F1: Vaga amaldiçoada? Relembre companheiros de Verstappen na Red Bull e veja comparativo entre performances
Desde a estreia do holandês pelo time principal, em 2016, seis nomes já passaram pela posição
Max Verstappen, Red Bull Racing, Yuki Tsunoda, Red Bull Racing Team
Foto de: Chris Graythen / Getty Images
Após uma série de especulações, a Red Bull anunciou Isack Hadjar como companheiro de equipe de Max Verstappen para 2026 na Fórmula 1. O francês será promovido depois de um bom ano de estreia na Racing Bulls, 'time B' da marca austríaca, enquanto Yuki Tsunoda, atualmente na RBR, irá para a posição de piloto reserva.
Apesar de 'promoções' geralmente significarem um aspecto positivo na carreira profissional, o histórico do assento ao lado de Verstappen conta outra história. Desde que o holandês se juntou a equipe principal da Red Bull, no GP da Espanha de 2016, substituindo Daniil Kvyat, seis pilotos diferentes passaram pela segunda vaga do time austríaco, com alguns nomes permanecendo menos de uma temporada completa.
Agora, o Motorsport.com traça um comparativo entre a performance de todos os companheiros de equipe e do tetracampeão até aqui.
2016 - 2018: Daniel Ricciardo
Após estrear na F1 pela Toro Rosso em 2015, com apenas 17 anos, Verstappen foi promovido para a Red Bull já no ano seguinte. Ele se juntou a equipe na quinta etapa do ano, o GP da Espanha, impressionando ao vencer a corrida. Aos 18 anos, ganhou seu primeiro GP e se tornou a pessoa mais nova a alcançar tal feito.
Como companheiro de equipe, Verstappen tinha ao seu lado Daniel Ricciardo, já com alguns anos de experiência. O australiano foi contratado pela Toro Rosso como terceiro piloto em 2011 e estreou na F1 nesse mesmo ano, mas pela HRT, tendo ido para o time espanhol como um empréstimo. Em 2012, retornou para a Toro Rosso e foi promovido para a equipe principal em 2014.
Com 238 pontos, Ricciardo foi terceiro colocado no campeonato de pilotos de 2014, tendo tido Sebastian Vettel como companheiro de equipe, e oitavo em 2015, com 92 pontos, já ao lado de Kvyat.
Comparativo do período em que Verstappen e Ricciardo correram juntos*
| Max Verstappen | Daniel Ricciardo | |
| Pontos totais (percentual na Red Bull) | 608 (50,8%) | 590 (49,2%) |
| Posição final média no campeonato | 5 | 4,6 |
| Vitórias | 5 | 4 |
| Pódios | 22 | 19 |
| Abandonos | 13 | 14 |
*Todos os números da tabela são do GP da Espanha de 2016 até o GP de Abu Dhabi de 2018, última corrida dos dois como companheiros de equipe
Em 2016, ano marcado pela rivalidade entre Lewis Hamilton e Nico Rosberg, Ricciardo terminou como terceiro colocado, com 256 pontos, e Verstappen foi quinto, com 204 pontos. Cada um venceu um GP, com o holandês indo ao pódio sete vezes e o australiano oito. Verstappen abandonou duas provas, Mônaco e EUA, enquanto Ricciardo terminou todas as corridas.
Em 2017, apesar de Ricciardo ainda terminar a frente na classificação de pilotos, Verstappen conseguiu se aproximar um pouco mais do companheiro de equipe. O australiano foi quinto colocado, com 200 pontos, uma vitória e nove pódios. O holandês veio logo atrás na classificação de pilotos, na sexta posição, com 168 pontos, duas vitórias e quatro pódios. No quesito abandonos esse foi um ano complicado para os dois: Ricciardo não terminou seis GPs e Verstappen abandou sete provas.
Já em 2018 Verstappen foi soberano dentro do time, terminando o ano na quarta colocação, com 249 pontos. O holandês venceu na Áustria e no México, subiu ao pódio onze vezes e abandonou em três ocasiões. Com 170 pontos, Ricciardo foi sexto colocado, tendo vencido na China e em Mônaco. O australiano foi ao pódio apenas nas duas ocasiões em que venceu e abandonou oito corridas.
