F1: Silverstone quer fim de semana badalado como GP de Miami

Diretor do lendário circuito quer tornar GP da Grã-Bretanha como "grande festival britânico" e também usar inovação da F1 pela sustentabilidade.

Fernando Alonso, Alpine A521, and Carlos Sainz Jr., Ferrari SF21, take their places on the grid for the restart

Depois de ativar uma cláusula de quebra no contrato em 2017, ainda na era Bernie Ecclestone, devido à crescente taxa de 5% a cada ano, Silverstone tem em vigência um contrato de cinco anos com a Fórmula 1, assinado em 2019 na gestão Liberty Media.

Operando com uma relação "muito mais colaborativa" com os proprietários da F1, o diretor do circuito, Stuart Pringle, está agora "preparado para dar as mãos e subir ao altar por um longo tempo" e seguir como Albert Park, que recentemente assinou um contrato com extensão por mais 10 anos.

Para reforçar a oferta, Silverstone espera se tornar um grande evento como foi Miami e como deverá ser em Las Vegas, que chega ao calendário do ano que vem. A pista de Northamptonshire está planejando algo “nas duas pontas”: esperam tornar um GP mais festival e ao mesmo tempo mais ecológico.

Ao Motorsport.com, Pringle explicou: “ A forma como Miami e Las Vegas chegará criaram uma expectativa no nível do entretenimento nunca visto anteriormente em Silverstone. "Está se tornando um esporte diferente. Há uma nova leva de pessoas entrando nele”, comentou.

"O desafio que eu defini nossa equipe aqui em Silverstone é como manter o ritmo com isso? Como fazemos isso em nosso estilo distinto? Como fazemos isso à nossa maneira sem nos tornarmos um produto homogeneizado baseado nos EUA, mas mantemos a identidade única do GP da Inglaterra?”, indagou.

"A resposta é fazermos mais um festival britânico de verão. Você vai ver um grande gama de artistas musicais ao longo dos próximos anos”, destacou.

The Austin 360 Amphitheatre stage

The Austin 360 Amphitheatre stage

Photo by: Zak Mauger / Motorsport Images

O primeiro ato dessa nova forma de promover eventos se dará neste final de semana. Sam Ryder, que perdeu o Eurovision Song Contest somente para a Ucrânia, cantará o hino nacional antes da corrida.

Este possível festival ajudaria a manter os fãs nas cercanias de Silverstone, reduzindo as viagens entre um dia e outro de GP da Grã-Bretanha, reduzindo a emissão de poluentes e ajudando nas metas relacionadas à sustentabilidade.

“Também vamos abordar a outra preocupação realmente significativa da F1, que é sobre a sustentabilidade do campeonato. Vamos ser, se não a rodada mais sustentável da categoria, estaremos entre as duas ou três primeiras. Acho que é provável que sejamos a rodada mais sustentável”, declarou Pringle.

Com sete das 10 equipes de F1 sediadas no Reino Unido, além das operações da F1 em Biggin Hill, isso ajudará o evento na redução das emissões durante viagens.

Além disso, um serviço privado com 238 ônibus realizando transfers e trens contratados impulsionam o transporte público para os cerca de 400.000 fãs que comparecem durante um fim de semana.

O proprietário de Silverstone, o British Racing Drivers' Club, também investirá para a instalação de um total de 2700 painéis solares, que deverão custar cerca de 2,8 milhões de libras (aproximadamente R$ 18 milhões) para garantir que 25-30% da exigência anual de energia do circuito seja gerada por energia limpa.

"Há inúmeros exemplos de que a inovação da F1 é ótima para nosso país, mas algumas pessoas não entendem isso. Eles só pensam que estamos criando CO2 por diversão. Estou determinado a lidar com isso. É uma afirmação muito deliberada e muito visível. Estamos nos esforçando para ser para mover este negócio”, declarou Pringle.

Outros que estão visando esse caminho para evento são os organizadores do GP da Bélgica, que estão negociando a permanência da corrida para 2023.

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