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F1: Relembre todos os campeonatos decididos na última corrida, desde 1950

Por 28 vezes, um piloto garantiu o título apenas na prova final da temporada; 2021 caminha para ter o mesmo desfecho entre Verstappen e Hamilton

Michael Schumacher, Benetton celebrates winning the Formula 1 World Championship with his race engin

Nada menos que 28 títulos de Fórmula 1 foram decididos na última corrida da temporada: do primeiro de Giuseppe Farina em 1950 em Monza ao de 2016 entre Nico Rosberg e Lewis Hamilton. Os circuitos que sediaram a última corrida mudaram ao longo do tempo. Como a Itália em 1950, o estacionamento do Casino Caesar Palace em Las Vegas, a polêmica Jerez de 1997 e os recentes Interlagos e Abu Dhabi.

A essência da competição foi mantida apesar das mil e uma mudanças nos regulamentos e até na pontuação. Entrar na prova final do campeonato com a disputa ainda no ar é o que os donos da categoria e fãs sempre querem.

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Em 2021, parece que teremos mais uma vez uma batalha de tirar o fôlego entre Hamilton e Max Verstappen. Apenas uma difícil combinação de resultados no GP da Arábia Saudita pode impedir que o título seja definido em Abu Dhabi

Nas 28 histórias a seguir, um resumo dos mundiais que foram decididos na última bandeira quadriculada do ano.

Os pilotos campeões da Fórmula 1 na última corrida da temporada em fotos:

1950: Giuseppe Farina
1951: Juan Manuel Fangio
1956: Fangio
1958: Mike Hawthorn
1959: Jack Brabham
1964: John Surtees
1967: Denny Hulme
1968: Graham Hill
1974: Emerson Fittipaldi
1976: James Hunt
1981: Nelson Piquet
1982: Keke Rosberg
1983: Piquet
1984: Niki Lauda
1986: Alain Prost
1994: Michael Schumacher
1996: Damon Hill
1997: Jacques Villeneuve
1998: Mika Hakkinen
1999: Hakkinen
2003: Schumacher
2006: Fernando Alonso
2007: Kimi Raikkonen
2008: Lewis Hamilton
2010: Sebastian Vettel
2012: Vettel
2014: Hamilton
2016: Nico Rosberg
28

Os campeonatos que foram resolvidos na última corrida, em texto:

