F1 - Russell: Equipes devem 'sentir no bolso' em protestos como o da Red Bull no Canadá
Após vencer em Montreal, britânico foi convocado por causa de recurso do time austríaco, que acabou sendo rejeitado horas depois
George Russell acredita que as equipes de Fórmula 1 deveriam cobrar uma "quantia de seis dígitos" para apresentar recursos aos comissários, em uma tentativa de evitar protestos que não sejam importantes.
O piloto da Mercedes foi obrigado a esperar para brindar a primeira vitória da temporada 2025 depois de receber a bandeira quadriculada no Canadá na última corrida, com a Red Bull apresentando um recurso que, em primeiro lugar, se concentrou na condução de Russell atrás do safety car, antes de mudar para alegações de pilotagem "antidesportiva" em relação a Max Verstappen.
Quase seis horas após a corrida, os comissários da FIA rejeitaram o recurso da Red Bull por não ter fundamento, deixando Russell como vencedor da corrida.
As equipes têm de pagar 2.000 euros (R$12.920,00) para levar um recurso aos comissários, sem limite para as informações que podem apresentar, algo que Russell, diretor da Associação de Pilotos de GPs (GPDA, na sigla em inglês), quer que mude.
Perguntado se um valor mais alto deveria ser cobrado para requerimento de protestos, o britânico respondeu: "Sim, 100%. Quando você olha para as penalidades financeiras que são aplicadas por dizer um palavrão no calor do momento ou por tocar em uma asa traseira ou qualquer outra coisa, 2.000 euros para uma equipe que tem lucros de nove dígitos não vão nem tocar nas laterais, não vão se preocupar. Se fosse uma quantia de seis dígitos, talvez eles pensassem duas vezes. E talvez, quando se trata de algo como um protesto, você obviamente receba seu dinheiro de volta se ganhar o protesto".
"Portanto, seria por sua própria conta e risco. No momento, 2.000 euros para uma equipe de Fórmula 1 nem sequer é uma consideração", explicou.

George Russell, Mercedes
Foto de: Sam Bloxham / LAT Images via Getty Images
Russell e Verstappen passaram 45 minutos no escritório dos comissários em Montreal, apresentando seus respectivos casos ao lado de membros das equipes, com o chefe da Mercedes, Toto Wolff, mais tarde chamando o recurso da Red Bull de "mesquinho e infantil".
Isso aconteceu depois do GP da Espanha, em que o holandês recebeu uma penalidade de 10 segundos e três pontos na superlicença por ter batido na lateral de Russell nos estágios finais. Porém, o piloto da Mercedes acha que o recurso do Canadá não teve nada a ver com o atual campeã.
"Acho que, em primeiro lugar, não foi nada, aparentemente tudo veio da Red Bull e não de Max, acho que ele nem estava ciente do protesto", disse.
"Estava bem claro que não haveria nenhuma penalidade. Minha opinião é que eles queriam partir para a ofensiva para se proteger, caso Max recebesse uma penalidade por ter me ultrapassado durante o incidente com o safety car. Foi apenas um pouco de confusão e não foi realmente necessário".
Como a FIA enfrentou críticas pelo longo processo na noite de domingo em Montreal, o órgão que rege o automobilismo mundial agora tornou públicas as diretrizes de penalidades e padrões de pilotagem, algo bem recebido pela maioria dos pilotos, incluindo Russell.
Mas isso também reacendeu o debate sobre remunerar comissários em vez de serem voluntários em regime rotativo.
"Ainda acredito que o melhor caminho seria ter comissários profissionais, totalmente remunerados, um painel consistente e, possivelmente, até mesmo reduzir um pouco as diretrizes para os pilotos, porque, em última análise, essas diretrizes existem para ajudar os comissários na tomada de decisões", acrescentou Russell.
"Se você tem um comissário que está fazendo apenas uma em cada quatro corridas, ele precisa dessa orientação. Por outro lado, se tiver três ou quatro pessoas consistentes, saberemos o ponto de vista deles, eles saberão o nosso e você poderá julgar cada incidente um pouco mais de acordo com a forma como ele acontece, em vez de ir sempre ao pé da letra", finalizou.
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