F1: Punição por violação do teto "limita significativamente" trabalho da Red Bull para 2023
Apesar de críticas feitas no passado, Horner voltou a defender a importância do teto orçamentário, mas ressalta que ainda é preciso otimizar certas normas
O chefe da Red Bull, Christian Horner, assegura que a punição recebida pela equipe austríaca por exceder o teto de gastos afeta significativamente os planos e a preparaçãio para a temporada 2023 da Fórmula 1.
A Red Bull foi penalizada com uma multa de sete milhões de dólares e uma redução de 10% na alocação de tempo de testes no túnel de vento e no CFD, por uma violação de menos de 5% do teto orçamentário da F1 em 2021.
Esse 'castigo' forçou a Red Bull a escolher com cuidado como investir seu tempo no desenvolvimento do carro, que será apresentado na próxima sexta-feira (03). Vale lembrar que, por ser a campeã de 2022, a equipe já teria uma alocação de tempo de testes menor que as demais, algo que foi reduzido ainda mais com a punição.
"Já percorremos quase um quarto do caminho dessa punição, e claro que isso tem um efeito", disse Horner em entrevista ao portal Racer.
"Isso limita significativamente a quantidade de testes que podemos fazer em nosso túnel de vento a cada trimestre. E acredito que a equipe está se adaptando a isso. E isso significa que precisamos estar mais centrados e mais disciplinados em relação ao que colocamos no túnel de vento e em nossas ferramentas de simulação".
"Então é outro desafio. É uma desvantagem para este ano, sem dúvidas, mas temos pessoas muito capazes nisso, buscando extrair o melhor possível, aplicando da maneira mais eficiente e capaz".
Apesar da punição, que já foi chamada de "pesada" e "draconiana", Horner defende as regras do teto orçamentário na F1, sinalizando que isso levou as equipes a serem conscientes de suas ações.
"Acredito que o princípio seja incrível, impulsionando nossa eficiência. Se olharmos para hoje, comparado com quatro ou cinco anos atrás, teríamos acabado com um monte de peças de reposição novas que nunca seriam utilizadas e virariam lixo. Agora não podemos nos permitir isso. É preciso ser eficiente e eficaz".
"Acredito que, desse ponto de vista, trouxe uma grande eficiência ao negócio. Eliminou esse desperdício que ninguém via antes".
Mesmo assim, Horner adverte que há alguns aspectos que podem ser melhorados dentro do regulamento financeiro.
"É uma norma ainda nova, com apenas dois anos. Ela segue evoluindo e melhorando com a chegada da unidade de potência também. Creio que isso é algo bom para a F1, criando um campo mais nivelado. Mas ainda há elementos que precisam ser otimizados".
"Neste momento, temos uma discrepância entre os regulamentos financeiros de chassi e de motores. No lado do chassi podemos fazer uma festa, mas no lado dos motores não. Então há certas coisas que precisam ser equilibradas, para criar uma coerência. Mas acho que, no geral, é muito positivo".
"Acredito que hoje se dá muita importância a isso porque seguimos projetando motores e carros muito caros, porque o regulamento nos força a isso. E acredito que os regulamentos técnico e desportivo, em particular o chassi de 2026, precisamos olhar mais para os fatores de custo causados pelas normas técnicas, o que exerceria menos pressão no teto orçamentário por si próprio".
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