Fórmula 1 GP da Austrália

F1: FIA rebate críticas sobre velocidade de safety car "tartaruga" da Aston Martin

Federação defendeu que a função prioritária do SC é a segurança de todos os envolvidos, com o seu impacto na performance dos carros ficando em segundo plano

No último fim de semana, a Aston Martin fez a estreia oficial de seu novo safety car para a Fórmula 1, mas ouviu muitas críticas dos pilotos após a corrida, que afirmaram que o carro era lento demais, com o campeão Max Verstappen chamando-o de "tartaruga". E nesta quinta-feira, a FIA veio à público rebater tais críticas, defendendo os procedimentos realizados.

Desde o ano passado, a Aston Martin divide a função com a Mercedes. E o Vantage da marca britânica fez sua estreia em Melbourne, levando a críticas dos pilotos, que afirmaram que o carro não é tão rápido quanto o AMG.

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Ao chamar o carro de "tartaruga", Verstappen reclamou que a falta de ritmo do safety car fazia com que os pneus dos carros perdessem muita temperatura, atrapalhando a performance no momento da relargada.

"A aderência já é pequena, e o safety car ainda pilota lento demais, como uma tartaruga. Inacreditável", disse o holandês. "Guiar a 140 km/h na reta, sem ter um carro danificado, eu não entendo porque estamos andando tão lentamente. Temos que investigar".

"Certamente o safety car da Mercedes é mais rápido por causa da aerodinâmica extra, porque a Aston Martin é realmente lenta. Definitivamente precisa de mais aderência, porque nossos pneus estavam gelados. Foi terrível guiar atrás do safety car nesse momento".

Mas a FIA não aceita que a diferença de velocidade entre os safety cars de Mercedes e Aston Martin seja um problema. Em um comunicado publicado no Twitter, a Federação defendeu que a prioridade do carro de segurança não é a sua velocidade, mas sim ajudar à manter a prova em andamento de forma segura.

"Após os recentes comentários sobre o ritmo do safety car da Fórmula 1, a FIA gostaria de reiterar que a função primária dele é, claro, não a velocidade, mas sim a segurança dos pilotos, fiscais e oficiais".

"Os procedimentos do safety car levam em consideração múltiplos objetivos dependendo do incidente em questão, incluindo a necessidade de 'juntar' o grid, negociar a recuperação de um incidente ou limpeza de detritos de forma segura, ajustando o ritmo dependendo das atividades de recuperação que possam estar acontecendo em diferentes partes da pista".

A FIA acrescentou que a velocidade do safety car não é determinada pelos seus aspectos técnicos, mas sim pelo que a direção de prova precisa.

"A velocidade do safety car é, portanto, geralmente ditada pela direção de prova, e não é limitada pelas capacidades dos carros, que são veículos de alta performance de duas das principais montadoras do mundo, equipadas para lidar com mudanças constantes nas condições de pista e guiados por um piloto e um copiloto com grande experiência".

"O impacto da velocidade do safety car na performance dos carros que o seguem é uma consideração secundária, já que o impacto é o mesmo para todos os competidores que, e sempre é assim, são responsáveis por guiar de forma segura o tempo todo de acordo com as condições do carro e do circuito".

Após um quase incidente entre Mick Schumacer e Yuki Tsunoda atrás do safety car na Austrália, a FIA abriu as portas para uma revisão do regulamento sobre o quão próximos os pilotos podem estar uns dos outros. Em uma investigação sobre o caso, os comissários disseram que a regra que determina que os pilotos devem estar em até dez carros de distância deve ser discutida logo.

"Está claro que a velocidade e a capacidade de frenagem dos carros de F1, especialmente enquanto tentam manter temperaturas exigidas nos pneus e freios, cria uma tensão com a separação de dez carros de distância atrás do safety car tradicionalmente determinado pelo regulamento".

"Isso precisa ser um ponto de ênfase em futuras reuniões com os pilotos, garantindo que eles coletivamente cheguem a um acordo sobre como lidar com esse desafio antes que aconteça um infeliz incidente".

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