No fim, Verstappen e Ricciardo estiveram em 58 GPs como companheiros de equipe, tendo marcado 1198 pontos juntos. Depois de um 2018 difícil para o australiano, em um ano que também marcou o início do domínio do jovem holandês dentro da Red Bull, Ricciardo escolheu se despedir do time e se juntou a Renault para as temporadas de 2019 e 2020. No ano seguinte, foi para a McLaren, vencendo o GP da Itália de 2021, sua última grande conquista na categoria. Em 2023, voltou a marca austríaca como reserva e substituiu Nyck DeVries na Racing Bulls em sete etapas, tendo machucado a mão no treino do GP da Holanda. Em 2024, começou como titular, mas foi trocado por Liam Lawson depois da 18ª rodada.
2019: Pierre Gasly
Após a ida de Ricciardo para a Renault, a Red Bull escolheu promover Pierre Gasly, que estava na Toro Rosso como titular desde o GP da Malásia de 2017, tendo estreado na F1 também como substituto de Kvyat. O russo havia sido 'rebaixado' em 2016 depois da ida de Verstappen para o time principal e foi dispensado no fim de 2017.
O melhor resultado de Gasly até 2019 havia sido o quarto lugar no GP do Bahrein de 2018, ano em que terminou o campeonato na 15ª colocação, com 29 pontos. Na temporada seguinte, assumiu a vaga ao lado de Verstappen.
Comparativo do período em que Verstappen e Gasly correram juntos*
| Max Verstappen | Pierre Gasly | |
| Pontos totais (percentual na Red Bull)* | 181 (74%) | 63 (26%) |
| Posição no campeonato | 3 | 6 |
| Vitórias | 2 | - |
| Pódios | 5 | - |
| Abandonos | 0 | 2 |
*Todos os números da tabela são do GP da Austrália até o GP da Hungria de 2019, última corrida dos dois como companheiros de equipe
Como colocado na legenda da tabela, Verstappen e Gasly não permaneceram no mesmo time por uma temporada inteira. Com classificações ruins nas primeiras etapas do ano e resultados considerados insuficientes ao longo do tempo, os dois foram companheiros de equipe por apenas 12 corridas, até o GP da Hungria. Na volta da pausa do meio ano, o francês foi rebaixado para a Toro Rosso, tendo como melhor resultado no período com o holandês um quarto lugar no GP da Grã-Bretanha.
Em 2020 a Toro Rosso passou a se chamar AlphaTauri e Gasly conseguiu sua primeira e única vitória da carreira na F1, no GP da Itália daquele mesmo ano. Ele ficou com o time até 2022, se juntando a sua atual equipe, a Alpine, em 2023.
2019 - 2020: Alex Albon
Após o 'rebaixamento' de Gasly, foi a vez de outro piloto do time B passar pela Red Bull. Alex Albon estava em seu ano de estreia na F1, na Toro Rosso, e, em uma tentativa da equipe austríaca de melhorar o desempenho ainda em 2019, o britânico foi promovido a companheiro de Max Verstappen para a segunda metade da temporada.
Comparativo do período em que Verstappen e Albon correram juntos*
| Max Verstappen | Alex Albon | |
| Pontos totais (percentual na Red Bull)* | 311 (63%) | 181 (37%) |
| Posição final média no campeonato | 3 | 7,5 |
| Vitórias | 2 | - |
| Pódios | 5 | - |
| Abandonos | 0 | 2 |
*Os números da tabela começam no GP da Bélgica de 2019 e vão até o GP de Abu Dhabi de 2020 GP, última corrida dos dois como companheiros de equipe
Verstappen e Albon foram companheiros de equipe por 26 corridas, sendo as nove últimas de 2019 e toda a temporada de 2020 (que teve apenas 17 etapas por causa da COVID-19). Juntos, eles marcaram 492 pontos, com o holandês tendo garantido a maior parte deles.
