F1: Mudança de fábrica no meio da temporada não justifica queda de rendimento, diz Aston Martin
Mike Krack ainda falou sobre as expectativas para 2024
O chefe da Aston Martin na Fórmula 1, Mike Krack, afirma que a troca para a nova fábrica da equipe no meio do ano não pode ser usada como desculpa para a queda de rendimento que o time de Silverstone teve durante a temporada 2023.
Após a compra pelo consórcio liderado por Lawrence Stroll em 2018, a Aston Martin vive uma situação financeira mais confortável, que a permitiu deixar a sede antiga, que já não comportava as operações, para uma nova, de ponta.
A mudança foi feita no meio do ano passado, com o novo túnel de vento também ficando pronto em 2023. A Aston teve seu melhor início de temporada da história, com Fernando Alonso sendo o principal desafiante da Red Bull com seis pódios nos oito primeiros GPs. Porém, o desenvolvimento do carro não foi bem-sucedido, com a Aston caindo na classificação do Mundial.
"No começo do ano, quando tivemos os bons resultados, eu sempre dizia: 'Os tempos difíceis virão'. E, infelizmente, eles vieram bem mais rápido do que gostaríamos", disse Krack ao Motorsport.com.
Porém, quando questionado se a grande mudança pode ter agido como uma distração, Krack se negou a usar isso como justificativa.
"Não osu o tipo de pessoa que procura desculpas. Sabíamos da mudança. Sabíamos da expansão. Sabíamos que estamos crescendo. Então se você sabe isso de antemão, pode planejar as coisas e não usá-las como desculpa, porque é fácil demais".
Photo by: Aston Martin
Aston Martin factory first day
"Quando começamos a temporada, estávamos confiantes que havíamos dado um bom passo adiante. E ficamos surpresos com as dificuldades dos outros. Mas então a competição começou a melhorar e não gerenciamos bem essa melhora. Também tivemos nossas atualizações, mas não demos passos grandes como nossos rivais. Isso resultou nos outros nos passando".
"Então a diferença para o carro mais rápido, que é o nosso objetivo, não mudou muito ao longo da temporada. Mas agora há três ou quatro equipes diferentes entre nós, enquanto no começo do ano não havia nenhuma, entende? Basicamente é isso: o que a competição fez e que nós não fizemos o suficiente? Mas ter coisas demais no nosso prato não importa".
Krack tentou manter baixas as expectativas para 2024, reconhecendo que esse ano em particular não seria definidor do "Projeto Aston Martin".
"Honestamente, temos que olhar mais de longe, um período de três ou quatro anos em vez de corrida a corrida, temporada a temporada. Se não terminarmos em uma posição mais alta que a deste ano, as pessoas verão como uma falha. Acho que é preciso diferenciar um pouco mais, mas é a natureza do negócio".
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