Mazepin: Schumacher não pode "esperar que coisas sejam fáceis"; Mick fala de "consequências" em caso de reincidência
Companheiro de Haas rebateu russo, falando de "consequências mais duras" em caso de novo incidente
Comentando sobre a polêmica manobra em cima do companheiro de Haas no GP do Azerbaijão de Fórmula 1, Nikita Mazepin disse que Mick Schumacher não pode "esperar que as coisas sejam fáceis demais".
Os pilotos da Haas estiveram envolvidos em uma corrida até a chegada na última volta em Baku, com Schumacher terminando em 13º. Mas o alemão ficou irritado com uma manobra de Mazepin, que jogou o carro para a direita em alta velocidade quando seria ultrapassado próximo da linha de chegada, após o russo zerar a bateria do carro.
Após a corrida, a Haas disse que havia resolvido a situação entre os pilotos, com Schumacher revelando que Mazepin havia pedido desculpas após ver um vídeo do incidente.
Na coletiva desta quinta, antes do GP da França, Mazepin disse que, para ele "não havia um incidente" já que "ambos os carros voltaram à garagem".
"Achei que ele escolheria o lado interno, mas acabou escolhendo o externo, e quando eu vi que ele foi para lá, tentei me livrar disso, porque no fim, não estávamos lutando por pontos e a prioridade é o resultado da equipe".
"Acho que temos uma vibe positiva, se é que posso chamar assim, dentro da equipe, e tem sido assim desde o primeiro dia até agora. Ambos somos jovens pilotos buscando ultrapassar o limite, então você chega a um ponto desses".
"Mas como disse no começo, desde que os dois carros voltem inteiros, acho que tudo está bem com o chefe".
Perguntado sobre o pedido de desculpas para Schumacher, Mazepin disse que ele acredita que as conversas internas na equipe precisam seguir privadas, acrescentando que ele pediu desculpas pelo fato do alemão ter ficado irritado com o incidente.
"As discussões que temos dentro da equipe devem ficar dentro da equipe, acredito. Porém, como já é público, digo que pedi desculpas para ele, porque era como ele se sentia e ele ficou visivelmente irritado".
"Mas devo dizer que é muito importante que ele não espere que as coisas sejam fáceis demais, e eu nunca vou deixar de me defender, por um motivo ou outro. Mas claramente não esperava que ele terminasse indo para onde foi".
"Se ele se sentiu assim, pedi desculpas, porque é o que acho que deveria fazer. Porém, não foi uma ação particular minha".
Mick Schumacher, Haas F1 walks the track
Photo by: Zak Mauger / Motorsport Images
Falando sobre o incidente, Schumacher disse que achou "inesperado" uma manobra tão agressiva, particularmente de seu companheiro de equipe.
"Quando você vem em tamanho vácuo, você tem basicamente tudo que resta em termos de bateria, e aí você usa tudo e não tem como parar".
"O único modo de parar alguém é assustando-o ou levando-o para o muro e, obviamente, ele tentou fazer isso. Eu, para ser justo, mantive meu pé embaixo, então o alcancei de qualquer jeito, mas ainda acho que foi inesperado, pelo menos do meu lado".
"É por isso que tive tamanha reação depois. Mas, como disse, a equipe também mencionou, isso foi resolvido e estamos em um novo começo a partir daqui".
Os comissários em Baku não analisaram o incidente, mas Schumacher disse que ele acreditava que seriam tomadas ações mais fortes caso aconteça novamente.
"Acho que, se isso acontecer novamente, provavelmente as consequências serão mais duras. Mas, nesse caso, provavelmente porque foi um incidente entre companheiros, foi mantido mais internamente do que externado, com o diretor de prova ou comissários".
"Mas, como disse, se isso acontecer novamente, certamente será algo lidado pelos comissários e a direção de prova".
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