F1: "Quem vê de fora parece bem pior do que é", diz Ferrari sobre relacionamento com Hamilton
Mas engenheiro da equipe admite que equipe deve ter subestimado o impacto da adaptação do heptacampeão
Após a conclusão da temporada 2025 da Fórmula 1, a Ferrari continua refutando que exista uma relação tensa entre a equipe e Lewis Hamilton após um primeiro ano difícil de relação com o heptacampeão, por mais que admita que tenha "subestimado" o período de adaptação para todos os lados.
No início de 2025, Hamilton teve que esclarecer a percepção do público sobre as mensagens de rádio concisas entre ele e o novo engenheiro de corrida, Riccardo Adami, afirmando que não havia "nenhum problema" entre eles.
No entanto, os momentos contínuos de rispidez ocasional pelo rádio levaram as pessoas a sugerir que Hamilton e Adami não se davam muito bem, embora Hamilton tenha refutado essa afirmação e sugerido que Max Verstappen era igualmente abrupto com o engenheiro Gianpiero Lambiase.
Matteo Tognialli, chefe de engenharia de pista da Ferrari, explicou que a equipe e Hamilton podem ter subestimado o tempo necessário para se adaptar, mas acha que a visão da mídia sobre a situação é "muito pior" do que a relação real em jogo.
"Mudar de piloto e mudar de equipe, principalmente para um nome como Lewis, que passou 10 anos no mesmo time, que tem um certo nível de experiência, é muito difícil para ambos os lados,", disse. "Cada time opera de forma diferente, você está acostumado a certas pessoas, coisas. Então, se colocarmos isso em contexto, temos o fato de que Lewis estava ganhando campeonatos, e é um fato que, neste ano, não atingimos a meta de lutar pelo mundial, então temos a frustração a partir desta situação".
"Acho que quem vê de fora parece bem pior do que é. Acho que o relacionamento com Lewis, o que aconteceu com ele e o que ele fez com Lewis, é bem pior do que é. Acho que o relacionamento com Lewis, o que estamos construindo com Lewis, é extremamente positivo. Ele passou 10 anos na mesma equipe, com as mesmas pessoas e, depois de 10 meses, acho que já temos um vínculo muito, muito forte com ele".
"No entanto, a frustração, os resultados, estão criando essa imagem de nós mesmos e dele na Ferrari, que acredito ser muito, muito pior do que é na realidade".
Lewis Hamilton, Ferrari
Foto de: Steven Tee / LAT Images via Getty Images
"Por que [ele] está tendo dificuldades? Mais uma vez, acho que parte é a frustração, parte é como eu disse, precisamos de algum tempo para nos adaptarmos uns aos outros, e talvez nós dois, a equipe e Lewis, tenhamos avaliado mal isso no início. Mas estou confiante, como eu disse, não acho que o relacionamento seja tão ruim quanto vocês pensam. Mas tenho certeza de que, com o tempo, vamos melhorar".
Togninalli explicou que a maioria dos problemas da Ferrari em 2025 decorre da dificuldade com a preparação dos pneus na classificação; embora o ritmo de corrida do SF-25 tenha sido geralmente forte, o desempenho no quali foi inconsistente. Ele explicou que os compostos Pirelli deste ano, que são mais duráveis, mas também propensos ao aquecimento, dificultaram a obtenção do equilíbrio certo.
"90% do trabalho deste ano é feito na classificação; se você começa na frente, termina na frente", explicou Togninalli. "Se você largar atrás, a menos que faça algo muito diferente do que faria se estivesse em último, é extremamente difícil ultrapassar. Acho que o ponto número um é que os pneus este ano são extremamente sensíveis em uma única volta. Você pode ver no Brasil com Verstappen - no quali sprint, ele está na frente - e depois está em P16".
"É possível avançar cerca de 2 a 3 décimos apenas com a preparação dos pneus na classificação. Foi nisso que nos concentramos. Acho que foi aí que melhoramos. Depois, é uma série de situações.
"Se considerarmos Las Vegas, o problema com Lewis nos custou a classificação. Se você olhar para isso, verá que é um pouco situacional. Com Charles, não conseguimos a última volta no Q3. Tenho certeza de que poderíamos ter um desempenho melhor. Se você congelar a qualificação dois minutos antes para o fim do Q3, ele foi P3".
"Acho que o fator principal são os pneus. Acho que todos estão tendo dificuldades com isso. Se você observar, há muita variabilidade. Estamos todos dentro de 2 décimos. Portanto, uma pequena diferença faz muita diferença. Em algumas qualificações, temos 10 carros em um décimo".
MARKO FORA da RED BULL, Norris CALA BOCAS, BAND na F1, Max MAIOR e ano de BORTOLETO | TIAGO MENDONÇA
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