F1: FIA introduz novos testes para limitar uso de "asas flexíveis" após polêmica com Red Bull na Espanha

No GP da Espanha, Hamilton disse que a Red Bull tinha uma asa traseira que se tornava flexível nas retas, algo que não é permitido no regulamento

Sergio Perez, Red Bull Racing RB16B

Após a polêmica levantada por Lewis Hamilton durante o GP da Espanha de que a Red Bull usava um design de asa traseira "flexível", o Motorsport.com apurou que a FIA introduzirá novos testes de flexibilidade da peça antes do GP da França, marcado para o final de junho, em meio a preocupações de que algumas equipes estariam explorando as regras da Fórmula 1.

A interferência era de que a Red Bull poderia estar explorando uma asa mais flexível, que gira para baixo nas retas para aumentar a velocidade máxima, mas que volta à posição normal para as curvas de downforce máximo.

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Porém, o chefe da Red Bull, Christian Horner, deixou claro que o design da asa havia sido liberado pela FIA, passando por todos os testes que são feitos para verificar a rigidez da peça.

"Claro, os carros são amplamente escrutinados e há diversos tipos de testes que eles precisam passar. A FIA está completamente satisfeita com o carro, passando por todos os testes, que são muito rigorosos".

Mas, na terça, fontes revelaram que a FIA escreveu à todas as equipes informando que está preocupada com o fato de algumas estarem explorando designs que passam em testes estáticos mas que flexionam sob alta velocidade.

Na nota, cuja a qual o Motorsport.com teve acesso a uma das cópias, a FIA diz que está ciente dos designs que cumprem os testes atuais mas "mesmo assim exibem deflexão excessiva enquanto os carros estão em movimento".

"Acreditamos que tais deformações têm uma influência significativa na performance aerodinâmica do carro".

Em resposta às preocupações, a FIA determinou que adicionará uma cláusula no regulamento técnico da F1 que permite a introdução de novos testes.

O Artigo 3.9.9 do Regulamento Técnico da F1 diz: "A FIA reserva o direito de introduzir novos testes de carga / deflexão em qualquer parte do carro que parece (ou é suspeito) de se mover enquanto o carro está em movimento".

A nota da FIA detalha uma série de novos testes que serão introduzidos, focando nas características de uma asa que flexibiliza para trás sob velocidade. O regulamento atual checa se a carenagem não possui nenhuma deflexão além de um grau horizontalmente ou 3mm verticalmente, quando certas forças são aplicadas.

Para o novo teste, a FIA está focada no comportamento das asas em rotações para trás.

Os novos testes incluirão limitar a rotação da asa traseira a apenas um grau além de seu eixo normal quando forças de 750N são aplicadas de forma traseira e horizontal. Outro teste, envolvendo um downforce vertical de 1000N, permitirá também apenas um grau de rotação.

A expectativa é que os testes limitarão a possibilidade das equipes irem além do limite com designs inteligentes que se movem quando estão na pista, de um modo que não é checado atualmente quando o carro está parado.

Com a potencial chance de algumas equipes terem que fortalecer suas asas traseiras para garantir que elas sejam aprovadas nos novos testes, um período de carência foi introduzido. Os modelos atuais são válidos para Mônaco, Baku e Turquia, antes da norma entrar em vigor, em 15 de junho.

A primeira corrida após esse período é o GP da França, mas podemos ter uma mudança no calendário caso o GP da Turquia seja cancelado.

Na Espanha, Horner revelou que havia falado com Toto Wolff, chefe da Mercedes, sobre o tópico.

Falando sobre a acusação de Hamilton, de que a Red Bull teria uma asa flexível, Horner disse: "Fiquei surpreso ao ver seus comentários sobre isso. Mas é algo que Toto já havia mencionado anteriormente a mim. Duvido que seja uma opinião de Lewis. Acredito que tenha vindo de outra fonte".

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Jonathan Noble
Fórmula 1
Red Bull Racing
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