  • 1950: Farina, primeiro campeão da história. A primeira temporada da F1 foi resolvida na sétima e última rodada do ano. O trio da toda poderosa Alfa Romeo, Giuseppe Farina (22 pontos), Juan Manuel Fangio (26) e Luigi Fagioli (24), chegou a Monza com chances de ser campeão. O sistema de pontuação era muito diferente do atual (8,6,4,3,2 e um extra para a volta mais rápida). Farina liderou 78 das 80 voltas e um problema na caixa de câmbio em Fangio, na 23ª, e o terceiro lugar de Fagioli deu o título ao italiano.
  • 1951: Fangio, o primeiro de cinco. O abandono do argentino em Monza deixou Alberto Ascari com dois pontos e José Froilán González seis pontos atrás da Alfa Romeo na última rodada do segundo mundial de F1 em Pedralbes (Espanha). Apesar da pole position de Ascari, Fangio dominaria a prova para se proclamar campeão mundial de F1 pela primeira vez, à frente da italiana Ferrari e de outro argentino, também da casa de Maranello.
  • 1956: Fangio, tetracampeão devido a um grandioso gesto de um companheiro e rival. O título de 1956 tem uma nuance muito especial. Fangio, Peter Collins, Stirling Moss e Jean Behra chegaram com chances de serem campeões em Monza, a última prova do ano. Moss dominou a corrida desde o início em sua Maserati 250F. Fangio teve problemas mecânicos na volta 30 (de um total de 50) e foi forçado a sair de sua Ferrari. A equipe pediu a Luigi Musso que parasse para lhe entregar o carro, mas o italiano não aceitou as ordens. Collins estava em segundo e o título era dele na época. A 15 voltas do final, foi trocar os pneus e viu Fangio na box. O britânico desceu do D50 e disse ao rival: "Siga-o, professor, sou jovem e terei tempo para lutar outros títulos". Fangio conseguiu terminar em segundo e chegar ao tetracampeonato. Collins nunca ganharia um troféu antes de morrer dois anos depois no GP da Alemanha.
  • 1958: Hawthorn, o primeiro título para um britânico. Mike Hawthorn (Ferrari) e Moss (Vanwall) chegaram ao primeiro e último GP do Marrocos separados por 8 pontos. Moss estava saindo da ponta e Hawthorn teve que suportar a pressão de Tony Brooks, companheiro de equipe de Moss. Para o piloto da Vanwall, só interessava vencer, estabelecer a volta mais rápida e ter seu rival da Ferrari em terceiro ou pior, mas Phill Hill recebeu ordens dos boxes da equipe para deixar Hawthorn passar para o segundo lugar com 15 voltas restantes. O britânico se aposentaria poucos dias depois de ser campeão mundial aos 29 anos e morreria em um acidente de trânsito três meses depois.
  • 1959: Brabham consegue com seu Cooper-Climax. Jack Brabham, Moss e Brooks compareceram ao encontro com Sebring com uma chance de ganhar o que seria o primeiro título para os três. Depois de ultrapassar Moss na volta seis, Brabham manteve a liderança até a última, onde o companheiro de equipe Bruce McLaren e Maurice Trintignant o ultrapassaram. O australiano ficou sem combustível e teve que arrastar seu Cooper além da linha de chegada, com Brooks ultrapassando-o antes de cruzá-la. Mesmo assim, foi proclamado campeão com quatro pontos de vantagem.
  • 1964: Surtees derrota Hill e Clark. John Surtees (Ferrari), Graham Hill (BRM) e James Clark (Lotus) disputaram o título naquele ano no México. Clark precisava que seus outros dois rivais abandonassem e vencesse a corrida final da temporada. Clark pegou a pole e segurou-a até duas voltas do final. Enquanto Surtees e Hill ficaram em 13º e 10º, com a Ferrari sofrendo problemas de motor. Eles foram resolvidos e os britânicos subiram para a quarta posição. Mas com a vitória de Clark, Surtees ficava sem o título. O Lotus de Clark começou a perder óleo a duas voltas do final até parar, mas o piloto da Ferrari precisava ser segundo para ser proclamado campeão e seu companheiro de equipe Lorenzo Bandini facilitou a conquista ao deixá-lo passar na última volta.
