F1 - Filho de lenda e ex-rival de brasileiros: conheça Jack Doohan, possível substituto de Ocon na Alpine

Jack Doohan foi escalado para o TL1 do GP do Canadá e é o nome mais cotado para assumir vaga de francês, que deixará a equipe ao final da temporada de 2024

Jack Doohan, Alpine

Especulado como piloto titular da Alpine em 2025, Jack Doohan voltará ao cockpit de um carro da Fórmula 1  nesta sexta-feira (7) para participar do TL1 do GP do Canadá. Ainda pouco conhecido do público, ele carrega no sangue a história do motociclismo, por ser filho do lendário Mick Doohan, e já foi companheiro de equipe de brasileiros como Enzo Fittipaldi, Pietro Fittipaldi e Gianluca Petecof nas categorias de base.

Leia também:

Seu nome começou a ventilar forte no paddock depois que a equipe francesa anunciou que Esteban Ocon não seguirá por lá em 2025, estando agora com, no mínimo, uma vaga aberta. A outra deve ficar com Pierre Gasly, que tem mais chances de renovar. Tudo indica que Doohan deve ser a dupla do francês e, possivelmente, o terceiro australiano no grid do próximo ano, junto a Oscar Piastri e Daniel Ricciardo.

Piloto reserva da Alpine desde 2023, ele conduziu na Fórmula 1 em outras quatro ocasiões: duas no circuito Hermanos Rodríguez, nos treinos livres dos GPs do México de 2022 e 2023, e em Yas Marina, nos treinos livres dos GPs de Abu Dhabi de 2022 e 2023. Pela lógica, seria o primeiro da 'fila' para o lugar de Ocon, e a presença no Canadá pode indicar uma preparação.

Jack Doohan já pilotou pela Alpine em outros treinos livres.

Jack Doohan já pilotou pela Alpine em outros treinos livres.

Foto de: Mark Sutton / Motorsport Images

No GP da Austrália de 2024, Doohan e seu pai, Mick, viveram momentos emocionantes juntos. Para comemorar os 30 anos do primeiro título das 500cc da lenda do motociclismo, eles dividiram a pista de Albert Park. Jack pilotou a Benetton B200, de 2000, enquanto Mick guiou uma Honda RCV213. Ali, o jovem já começou a 'aquecer'.

Jack Doohan teve 'formação completa' nas categorias de base

Antes de chegar à categoria máxima do automobilismo, Doohan passou por todas as etapas de formação: Fórmula 4, Fórmula 3 e Fórmula 2, participando ainda de uma temporada da Fórmula 2000 e de outra da Euroformula Open - as duas últimas já tiveram Felipe Drugovich como campeão. Atualmente na academia da Alpine, fez parte do programa da Red Bull até 2021.

Sua estreia nos monopostos foi em 2018, quando competiu em tempo integral na F4 Britânica pela Arden, terminando em quinto lugar no campeonato, e participou de etapas da F4 Alemã e da F4 Italiana, considerada a mais importante da série. Nelas, dividiu a garagem da Prema com os brasileiros Enzo Fittipaldi e Gianluca Petecof.

Australiano passou por todas as categorias de formação antes da possível chegada à F1.

Australiano passou por todas as categorias de formação antes da possível chegada à F1.

Foto de: James Gasperotti / Motorsport Images

Salto em 2019 e prestígio na Europa

Doohan, no entanto, despontaria somente em 2019, com o vice-campeonato da F3 Asiática. Esse desempenho lhe rendeu uma vaga no grid da Euroformula Open do mesmo ano, onde disputou corridas contra nomes como Liam Lawson e Yuki Tsunoda e subiu duas vezes ao pódio. Ainda que não tenha brigado pelo título, garantiu um lugar na Fórmula 3 da FIA do próximo ano.

Antes de começar a temporada de 2020, foi novamente vice-campeão da F3 Asiática pela Pinnacle, correndo ao lado de Pietro Fittipaldi. Na FIA F3, seria companheiro do irmão de Pietro, Enzo, na HWA, equipe que não teve um bom desempenho no geral naquele campeonato. O australiano saiu zerado, enquanto o brasileiro pontuou em seis corridas.

Na Fórmula 3 e na Fórmula 2 foi onde teve maior sucesso, competindo contra nomes como Théo Pourchaire (à esquerda) e Enzo Fittipaldi (à direita).

Na Fórmula 3 e na Fórmula 2 foi onde teve maior sucesso, competindo contra nomes como Théo Pourchaire (à esquerda) e Enzo Fittipaldi (à direita).

Foto de: ART Grand Prix

Na porta da F1

Foi a partir de 2021, ainda na FIA F3, que ele começou a chamar atenção das equipes da Fórmula 1. No mesmo ano em que mudou para a academia da Alpine, foi vice-campeão da categoria vencendo quatro corridas e garantiu a subida para a FIA F2, pela qual correu em algumas das últimas etapas daquele ano.

Doohan fez duas temporadas completas na última divisão antes da F1, ambas pela Virtuosi, atual equipe de Gabriel Bortoleto. Em 2022, terminou em sexto, com três vitórias, e foi terceiro em 2023; de novo, com três triunfos. Nesses dois anos, participou dos treinos livres da categoria máxima, até ser oficializado como reserva da Alpine, agora seu passo mais cogitado para 2025.

Faça parte do Clube de Membros do Motorsport.com no YouTube

Podcast Motorsport.com debate: Como demissão de Ocon impacta no mercado da F1?

 

ACOMPANHE NOSSO PODCAST GRATUITAMENTE:

Faça parte do nosso canal no WhatsApp: clique aqui e se junte a nós no aplicativo!

In this article
Fabio Tarnapolsky
Fórmula 1
Esteban Ocon
Enzo Fittipaldi
Jack Doohan
Alpine
Be the first to know and subscribe for real-time news email updates on these topics

Faça parte da comunidade Motorsport

Join the conversation
Artigo anterior "Boost ao contrário" e dúvidas: Rico Penteado comenta novo carro de 2026 da F1
Próximo artigo F1 - Hamilton dá 'parecer' sobre carro de 2026: "Me disseram que é lento"

Principais comentários

Cadastre-se gratuitamente

  • Tenha acesso rápido aos seus artigos favoritos

  • Gerencie alertas sobre as últimas notícias e pilotos favoritos

  • Faça sua voz ser ouvida com comentários em nossos artigos.

Edição

Brasil Brasil
Filtros