F1: Em "terra de ninguém", Mercedes diz que déficit inalterado para Ferrari e Red Bull causa "grande irritação"
Mas Toto Wolff descarta que o momento seja de questionar o futuro do conceito atual, seja ainda para o carro de 2022 ou já pensando no de 2023
A Mercedes admite que a falha em reduzir a diferença para Ferrari e Red Bull na Fórmula 1 2022 é algo que causa "grande irritação" na equipe alemã. A montadora vive um começo frustrante de campanha, com o W13 sendo afetado pelo porpoising. Mas enquanto o fenômeno já foi reduzido, o fim de semana em Mônaco mostrou que ainda há um longo caminho pela frente com o carro.
O chefe da equipe, Toto Wolff, disse que, enquanto o W13 mostra melhorias, ele acha que ainda esteja longe do ideal, já que parecem não se aproximar dos carros da frente.
"Acho que somos a terceira equipe. Não estamos em segundo e nem em quarto. Temos dois pilotos extremamente fortes, mas é uma grande irritação para todos nós que a diferença seja a mesma. Se olharmos para isso de forma otimista, são cinco décimos. Se formos pessimistas, são mais de oito. E claramente isso não é aceitável para a Mercedes".
"Acho que estamos aprendendo no momento, com cada pista. Literalmente, a cada quilômetro feito, temos uma importante lição de como melhorar o carro. Mas precisamos sair dessa terra de ninguém que nos encontramos no momento".
George Russell, Mercedes W13
Photo by: Steve Etherington / Motorsport Images
Nas últimas semanas, a Mercedes vem questionando seu conceito de zeropod, mas o ritmo exibido no GP da Espanha parece ter encerrado o debate, pelo menos em um futuro próximo.
Wolff disse que o foco agora está em extrair totalmente o potencial que acredita ter no carro, mas reconhece que chegará um momento em que o time terá que tomar escolhas mais ousadas para 2023 caso a situação não melhore.
Questionado pelo Motorsport.com se a Mercedes está totalmente comprometida com seu conceito para 2023, Wolff disse: "Se você quiser mudar o conceito, primeiro precisa entender o que tornaria esse novo conceito mais rápido que o atual. E se soubéssemos, talvez teríamos feito".
"No momento, ainda acreditamos muito na estrutura e na organização, tentando trazer desenvolvimentos e compreensão para melhorar o ritmo do carro. Precisamos seguir e, se for necessário tomar decisões para o próximo ano, em arquitetura ou aerodinâmica, então sim, essas decisões terão que acontecer. Mas ainda não estamos neste ponto".
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