  • 1967: Hulme obtém seu único título com a Brabham ao vencer... a Brabham. O britânico chegou ao embate no México com uma vantagem de 5 pontos. De 1961 a 1990, o sistema de pontuação seria de 9, 6, 4, 3, 2, 1. Os dois Brabhams largaram em 5º e 6º, com o chefe Jack à frente. O australiano voltaria ao terceiro lugar, mas Denny Hulme manteve o ímpeto e ficou em terceiro, para impedir o que teria sido o quarto campeonato do líder da equipe.
  • 1968: Graham Hill é proclamado bicampeão. Três desafiantes chegaram à final de 1968: Hill (Lotus, 39 pontos), Jackie Stewart (Matra, 36) e Hulme (McLaren, 33). Hill começou melhor do que ninguém, mas Stewart o ultrapassou na volta cinco, apesar de ter largado em 7º. Mas no 9º giro, a Lotus recuperaria a liderança. Hulme abandonou duas voltas depois, devido a uma falha na suspensão. Estava entre dois, mas uma falha no motor escocês o rebaixou para a 7ª posição final e a vitória de Hill foi garantida, segundo e último título para Hampstead.
  • 1974: o segundo de Fittipaldi. Clay Regazzoni (Ferrari, 52 pontos), Emerson Fittipaldi (McLaren, 52) e Jody Scheckter (Tyrrell, 45) vieram ao encontro com Watkins Glen com chances de título. Todos os três largaram atrás da terceira fila do grid, com Carlos Reutemann conquistando a pole. Regazzoni sofreu com sua Ferrari 312B3-74 e sua colocação fora dos pontos o deixou sem opções. A McLaren ficou atrás de Scheckter durante toda a corrida, até que a Tyrrell sofreu um vazamento de óleo na volta 45 e abandonou. O brasileiro foi proclamado bicampeão mundial sem subir ao pódio.
  • 1976: a lenda de Hunt. É possivelmente um dos finais mais lembrados, e ainda mais depois do filme de Ron Howard 'Rush'. 1976 foi a temporada do dramático acidente de Niki Lauda (Ferrari) em Nurburgring, no qual ele quase perdeu a vida nas chamas, mas o austríaco, apesar das dores intensas, voltou à pista de Monza depois de perder apenas duas corridas. Ele veio para a última prova em Fuji três pontos à frente de James Hunt (McLaren). Os organizadores decidiram começar o GP apesar das más condições devido às fortes chuvas. Hunt passou para a frente desde o início, mas Lauda, ​​que caiu para 10º depois de largar de 3º, abandonou na terceira volta devido à quantidade de água na pista. O intenso desgaste dos pneus fez Hunt parar em quinto. Tudo parecia perdido, mas ele ultrapassou Alan Jones e Regazzoni nas voltas finais e foi proclamado campeão pela primeira e última vez.
  • 1981: Piquet, campeão por um ponto.Reutemann (Williams, 49 pontos), Nelson Piquet (Brabham, 48) e Jacques Laffite (Ligier, 43) chegaram à primeira corrida da história no circuito no estacionamento do Casino Caesar Palace, em Las Vegas, com chances de título. O argentino largou da pole, enquanto seus rivais saíram da 5ª e 12ª colocação. Reutemann terminou a primeira volta em 5º e seguiu perdendo posições, enquanto seus dois rivais o ultrapassaram na volta 18. Reutemann focpi fora dos pontos e Piquet conseguiu ficar em 5º, em um GP movido para ser campeão por um único ponto.
  • 1982: Rosberg Sr., campeão quase sem vitórias. Keke Rosberg (Williams, 42 pontos) chegou a Las Vegas à frente de Didier Pironi, mas o francês não quis disputar outra corrida de F1 após o acidente no GP da Alemanha daquele mesmo ano. No entanto, John Watson (McLaren, 33) tinha uma chance mínima de título: vencer a corrida e Rosberg não pontuar. Na volta 56, Watson chega à 2ª posição, mas o domínio absoluto de Michele Alboreto o deixou sem opções. Rosberg chegou em quinto e garantiu o título.
  • 1983: Piquet chega em segundo. Alain Prost (Renault, 57 pontos), Piquet (Brabham, 55) e René Arnoux (Ferrari, 49) pousaram em Kyalami (África do Sul) com chances de ganhar o campeonato. Patrick Tambay (Ferrari) e Piquet estiveram na liderança desde os primeiros instantes. O brasileiro tinha a seu favor com Prost em terceiro lugar. A única esperança da Renault era que Piquet não terminasse, mas o brasileiro conquistou a segunda posição que lhe deu o segundo título em três anos.
