas, nenhuma das opções cumpriam todos os critérios citados e, por isso, a F1 decidiu não fazer a 23ª corrida.

A confirmação será bem recebida pelas equipes, que enfrentam o desafio de se manterem dentro do teto orçamentário em meio ao desenvolvimento de seus novos carros no contexto do que ainda assim será um calendário movimentado.

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