F1: FIA tranquiliza fãs sobre ‘substituto’ do DRS para 2026
A Federação Internacional de Automobilismo explicou como será feito o processo de ativação do X-Mode, futuro pacote aerodinâmico da F1
As principais diretrizes do novo regulamento da Fórmula 1 para 2026 foram divulgados à mídia na última quinta-feira (6/6), em meio a desconfiança do paddock sobre certos aspectos das novas regras, especialmente aquelas que regem a aplicação da aerodinâmica ativa.
Inicialmente não estava claro se a ativação do X-Mode, onde as asas dianteiras e traseiras do carro entram num estado de menor arrasto em retas, seriam controladas pelo piloto ou aplicada automaticamente durante uma corrida.
Numa conferência de imprensa no sábado, o diretor-técnico de monopostos da FIA, Jan Monchaux, explicou que seria ‘lógico’ assumir o mesmo método de aplicação usado atualmente com o DRS, onde é acionado pelo piloto através de um botão no volante.
“Tudo isso ainda está em discussão com as equipes. Portanto, não descrevemos completamente todos os detalhes de como e quando você ativa”, explicou Monchaux.
“A linha geral que seguiremos é semelhante ao DRS. Portanto, no DRS, você precisa estar a certa distância ou tempo de volta até o carro à sua frente num determinado ponto, e então o piloto pode acionar.
“Mas é um piloto que aperta um botão e aciona o DRS e o fecha. Achamos que a abordagem para o X-Mode será exatamente a mesma.”
Com a expectativa de que as velocidades máximas aumentem consideravelmente graças ao arrasto reduzido produzido pelo X-Mode, é necessário garantir que o piloto não encontre dificuldades ao frear nas curvas.
Caso contrário, isto poderá fazer com que os pilotos não consigam reduzir a partir de velocidades superiores a 350 km/h e, como consequência, provocar acidentes em alta velocidade.
Active aero F1 2026
Photo by: FIA
“A análise de falhas a que o sistema passará é a mesma que antigamente foi feita com o DRS”, afirmou o ex-diretor técnico da Sauber.
“E teremos a mesma abordagem extremamente rigorosa, garantindo que o sistema, uma vez implantado pela primeira vez durante o teste de inverno, estará apenas fazendo o que deveria fazer e não estará sujeito a constantes problemas de confiabilidade ou, pior ainda, de segurança.
“É de se esperar que algumas equipes tenham alguns contratempos no primeiro teste de inverno, mas realmente acho que a experiência adquirida ao longo dos anos no DRS deve ser perfeitamente transferível.
“Portanto, o sistema não será um grande desafio para as equipes em termos de ‘podemos fazê-lo funcionar’ e ‘podemos fazê-lo funcionar de forma segura e confiável’, porque estará em quase todas as linhas retas.’’
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