  • 1984: o primeiro da McLaren é decidido por meio ponto entre colegas. Lauda (66 pontos) e Prost (62,5) chegaram ao Estoril com o título no ar e com o mesmo carro, o MP4/2. O austríaco largou em 11º e Prost em segundo. O francês precisava vencer e que Lauda fosse terceiro ou pior, ou terminar em segundo caso o austríaco não pontuasse. Na volta 9, Prost já liderava e Lauda corria em 9º. Niki começou a subir posições até chegar à 3ª posição na volta 33, mas os problemas de Nigel Mansell fizeram com que o austríaco o ultrapassasse. Prost perdia o campeonato por apenas 0,5 pontos para seu companheiro de equipe.
  • 1986: Prost, bicampeão pela McLaren. Mansell (Williams, 70 pontos), Prost (McLaren, 64) e Piquet (Williams, 63) pousaram em Adelaide com a batalha pelo título a todo vapor. Possivelmente, a prova australiana daquele ano é uma das melhores corridas dos anos 80. As duas Williams partiram da primeira fila, com Prost dividindo a segunda com seu futuro companheiro de equipe Ayrton Senna (Lotus). Piquet termina a primeira volta na liderança depois de uma série de ultrapassagens em Mansell, Rosberg e Senna, mas na 7ª volta, Rosberg ultrapassou o brasileiro, que rodou e caiu para a 4ª posição na 23ª, Prost era o segundo e Mansell o terceiro. O francês furou o pneu algumas voltas depois e caiu para a 4ª posição, atrás da Williams. Rosberg estourou o traseiro direito e saiu da corrida. A liderança iria para Piquet, mas ele perderia duas voltas depois para Prost, após o pneu estourado de Mansell. A Williams chamou Piquet para as boxes por precaução e ele se aproximou nos momentos, mas Prost cruzou a bandeira quadriculada para garantir seu segundo título mundial.
  • 1994: Três temporadas após a estreia, Schumacher já é campeão. Michael Schumacher (Benetton, 92 pontos) e Damon Hill (Williams, 91) chegaram a Adelaide em uma das partidas mais disputadas de que se tem memória. O alemão venceu 6 das 7 primeiras provas daquele ano, mas uma desclassificação por interpretar o regulamento ao limite em Spa e duas penalizações por não respeitar a bandeira preta em Silverstone tornaram possível a volta britânica. Schumacher largou em 2º, à frente de Hill, mas na volta 35, o alemão saiu da pista e o britânico o ultrapassou, mas quando voltou acertou a Williams do rival, batendo contra as barreiras. Hill continuou, mas ao chegar aos boxes os mecânicos verificaram que sua suspensão estava quebrada. Schumacher conquistou seu primeiro título em lágrimas, mas com polêmica.
  • 1996: Dessa vez, Hill sai com o troféu. Dois anos depois, e após ser vice novamente em 1995, desta vez sem polêmica, Hill chegou a Suzuka com uma vantagem de 9 pontos sobre Jacques Villeneuve. O canadense tinha que vencer e torcer para o britânico não pontuar, já que com pontos iguais, Hill ganharia pelo critério de desempate de vitórias. Apesar de Villeneuve ter alcançado a pole position, ele caiu para a 6ª posição na primeira volta e não foi capaz de colocar pressão em Hill, que dominava completamente a prova. O canadense abandonaria na volta 36 após perder uma roda e Damon garantiu o triunfo depois de três temporadas nos ponteiros.
  • 1997: Com apenas duas temporadas,Jacques Villeneuve era campeão. Schumacher (Ferrari, 78) e Villeneuve (Williams, 77) chegaram a Jerez de la Frontera com o campeonato em aberto, no que poderia ser o primeiro do canadense depois de apenas dois anos na F1 e o primeiro do alemão com a Ferrari, que desde 1979 (com Scheckter) não conquistava o título de pilotos. Ambos começaram na primeira fila, com Schumacher assumindo a ponta no começo. Após a troca de pneus, Villeneuve ficou atrás da Ferrari, conseguindo ultrapassá-lo, mas perdendo a posição duas voltas depois. Na 47ª, o canadense venceu a disputa de posição com o alemão e este colidiu intencionalmente com a Williams. Schumacher estava fora e Villeneuve conseguiu continuar até confirmar o título. Nas últimas voltas, o canadense diminuiu a velocidade antes da chegada da McLaren.
  • 1998: Um finlandês vence após 17 anos. Mika Hakkinen (McLaren, 90 pontos) e Schumacher (Ferrari, 86) se encontraram em Suzuka cinco semanas depois do último GP, o de Luxemburgo, após uma intensa guerra psicológica. Na classificação, o alemão superou o finlandês por apenas um décimo. Depois que Jarno Trulli quebrou o motor na largada, Hakkinen tinha tudo a seu favor. O finlandês não falhava e, embora Schumacher subisse para o terceiro lugar antes que um de seus pneus estourasse em um acidente, Mika venceu seu primeiro mundial.
