Nico Hülkenberg continuou sua 'série de corridas sem sentido' sem pontuar no GP do Azerbaijão de Fórmula 1. 17º na classificação e 16º na corrida de domingo, o alemão parece ter deixado de lado o 'pé no chão' depois do pódio em Silverstone.

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Logo na primeira volta no Azerbaijão, ele se envolveu em um acidente com Esteban Ocon, mas sem maiores consequências. Depois de algumas ultrapassagens, se viu, como muitos outros, preso em um trem de DRS do qual era impossível sair.

"Minha primeira volta não foi muito boa", disse ele após a corrida, apesar de ter adotado uma estratégia diferente ao largar com pneus duros. "Senti que estava sempre no lugar errado, perdendo espaço. Mas, no reinício, consegui fazer uma ultrapassagem dupla na curva 3. A sensação foi boa, provavelmente foi o ponto alto da minha corrida. E então, bem, [fiquei preso] um longo período atrás de Franco [Colapinto] e Lance [Stroll]".

"Era simplesmente muito difícil de acompanhar em baixas velocidades. Esses carros, é como se alguém estivesse tirando a asa traseira, então foi complicado. Não consegui alcançar o Lance e, obviamente, perdemos um bom tempo ali, pois o ritmo não estava muito bom", continuou. "Então, sim, o estrago já tinha sido feito [na classificação de sábado] e estávamos muito atrás. Não acho que tenha sido nosso melhor fim de semana. Como em Zandvoort, acho que não tivemos ritmo e mérito suficientes para fazer qualquer coisa".

Nico Hülkenberg sur le podium de Silverstone.

Nico Hülkenberg no pódio em Silverstone.

Foto de: Erik Junius

É preciso dizer que, desde que finalmente foi ao pódio, na Grã-Bretanha, Hülkenberg não marcou um único ponto. Mas é especialmente na classificação que o alemão parece ter perdido um pouco do brilho. É preciso voltar ao GP do Canadá, no meio de junho, para vê-lo à frente do companheiro de equipe, Gabriel Bortoleto no grid, apesar de ser reconhecido como um verdadeiro especialista em voltas rápidas.

Além disso, o brasileiro com que divide a garagem está cada vez mais forte. Desde o GP da Inglaterra, Bortoleto terminou nos pontos em três ocasiões: na Bélgica, na Hungria e na Itália. Então, Hülkenberg está tendo algum problema com o carro ou está simplesmente lidando com a ótima forma do brasileiro? A pergunta foi feita ao chefe de equipe, Jonathan Weathley.

"Acho que precisamos colocar as coisas em perspectiva", respondeu o britânico."Nico é um piloto extremamente rápido em uma volta e em ritmo de corrida. Quero dizer, ele é extraordinário. Ele aparece todo fim de semana em ótima forma. E se você realmente analisar, como a equipe faz, cada elemento de seu desempenho na classificação, ele teve alguns pequenos contratempos".

"Alguns foram causados por ele mesmo, outros foram relacionados a condições um pouco complicadas para o carro. Não acho que haja nenhum problema subjacente com o qual precisemos nos preocupar. E tudo pode mudar em um piscar de olhos. Quando você fala sobre o pelotão intermediário e a luta em que estamos, muitas vezes a diferença entre passar ou não pra fase seguinte é um milésimo ou alguns centésimos. Acho que é exatamente isso que estamos vendo. Se eu olhar para todo o grid, se você tiver a sorte de estar sempre entre os 10 primeiros na classificação, as diferenças entre os pilotos são muito maiores".

Com Federico Faturos, Basile Davoine e Oleg Karpov