Motorsport.com aborda realidade do piloto da Haas na Alemanha e na Itália; confira

Após mostrar progresso no GP do Canadá, no qual abandonou em função de problema no carro da Haas, Mick Schumacher confirmou sua evolução na Fórmula 1 em 2022 e terminou o GP da Grã-Bretanha em oitavo no último domingo, batendo o companheiro Kevin Magnussen, que foi 10º.

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Amplamente batido pelo dinamarquês, que substituiu o russo Nikita Mazepin, nas primeiras etapas da temporada, o filho de Michael Schumacher, heptacampeão da F1, agora começa a dar sinais de progresso, conquistando seus primeiros pontos na categoria, em que corre desde 2021.

Com isso, o alemão ganha ânimo para o decorrer do campeonato. Prova disso é que Mick comemorou bastante o resultado de Silverstone via rádio após a prova na Inglaterra, citando seu pai e sendo elogiado pelo chefe da Haas, Gunther Steiner. "Mick, trabalho fantástico... Finalmente aconteceu, obrigado!", disse o dirigente, celebrando os pontos de seu piloto. Schumacher respondeu: "Prove que eles estão errados e acredite em si mesmo, foi o que eu disse ao papai."

O que esperar daqui para frente?

Mick Schumacher, Haas F1 Team

Photo by: Andy Hone / Motorsport Images

Mas será que Schumacher manterá a boa forma apresentada em Montreal e na Grã-Bretanha nas próximas etapas, que serão disputadas em circuitos tradicionais já conhecidos pelo jovem germânico? Para Christian Nimmervoll, da edição alemã do Motorsport.com que acompanha Mick desde o começo de sua carreira, a próxima 'perna' da F1 2022 (Áustria, França e França, que antecedem as férias de agosto) pode ser positiva para o piloto.

"Acho que estar em pistas regulares em vez de circuitos de rua pode ajudá-lo a encontrar seu ritmo. Mick venceu a F3 e a F2, só que nunca foi rápido de forma imediata, mas ele deve começar a se apresentar bem e consistentemente em algum momento, como fez nas categorias de acesso. Só que isso ainda precisa ser provado e ele é o único que pode provar. O talento está ali... Ele precisa ser desbloqueado", observou o jornalista da Alemanha.

"Espero que Mick consiga diminuir a diferença e ultrapassar Magnussen em algum momento. Caso contrário, será muito difícil ter uma carreira de sucesso na F1. Se ele conseguirá fazer isso, ainda não se sabe", destacou Nimmervoll.

Schumacher é da academia da Ferrari... Tem chance na escuderia?

Mick Schumacher, Ferrari

Photo by: Ferrari

Jornalista da edição italiana do Motorsport.com, Roberto Chinchero é dos que mais tem trânsito junto à marca vermelha. Questionado sobre a possibilidade de Schumacher correr pela escuderia de Maranello, ele fez algumas ponderações importantes.

"Duas situações negativas não ajudam Mick. Carlos (Sainz, piloto espanhol que venceu o GP da Grã-Bretanha pela Ferrari no último fim de semana) renovou seu contrato por mais dois anos e Mick não começou a temporada 2022 de uma maneira boa", explicou Chinchero.

"Como é fácil imaginar, o sobrenome Schumacher é “sagrado” na Itália. A estreia de Mick na F1 tem sido muito popular na mídia, mas como sempre acontece, se os resultados não aparecem, o interesse cai muito. No momento, também há uma situação particular que não é boa para Mick, porque se ele perder seu assento na Haas, Antonio Giovinazzi poderá ocupar seu lugar. E esse aspecto obviamente não ajuda Mick com a mídia italiana", completou o jornalista da Itália.

Por outro lado, Schumacher pode ter ainda mais apelo em seu país caso seu compatriota na F1 se aposente, apontou Nimmervoll: "Mick é particularmente importante para o mercado germânico, especialmente considerando que Sebastian Vettel pode encerrar sua carreira em breve. Portanto, há um forte desejo de que ele (Mick) se apresente bem, o que se reflete particularmente na mídia mais mainstream da nação."

Sebastian Vettel, Mick Schumacher

Photo by: Jerry Andre / Motorsport Images

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