Fórmula 1 GP da Austrália

F1 - "Era uma vez a Ferrari": Imprensa italiana diz que equipe "afunda" com problemas em 2023

Principais jornais italianos criticam má fase da equipe italiana e decisões da direção de prova no GP da Austrália

Carlos Sainz, Ferrari SF-23, Charles Leclerc, Ferrari SF-23, leave the garage

O péssimo GP da Austrália da Ferrari, com Charles Leclerc abandonando logo na primeira curva e Carlos Sainz perdendo bons pontos com a punição pelo acidente com Fernando Alonso, não caiu bem em terras italianas, com alguns dos principais veículos do país não poupando palavras para a Scuderia, além de críticas à direção de prova.

O GP da Austrália foi um dos mais caóticos e polêmicos da Fórmula 1 dos últimos tempos. A prova foi marcada por três bandeiras vermelhas, com a segunda sendo bastante questionada por pilotos e chefes de equipe.

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Para a Ferrari, que venceu o GP do ano passado com Leclerc, a etapa aprofundou ainda mais a crise da equipe italiana, que soma apenas 26 pontos nas três primeiras corridas do ano, contra os 121 da Red Bull, que mantém 100% de aproveitamento no ano.

O momento ruim não passa por despercebido pela imprensa italiana, que voltou a criticar a equipe de Maranello após a etapa de Melbourne, reservando ainda algumas palavras para a FIA e o diretor de provas Niels Wittich.

"A Ferrari está afundando", disse Stefano Mancini, do jornal La Stampa, em um artigo com o título "Era uma vez a Ferrari". "Dessa vez não é sobre confiabilidade ou estratégia: são os pilotos que comentem os erros. Após três voltas, Charles Leclerc já estava na brita, sem ter como sair".

"Ele tentou ultrapassar Stroll de cara e não conseguiu por falta de espaço. Para a direção de prova, foi um acidente normal com contribuição de negligência, mas podemos definir como um erro de frustração. A pressão aumenta e a necessidade de recuperar posições se sobrepõe à lucidez, especialmente ao sair da sétima posição".

Mancini ainda fala mais sobre a situação de Leclerc: "Ele tem que lidar com mais uma temporada sem objetivos, que não sejam o genérico (e distante) de recuperar a competitividade".

No Corriere dello Sport, as críticas vão além dos erros dos pilotos: "A Ferrari perde a paciência com pilotos nervosos demais. Leclerc abandonou imediatamente, enquanto Sainz tinha a chance de ir ao pódio, mas ele mesmo jogou tudo fora".

"Temos que escrever sobre erros, no plural, porque não foi somente um. Não é por nada que a Ferrari tem apenas 26 pontos. Leclerc estava furioso e precisa se acalmar. Claro, não é culpa dele que a Ferrari está lenta demais, mas perder o controle só torna as coisas piores. O pódio era merecido para a Ferrari, mas Sainz jogou tudo fora ao bater em Alonso".

Já no Corriere della Sera, as críticas vão além da Ferrari, incluindo também o diretor de provas: "Wittich recebe um zero de nós. Ele, assim como seu antecessor Michael Masi, fez tudo errado. Ele quer se precaver em todos os lados, para que não seja julgado culpado".

"Sainz precisa olhar no espelho, mas sua punição foi exagerada. Leclerc estava frustrado após a classificação e já estava fora após três curvas no dia seguinte".

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Guilherme Longo
Fórmula 1
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