F1: Saída de Seidl da McLaren para a Audi já era prevista, mas foi adiantada por Vasseur; entenda
Ida do alemão à equipe suíça para 2023 foi viabilizada após um pedido do dono da Sauber para Zak Brown
A Fórmula 1 pode estar de férias das pistas, mas dezembro está sendo um mês quente para a dança das cadeiras dos chefes de equipe. E uma das movimentações ocorridas nesta terça-feira (13), já era prevista para o futuro próximo, mas acabou sendo adiantada.
A McLaren revelou que Andreas Seidl já tinha uma previsão de sair da equipe de Woking no final de 2025, para liderar a Audi no momento de sua entrada na F1 junto da Sauber, mas a ida de Frédéric Vasseur para a Ferrari acabou acelerando esse processo em três anos.
Com isso, Seidl assumiu a função de CEO da Sauber, deixando o cargo de chefe da equipe suíça em aberto, enquanto a McLaren promoveu o italiano Andrea Stella para o cargo do alemão.
A saída de Seidl parece ter pegado os fãs de surpresa, já que ele tinha um contrato de longo prazo com a McLaren, que o garantia até o fim de 2025. Mas o CEO Zak Brown explicou que Seidl o havia informado de seus planos de ir para a Audi ao final de seu contrato, e que o liberou do acordo para entrar na nova equipe mais cedo.
"Ele me informou durante a temporada que iria para outro lugar ao final de seu contrato em 2025. Era bem claro para onde ele iria, e é compreensível, devido ao seu histórico", disse Brown, citando o passado de Seidl com a Sauber (como diretor de operações de pista nos anos de BMW) e com o Grupo Volkswagen (chefiando o programa da Porsche no WEC na classe LMP1).
"Naquele momento, queríamos continuar pelo futuro próximo, porque a relação era muito, muito saudável. E sua ética de trabalho é muito forte. O que faríamos em algum momento, no fim da temporada, era fazer o mundo saber que teríamos essa mudança no fim de 2025".
"E depois de confirmarmos isso, a primeira pessoa que eu chamaria para liderar a McLaren é o senhor ao meu lado, Andrea, mas não naquele ponto, claro, caso ele considerasse a possibilidade".
"Quando ficou claro que Fred iria para a Ferrari, Finn Rausing [dono da Sauber], alguém que conheço há muito tempo e me dou bem, me ligou para ver se havia a possibilidade de liberarmos Andreas antes".
"Minha reação foi de que, se Andrea aceitasse assumir como chefe de equipe, por mim tudo bem fazer a mudança já, porque isso colocaria a todos em suas casas permanentes para o futuro".
Andrea Stella, F1 Team Principal McLaren, Zak Brown, CEO, McLaren Racing
Photo by: McLaren
Brown disse que, após a conversa com Rausing, ele convenceu Stella a assumir o cargo imediatamente, liberando Seidl.
"Após boas conversas, Andrea aceitou o papel, o que nos colocou em uma boa posição para seguirmos em frente. Porque ele sempre foi nossa primeira opção para liderar a equipe no futuro, então tudo aconteceu rapidamente".
E apesar de não revelar quando que Seidl anunciou a sua saída após o fim do contrato, Brown disse que não teve interesse em fazer jogos de poder, colocando-o em "quarentena" antes de assumir a rival.
"Temos um bom relacionamento. Sei de várias equipes que jogam essa carta. Mas acho que, como demonstramos na McLaren, há modos de dissolver relacionamentos, seja com pilotos ou funcionários, tornando as coisas funcionais para todos".
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