F1: McLaren teme não cumprir teto orçamentário em 2022
Time de Woking se junta a Ferrari, Red Bull e Mercedes, que pedem ajuste no limite de gastos fixado para este ano
Em meio ao debate sobre ajuste do teto orçamentário na Fórmula 1, mais uma equipe admite que possivelmente irá estourar o limite de 141,2 milhões de dólares até o fim da temporada 2022: a McLaren.
Várias equipes de ponta da F1 indicaram que será impossível cumprir o teto determinado para 2022 devido à inflação e o aumento dos custos com frete. Christian Horner, da Red Bull, chegou a sugerir que até sete times poderão estourar esse limite, que é de 141,2 milhões de dólares (140 milhões acordado anteriormente mais 1,2 milhão por corrida extra para além do plano original de 21 GPs).
Enquanto isso, outras equipes como Alpine e Alfa Romeo se colocam contra a modificação, afirmando que os times de ponta usariam esse valor extra para seguirem desenvolvendo seus carros. Mas Andreas Seidl, chefe da McLaren, espera que a FIA e a F1 possam encontrar uma solução para isso.
"Para nós, como equipe, que planejávamos gastar o teto no começo do ano, todos esses gastos inesperados que surgiram, nos deixam em posição de não cumpri-lo mais, porque simplesmente temos alguns custos fixados desde o início da temporada", disse ao Motorsport.com.
"Há gastos fixos com os recursos em jogo, com pessoal e mais, algo que não tem como ajustar mais. E com esse grande aumento inesperado, especialmente no frete, estamos na mesma posição de outras equipes que não poderão cumprir o teto neste ano".
"E eu ainda espero que, com todas as conversas que estão acontecendo no momento, junto com as outras equipes, FIA e F1, que encontraremos a solução que represente o melhor interesse do esporte para o futuro".
Lando Norris, McLaren MCL36
Photo by: Andy Hone / Motorsport Images
Seidl insiste que ainda acredita no princípio do teto, argumentando que ele é necessário para a sustentabilidade do esporte e para aproximar o grid.
"Não quero entrar em muitos detalhes sobre as discussões. O mais importante é que, pelo interesse do esporte, achemos uma solução para todos, porque acho que é crucial garantirmos que os princípios do teto não sejam neutralizados".
"Estou feliz que tenhamos o teto. Era necessário para o esporte em geral, mas também para garantir a continuidade de nós como equipe na F1 de forma que fosse financeiramente sustentável, criando ainda uma posição que permita a competitividade no lado esportivo. É uma nova dimensão ou parâmetro que precisa ser considerada na forma como você completa o ano na F1".
Questionado se ele mira o excesso de 5% do teto orçamentário, quando as punições se tornam mais pesadas, Seidl insistiu que não: "Não estou focado em um certo ponto. Estou focado em achar uma solução que funcione para todos envolvidos. Novamente, tendo o interesse do esporte em mente".
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