  • 1999: Mika Hakkinen, bicampeão da McLaren. O finlandês chegou a Suzuka quatro pontos atrás de Eddie Irvine e sua Ferrari. Com Schumacher saindo da pole e o irlandês em quinto. Hakkinen precisava ganhar, pois em caso de empate, Irvine tinha uma vitória a mais. E o finlandês garantiu sua segunda coroa desde a primeira volta, estabelecendo um ritmo imparável para as Ferraris. Irvine chegaria a um minuto e meio de seu rival na terceira posição e nunca mais lutaria pelo título.
  • 2003: Schumacher supera Fangio e faz história. Schumacher chegou ao Japão com 9 pontos de vantagem sobre Kimi Raikkonen, que completava sua segunda temporada com a McLaren. Em um grid maluca, o finlandês largaria em 8º e o alemão em 14º. Kimi precisava vencer e que Schumacher não pontuasse, pois com tentos iguais a Ferrari ganharia pelo número de vitórias. Michael tentou ultrapassar Takuma Sato de forma arriscada na volta 5, mas o jovem japonês não estava disposto a dar o braço a torcer facilmente. A asa dianteira da Ferrari sofria danos e o alemão teve que escalar da parte de trás do grid novamente. Com Michael em 11º, Raikkonen foi para 2º, com Rubens Barrichello à vista, mas o brasileiro não errou e Schumacher subiu para a 8ª posição. Uma corrida complicada para superar os cinco títulos de Fangio. Schumacher já era o mais bem sucedido na F1.
  • 2006: Alonso repete o feito e amarga a aposentadoria de Schumacher. O abandono de Schumacher no Japão deixou Alonso com uma mão em seu segundo mundial. O alemão tinha que vencer no Brasil e torcer para que o espanhol não pontuasse para, com pontos iguais, conquistar seu oitavo título mundial no dia de sua primeira despedida da F1. Um problema na bomba de combustível na classificação obrigou o alemão a largar em 10º, com Alonso em quarto. Depois de subir para o sexto lugar na volta 8, Giancarlo Fisichella o tocou por trás, fazendo com que ele caísse para o final do grid. Schumacher chegaria à 4ª posição final, mas se despediu da F1 pela primeira vez com Alonso, segundo colocado, bicampeão em Interlagos.
  • 2007: Raikkonen e Ferrari pescam no turbulento rio da McLaren. 2007 será lembrado como a temporada em que a McLaren perdeu o mundial de pilotos em lutas internas. Hamilton e Alonso desperdiçaram sua liderança sobre Raikkonen e, devido à turbulência interna na equipe, viram o finlandês vencer três das últimas quatro corridas. Para o Brasil, último compromisso do ano, Hamilton tinha três pontos de vantagem sobre Alonso, que anotava sete à frente do finlandês. Kimi precisava vencer e que Lewis fosse o sexto ou pior e Fernando o terceiro ou pior. Ou ser o segundo e Hamilton em oitavo ou pior e Alonso em quarto ou pior. Felipe Massa largou da pole com os três desafiantes ocupando o resto das duas primeiras filas do grid. Hamilton caiu para 8º após as primeiras quatro curvas e ambas as Ferraris lideraram. Na volta 8, o inglês viu sua McLaren perder potência antes de recuperar o ritmo. Ele ainda voltaria para 7º, mas não seria o suficiente, assim como não bastou para o Alonso subir ao pódio. Raikkonen ganhava e conquistava um título inesperado.
  • 2008: Hamilton se vinga. Após a vitória de Hamilton na China, o inglês chegou ao Brasil com 7 pontos de vantagem sobre Massa. O brasileiro precisava ser pelo menos segundo e que o inglês abandonasse ou ganhasse seu GP em casa e Hamilton fosse 6º ou pior (com a mesma pontuação, ganharia por ter mais uma vitória). O piloto da McLaren correu em 4º na maior parte da corrida, mas as mudanças nas condições climáticas e nos pneus o rebaixaram para o sexto lugar com três voltas restantes. Com Massa dominando a liderança, a Ferrari festejou a vitória e o título cruzando a bandeira quadriculada, mas Timo Glock não manteve a aderência com os pneus de chuva e lutava para manter sua Toyota na pista. Na última curva do campeonato, Hamilton conseguiu colocar-se em 5º e somar aquele ponto extra que lhe deu o seu primeiro título.
