F1: Desconhecimento sobre pista deve criar GP do Catar "incrível", diz Domenicali
CEO da F1 falou ainda sobre os desafios de manter um calendário de 22 provas em meio à pandemia
No final de novembro, a Fórmula 1 realizará o primeiro GP do Catar de sua história, no circuito de Losail. Este é o primeiro evento de um acordo que terá uma duração de dez anos, apesar de uma possível troca de palco no futuro. Segundo Stefano Domenicali, CEO da categoria, a falta de conhecimento dos pilotos e equipes, o desconhecimento de pilotos e equipes sobre a pista deve criar um espetáculo para os fãs.
O circuito de Losail foi inaugurado em 2004 e, desde então, é uma das principais sedes do GP do Catar da MotoGP, não realizado apenas em 2020 por conta da pandemia. Por outro lado, poucas corridas de monopostos passam pelo local e apenas um piloto do grid atual da F1 já correu por lá: Sergio Pérez, quando corria na GP2 Ásia em 2009.
Portanto, as equipes chegarão sem dados sobre a pista, tendo pouco tempo para acumulá-los em seus simuladores. Por isso, Domenicali espera um final de semana agitado no Catar.
"Tenho certeza que será um evento emocionante porque, como vocês podem imaginar, a F1 estará em Losail pela primeira vez", disse. "Não fizemos nenhum teste, nem de pneus. Portanto, tenho certeza que haverá muita ação na pista. Mais uma vez na temporada, teremos uma corrida louca".
Desde 2008, a MotoGP faz corridas noturnas em Losail e a F1 seguirá esse exemplo. Domenicali justificou a escolha comparando com as outras provas no Oriente Médio - Bahrein, Abu Dhabi e Arábia Saudita, logo após o Catar - que também acontecem à noite.
"Uma prova noturna será, sem dúvidas, a melhor experiência para os fãs da F1. Já sabemos como é a configuração com base na MotoGP. E já temos corridas noturnas, que entregam eventos únicos nesses lugares especiais, como Abu Dhabi. Então o Catar se somará ao espetáculo da F1, será um momento incrível".
Domenicali esclareceu que a adição do GP do Catar no lugar da Austrália foi mais uma prova de como a F1 vem lidando bem com o impacto da pandemia, mantendo um calendário de 22 provas em vários continentes apesar dos cancelamentos de Melbourne, China, Canadá, Singapura e Japão.
"A F1 mostrou como responder à Covid no mundo todo. Conseguimos montar um calendário de 22 provas neste ano, que é o maior número de corridas na F1, mostrando a força do sistema".
"Organizar um evento não é fácil. Movimentamos muita gente, conversamos com governos sobre protocolos. Conseguir ajustar nossa programação sem perder ímpeto tem sido fundamental. Nesse contexto, encontramos soluções rapidamente quando um GP foi cancelado".
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