F1 - Horner critica inchaço do calendário: "Se depender dos promotores, logo teremos 35 corridas"
Chefe da Red Bull pede equilíbrio à categoria, citando logística e desgaste dos funcionários
A Fórmula 1 se prepara para o maior calendário de sua história em 2022, com 23 GPs mais sete ou oito corridas sprint. Mas o chefe da Red Bull, Christian Horner, não é a favor desse aumento no número de corridas, afirmando que, se o esporte olhar unicamente para o interesse dos promotores, logo teremos 35 provas por ano.
O Pacto de Concórdia, assinado pelas equipes no ano passado com validade até 2025, afirma que o Mundial não pode exceder o total de 25 corridas por ano.
Após a aquisição da Liberty Media no final de 2016, o calendário teve um leve aumento no número de corridas, indo de 20 / 21 para 23. Desde a saída de Bernie Ecclestone, alguns palcos surgiram ou voltaram ao esporte: Vietnã (apenas no papel), Arábia Saudita, Holanda e Catar em 2021 e Miami já confirmado para 2022.
Nos últimos anos, o termo "rodada tripla" também passou a fazer parte do vocabulário comum do esporte, algo que antes era visto como impensável. As equipes já se manifestaram várias vezes contra isso, mas o formato deve estar novamente presente em 2022.
"É um calendário muito cansativo. Como em todos os outros esportes, a demanda pela F1 determina a duração da temporada", disse Horner em entrevista ao RacingNews365.
"Procuramos manter o equilíbrio. Se dependesse apenas dos promotores, certamente teríamos 35 corridas em breve. Temos permissão para puxar a corda para que a temporada seja concluída com apenas uma equipe de mecânicos".
"A tensão é enorme, principalmente na era da Covid-19, com o calendário mudando com frequência e criando várias rodadas triplas. Vamos para o México, depois o Brasil e o Oriente Médio, o que exige uma logística séria".
No último final de semana, um engenheiro da Red Bull revelou como é o cronograma de trabalho médio dos funcionários de uma equipe em um GP, destacando o congestionamento do calendário. Mas Horner não acha que sua equipe esteja a ponto de esgotamento hoje.
"É muito difícil, mas é impressionante como a equipe consegue lidar com isso. Claro, ninguém na equipe diz que não quer competir".
"Em comparação com 15-20 anos atrás, passamos muito mais tempo em locais de competição, enquanto gastamos muito menos em testes. No que diz respeito ao calendário, precisamos manter um equilíbrio geográfico".
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