F1: Renault se junta à Ferrari e também se coloca contra congelamento dos motores em 2022
Cyril Abiteboul explicou motivos por trás desta decisão, afirmando que mudou de posição nos últimos meses
A Red Bull pode ter dificuldades para conseguir com que seu projeto de congelar o desenvolvimento dos motores a partir da temporada 2022 da Fórmula 1 seja aprovado. Após a Ferrari ter se colocado "firmemente contra" a proposta, a Renault se juntou à marca italiana.
A ideia do congelamento está sendo capitaneada pela Red Bull, que quer assumir o desenvolvimento dos motores da Honda para não depender das rivais para o fornecimento de motores.
Mas a equipe deixou claro desde o início que só poderá fazer isso se o desenvolvimento for congelado, já que não teria condições de bancar as evoluções dentro de uma temporada. Uma imposição do tipo necessitaria de apoio das rivais e agora ela tem duas montadoras contra: Ferrari e Renault.
Falando com jornalistas antes do GP da Emilia Romagna, o chefe da Renault, Cyril Abiteboul, disse que a ambição de sua equipe com relação ao desenvolvimento no futuro significa que não tem como apoiar esse projeto no momento.
E segundo Abiteboul, seus planos mudaram em comparação com alguns meses atrás, quando a Red Bull se colocou contra um congelamento do tipo para que a Honda não tivesse impedimentos em seu caminho.
"Se vocês tivessem me perguntado há seis meses, teríamos ido além na luta por um teto orçamentário mais baixo, tentando cortar gastos do chassi e aceitaríamos até um congelamento dos motores. Mas a Red Bull e a Honda eram contra e nós aceitamos".
"Então seguimos outro caminho. Desde então, estamos ocupados trabalhando na plataforma dos motores para 2022 e se você me perguntar o que penso sobre isso agora, minha posição é claramente diferente".
"Sou contra congelamento dos motores. Não temos a intenção de parar o que pode ser uma plataforma muito importante para nós. Não vamos aceitar".
O chefe da Red Bull, Christian Horner, está ciente que nem todos seus rivais apoiarão o plano, e é por isso que ele espera uma intervenção da FIA.
"No final, esse é o momento em que os interesses pessoais entram em jogo, e é o trabalho do regulador e do dono dos direitos comerciais olhar para a situação como um todo e ver o que é o melhor para a F1".
"Obviamente perdemos uma montadora com a Honda, algo desastroso para o esporte. E para a Red Bull assumir o projeto dos motores, não temos como assumir os custos pensando em um desenvolvimento aberto. Esta é a situação do momento".
"Acho que a FIA e a detentora dos direitos comerciais estão realizando discussões construtivas. Obviamente isso precisa acontecer com todos que estão envolvidos com o esporte. E acredito que isso acontecerá e alguma forma de solução precisa ser encontrada nas próximas semanas".
Abiteboul disse que o foco real para a Renault é formar uma boa base para o futuro regulamento de motores, que entrará em vigor até 2026.
"Temos que conversar para encontrar uma solução para os motores do futuro de médio a longo prazo, incluindo também o ponto de vista da sustentabilidade. Somos a favor de conversar dos planos a médio e longo prazo, mas não sobre o congelamento".
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