F1: Ferrari "rouba" diretor da Mercedes para auxiliar em processo de reestruturação
Porém, time de Maranello deve contar com o diretor de performance do time alemão apenas em 2025
A Ferrari teve sucesso em "roubar" um dos nomes mais importantes da Mercedes como parte do processo de reestruturação da equipe de Maranello na Fórmula 1 liderado por Fréderic Vasseur. Após o chefe fazer mistério sobre a identidade, o Motorsport.com apurou que a contratação é do diretor de performance do time alemão, Loic Serra.
A informação foi inicialmente divulgada pelo Formu1a.uno e confirmada pelo Motorsport.com por fontes com bom conhecimento da situação, que afirmam que Serra concordou com a troca. Porém, Vasseur e a Ferrari devem esperar um tempo até poderem contar com o engenheiro francês, já que seu contrato atual com a Mercedes vai até 2025.
As equipes se negaram a comentar sobre o caso, mas foi apurado que as negociações estão em andamento entre os chefes Toto Wolff e Vasseur. Porém, fontes sugeriram que dificilmente ele será liberado mais cedo.
Serra tem uma longa história na F1, tendo iniciado sua carreira como engenheiro de pneus na Michelin, especializado em suspensão e dinâmica veicular. Mas após a saída da marca da F1 o fim de 2006, o francês foi para a BMW Sauber como chefe de performance antes de sua ida para a Mercedes em 2010, originalmente como engenheiro-chefe de engenharia de veículo.
Desde então, Serra evoluiu dentro do organograma da Mercedes, tornando-se chefe de dinâmica veicular em 2013 e diretor de performance em 2018.
Loic Serra, Mercedes AMG F1 Head of Vehicle Dynamics
Photo by: Sutton Images
Sua vasta experiência e compreensão de metas de performance devem ajudar a Ferrari, que perdeu seu chefe de conceito veicular, David Sanchez, para a McLaren mais cedo neste ano. Sanchez está em quarentena no momento antes de se juntar ao time de Woking em 2024.
Com a Mercedes indisposta a liberar Serra mais cedo, a Ferrari deve ter que esperar até 2025 para contar com o francês, algo que Vasseur já parece conformado. No GP do Canadá, o chefe do time de Maranello falou sobre a contratação, sem nomear Serra, e o timing necessário para contar com ele.
"O problema na F1 é a inércia. De um lado, parecemos ágeis. Mudamos as coisas e podemos mudar de uma corrida para a outra. Mas, do lado dos negócios, se quisermos mudar um pouco as coisas, aí não somos mais ágeis. Sabemos que, se queremos recrutar, não estamos mais falando em dias, mas sim em anos".
"Eu contratei um cara de ponta para 2025. Ele só vai conseguir trabalhar no carro em 2025 e 2026. Parece uma longa espera. Porém, se você não faz isso, vai estar ainda pior em seis meses. E somos obrigados a aceitar isso como uma base da F1. Se você para em um estágio, significa que vai adiar ainda mais o impacto".
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