F1: Problemas com 'Mercedes rosa' ajudaram Aston Martin para 2022; entenda
Apesar de ter atrasado desenvolvimento de carro de 2021, escuderia aprendeu novos conceitos e formas de trabalhar, segundo diretor
Antes de ser renomeada em 2021, a Aston Martin, correndo como Racing Point, teve o melhor ano de sua história na Fórmula 1 em 2020, contando também a época de Force India. Além da vitória inédita de Sergio Pérez, foram mais três pódios e 195 pontos no mundial de construtores. Na última temporada, a história não se repetiu, mas serviu para mostrar "novas ideias", de acordo com o diretor técnico da equipe, Andrew Green.
Parte dessa queda se desempenho se deve às consequências da 'Mercedes rosa', como ficou conhecido o último carro da escuderia pelas semelhanças com o veículo de 2019 da montadora alemã. Os dutos de freios da máquina foram considerados cópia e isso acarretou em uma punição, bem como obrigou o time a mudar todo o conceito para o campeonato seguinte.
"No tempo limitado que tivemos, o carro se diferenciou muito por causa da mudança aerodinâmica introduzida no início da temporada", explicou Green sobre a discrepância de desempenho da Aston Martin entre 2020 e 2021 ao site The Race. "Foi uma mudança significativa que exigiu quantidade significativa de recursos para tudo voltar a funcionar."
"Não foi uma cópia, foi o desenvolvimento de um projeto no qual você se baseia na resposta para seu objetivo, mas é preciso muito trabalho. O que fizemos foi olhar para o carro e tentar descobrir por que era mais rápido. Muitas outras equipes seguiram a mesma filosofia, e só se agarraram a isso porque fizemos um bom trabalho e outros não gostaram."
Apesar de ter prejudicado o último ano da equipe, as dificuldades tiveram um ponto positivo: ideias renovadas e maneiras diferentes de desenvolver o carro. A Aston Martin pensa na evolução a longo prazo, principalmente com a inauguração de sua nova fábrica para 2022, em um projeto de mais de R$ 1 bilhão do proprietário Lawrence Stroll. Criar métodos com antecedência é importante nesse aspecto.
"Definitivamente, abriu nossos olhos para novas formas de trabalhar, com novos conceitos", comentou Green. "Esse pensamento seguiu até certo ponto no carro atual, mas para o de 2022, certamente esteve presente."
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