F1: Montadoras divergem sobre direção ideal para motor de 2025; entenda
FIA espera que consenso seja tomado logo, com uma reunião no fim de semana do GP da Itália sendo vista como o prazo máximo
Apesar de ainda bem distante, a Fórmula 1 já começa a pensar em 2025 e a nova geração de motores da categoria. E apesar da FIA esperar uma decisão logo sobre o novo regulamento técnico, as montadoras seguem discordando sobre qual é o melhor caminho a ser tomado, colocando Mercedes e Renault, Red Bull e Ferrari, e o Grupo Volkswagen em lados distintos.
Após a primeira reunião, feita durante a passagem da F1 pelo Red Bull Ring, a FIA espera que a próxima reunião, no final de semana do GP da Itália, em Monza, seja a última, com as montadoras chegando a um consenso de como deve ser a próxima geração da unidade de potência.
Segundo a revista alemã Auto Motor und Sport, há dois pontos de consenso entre as montadoras envolvidas na discussão: o uso de combustíveis não-poluentes e a manutenção da tecnologia híbrida. Outra área que parece avançar positivamente é a introdução de um teto de gastos para o desenvolvimento dos motores, que seria neste momento de 100 milhões de dólares (aproximadamente R$530 milhões).
No início de 2021, a FIA divulgou um documento sobre as expectativas que possui para o novo motor da categoria, focando em sustentabilidade ambiental, relevância automotiva, redução significativa de custos e que seja poderoso e emocionante, com o objetivo de atrair novas montadoras no futuro.
Mas os pontos de discórdia se encontram entre as características técnicas dos novos motores. Buscando entrar na F1 a partir da nova geração, o Grupo Volkswagen, que seria representado por Porsche ou Audi, gostaria de um início totalmente novo, buscando chegar em pé de igualdade com as montadoras que já estão na categoria.
Red Bull e Ferrari parecem mais a favor do proposto pelo Grupo VW, mas não 100%. Christian Horner, chefe da equipe austríaca, vem defendendo desde o início do ano que o motor de 2025 seja completamente novo. Entre os pontos defendidos por Horner estão a volta de uma unidade mais barulhenta, que não tenha um aumento na proporção de eletricidade, além da redução de custos, já que os modelos atuais são caros por serem tecnologicamente complexos.
A Ferrari busca também um regulamento novo, mas discorda da Red Bull nos aspectos relacionados à eletricidade. Por ser uma montadora com produção de carros de rua, a marca italiana quer uma correlação entre o trabalho feito na F1 e sua aplicação nos modelos de série. A Ferrari inclusive não descarta a possibilidade de adoção de um motor de quatro cilindros.
Já a Mercedes defende a manutenção dos V6, afirmando que o caminho ideal é a otimização do modelo atual. A Renault segue o mesmo caminho, acreditando que mudanças radicais na arquitetura do motor implicariam em grandes custos de desenvolvimento.
De acordo com a Auto Motor und Sport, a FIA possui carta branca sobre o assunto e, caso um consenso não seja atingido logo, com a reunião em Monza sendo visto como o prazo final, a Federação pode tomar a decisão e apresentar o regulamento às montadoras. Neste caso, a introdução dos motores seria adiada para 2026, ano em que entraria em vigor a nova edição do Pacto de Concórdia, documento que rege a governança e regulamento comercial da F1.
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