F1 - Prost relembra relação com Senna após aposentadoria: "Telefonávamos duas ou três vezes na semana"
Francês relembrou da relação com o tricampeão e pedido do brasileiro para assumir associação de pilotos
Alain Prost relembrou das pazes feitas com o grande rival da Fórmula 1, Ayrton Senna, nos últimos meses de vida do brasileiro antes do trágico acidente em Ímola, 1994. O tetracampeão contou sobre a relação entre os dois após a aposentadoria de Prost em 1993 para o canal de televisão francês, Canal+.
Ao ser perguntado sobre a relação no auge da rivalidade e após, relembra da união entre os fãs das duas lendas da F1: "De certa forma, o mais bonito é que, quando Ayrton infelizmente morreu em 1º de maio de 1994, os fãs se uniram. Em outras palavras, não havia mais ódio entre os fãs".
"Mas eu vejo três épocas diferentes. Houve um ano muito, muito complicado, 1989. Mas eu separo as coisas em três períodos. Gosto de colocar as coisas em caixas, como na minha infância e assim por diante, e é a mesma coisa com Ayrton".
"Entendi como ele era antes de vir para a F1 porque a família me convidou para ir ao Brasil depois do funeral e me mostraram coisas que me fizeram entender".
"[Havia] fotos [em seu quarto] de quando ele estava andando de kart: era eu, era a lente dele, e ainda estava em seu quarto, era uma loucura".
"Depois disso, houve o período das corridas, que foi complicado às vezes. E quando parei, no pódio em Adelaide, em 1993, outra pessoa surgiu, imediatamente, no espaço de um segundo. Ele se tornou completamente diferente. E nos seis meses que antecederam sua morte, conversávamos duas ou três vezes por semana, regularmente".
Ao ser perguntado sobre as últimas conversas com Senna, relembrou do pedido do brasileiro para Prost liderar a GPDA.
"No domingo, ele me pediu para ir vê-lo nos boxes antes da corrida, o que ele nunca fazia. Ele estava se preparando, fazendo um pouco de alongamento e assim por diante".
"Não há segredo em suas últimas palavras, todo mundo sabe disso. Em primeiro lugar, ele queria que eu fosse o presidente da GPDA, a associação de pilotos, e eu disse a ele: 'Sinto muito, esse não é o meu papel, é mais o seu. Você é o líder carismático da F1 e é melhor ser [um piloto] ativo'".
"Depois disso, ele me disse que estava muito triste porque tinha certeza de que a Benetton estava trapaceando. E falou sobre os riscos, os riscos, os riscos. Ele estava completamente irritado, não estava bem. Eu estava comentando [a corrida na TV] na época e posso realmente dizer que tive um momento em minha mente [em que disse a mim mesmo] 'Isso não é possível, é quase deliberado...'"
"Ele não era o mesmo'. É claro que não é o caso [ele insiste claramente], mas eu até tive uma dúvida porque ele não era o mesmo. Durante a semana, nós nos telefonávamos duas ou três vezes e ele não estava em sua [forma habitual], não era como antes".
"Ele se tornou uma pessoa diferente quando eu não estava mais lá. Várias vezes, ele me disse 'volte, não estou motivado para correr com os outros'... Havia todo um contexto pessoal que ele me contou, ele não estava particularmente feliz na equipe".
"Esses seis meses também me fizeram entender e, de certa forma, perdoar todas as coisas que fizemos e todos os relacionamentos que tivemos durante os anos difíceis - porque também tivemos anos excelentes", conclui.
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