  • 2010: o início da era Vettel, derrotando Ferrari e Alonso. A F1 mudou sua pontuação e passou a recompensar os 10 primeiros (25, 18, 15, 12, 10, 8, 6, 4, 2, 1). Assim, após a vitória de Sebastian Vettel no Brasil, o campeonato chegou a Abu Dhabi com Alonso (Ferrari, 246), Mark Webber (Red Bull, 238), Vettel (Red Bull, 231) e até Hamilton (McLaren, 222) com chances de ser campeão . Claro que o inglês estava na situação mais difícil, precisando vencer, que Alonso não pontuasse, Webber em sexto ou pior e Vettel em terceiro ou pior. Vettel, Hamilton e Alonso conquistaram as três primeiras posições do grid. Na volta 15, a Ferrari cometeu um dos piores erros de sua carreira: atrasou Alonso nos boxes, que voltou à pista com carros à frente que mantiveram o ritmo. O espanhol precisava ser quarto ou acima se Vettel vencesse. Com o alemão disputando contra Hamilton e vencendo estrategicamente o jogo, Alonso passou 39 voltas atrás da Renault de Vitaly Petrov, que se mostrou impossível de ultrapassar. A sétima posição do espanhol e a vitória de Vettel fizeram do alemão o piloto mais jovem a vencer um campeonato.
  • 2012: Tricampeonato de Vettel com drama no Brasil. 13 pontos sepravam Vettel de Alonso quando a F1 chegou à última corrida do ano no Brasil. Alonso tinha que vencer e Vettel ser o quinto ou pior, porque em um empate, o alemão teria vantagem por ter mais vitórias após sua sequência de quatro consecutivas de Singapura à Índia. O alemão caiu para o fundo do grid após um toque de Bruno Senna nas primeiras curvas da prova, com Alonso em 5º. Nove voltas depois, o piloto da Red Bull já estava em sexto, dois lugares atrás de seu rival da Ferrari. Em uma corrida que mudou e mudou várias vezes, Vettel encontrou-se em 7º com 13 voltas restantes, com Alonso em 3º, atrás de Massa. O brasileiro deixaria que o companheiro passasse três voltas depois para que ficasse a caminho do tricampeonato, mas Vettel não desistiu e foi ele quem marcou o terceiro da carreira, o mais jovem a conquistar esse número, depois de ser 6º na linha de chegada em um domingo louco.
  • 2014: o início da avassaladora era híbrida de Hamilton e Mercedes. Hamilton chegou 17 pontos à frente de Abu Dhabi contra seu companheiro de equipe Rosberg, mas o GP valia o dobro (50 pontos) pela primeira e única vez na história da F1. Com o carro mais dominante da temporada (15 vitórias em 18 corridas até agora), Rosberg precisava vencer e que seu companheiro de equipe fosse terceiro ou pior, mas Hamilton ultrapassou o pole Nico no início e seria ameaçado apenas por Massa nas voltas finais. O alemão da Mercedes sofreu um problema com seu sistema híbrido na segunda metade da corrida e arrastou seu carro até a linha de chegada para terminar em 14º. Hamilton conquistou seu segundo título, mostrando que a mudança da McLaren para a Mercedes, pela qual foi tão criticado, teve seus motivos.
  • 2016: Rosberg vence a guerra interna contra Hamilton por seu único título. Rosberg aproveitou o fato de Hamilton ter vencido o mundial de 2015 cedo e relaxado para prevalecer nas últimas três corridas daquele ano, e estendeu sua sequência invencível ao vencer as quatro primeiras de 2016. Na quinta, a história colisão em Barcelona entre ele e seu companheiro de equipe, que desde então venceu seis dos próximos sete eventos. Isso deu ao britânico a liderança, mas outra sequência de quatro triunfos em cinco provas colocou Rosberg de volta à frente. A partir daí, e até o fim, Nico se dedicou a correr de forma conservadora, e apesar de Hamilton ter vencido os últimos GPs (incluindo o último, em Abu Dhabi), Rosberg foi o segundo em todos e garantiu o título. A pressão e o desgaste  que ele e seu parceiro tiveram foram tão intensos que Nico anunciou sua surpreendente aposentadoria cinco dias depois do fim da temporada.

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Sergio Lillo
Fórmula 1
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