Durante o período que foram companheiros em 2019, Verstappen fez 97 pontos e Albon 76. O holandês foi ao pódio quatro vezes e venceu o GP do Brasil, enquanto o melhor resultado do britânico foi um quarto lugar no GP do Japão.
Já em 2020, Albon conseguiu ir ao pódio com dois terceiros lugares, mas ainda sem vitórias. Por outro lado, Verstappen esteve no top 3 em onze ocasiões diferentes, vencendo o GP do Aniversário de 70 anos da F1, em Silverstone, e o GP de Abu Dhabi. Das 17 etapas deste ano, o holandês só deixou de ir ao pódio na Turquia, quando foi sexto, e nas cinco provas que abandonou. A diferença de pontuação entre os dois foi significativa: 214 x 105.
Terminando 2020 na oitava colocação no campeonato de pilotos, o britânico foi mais um 'rebaixado' na Red Bull e dessa vez para a posição de piloto reserva. Em 2022, voltou a ser titular da F1 com a Willliams, onde está até hoje, ainda sem ter vencido uma corrida.
2021 - 2024: Sergio Pérez
Para 2021 a Red Bull escolheu "quebrar o padrão" de promover nomes da marca e decidiu contratar um nome 'de fora' e mais experiente. Sergio Pérez estava na F1 já há uma década, estreando pela Sauber em 2011. O mexicano passou pela McLaren em 2013 e se juntou a Force India no ano seguinte, onde permaneceu até 2020, quando venceu uma corrida pela primeira vez, o GP de Sakhir.
Peréz havia assinado uma extensão de contrato com a Force India até 2022, mas o cenário mudou rapidamente. A equipe foi adquirido por Lawrence Stroll, se transformando em Racing Point já em 2019 e, a partir de 2021, o time seguiu como equipe de fábrica da Aston Martin, tendo como titulares Lance Stroll, filho do dono, e Sebastian Vettel, tetracampeão mundial. A princípio, Pérez seria dispensado da equipe e se despediria da F1 no fim de 2020, mas, após o desempenho 'insatisfatório' de Albon e uma excelente fase final do mexicano, ele acabou sendo contratado pela Red Bull.
Comparativo do período em que Verstappen e Pérez correram juntos
| Max Verstappen | Sergio Pérez | |
| Pontos totais (percentual na Red Bull)* | 1861,5 (67%) | 932 (33%) |
| Posição final média no campeonato | 1 | 4,25 |
| Vitórias* | 53 | 5 |
| Pódios* | 68 | 29 |
| Abandonos* | 6 | 13 |
*A partir de 2021 a F1 introduziu as corridas sprint em alguns fins de semana; para efeito de comparação, elas entraram apenas na conta dos pontos, não sendo contabilizadas em vitórias, pódios e abandonos
2021 foi marcado pela briga épica entre Max Verstappen e Lewis Hamilton pelo título, e Pérez chegou até mesmo a receber o apelido de "Ministro da Defesa Mexicana" na internet por causa do auxílio ao companheiro de equipe durante o ano, especialmente na última corrida, quando segurou o britânico da Mercedes por voltas importantes em Abu Dhabi. O holandês conseguiu o título daquele ano, terminando com 395,5 pontos, 205 a mais que Pérez, que foi quarto colocado, com uma vitória e cinco pódios.
2022 viu a F1 estrear um novo conjunto de regras e o início de uma nova dominância, a da Red Bull. Mesmo com sinais no começo do ano de que Charles Leclerc poderia ser uma ameaça, o cenário logo se estabilizou para a equipe austríaca e Verstappen chegou ao bicampeonato com certa facilidade, terminando o ano com 454 pontos, 15 vitórias e 17 pódios. Pérez foi terceiro colocado entre pilotos, 149 pontos atrás do holandês (a menor diferença entre eles nos quatro anos como companheiros de equipe), com duas vitórias e onze pódios.
No ano seguinte, a 'era Red Bull' ficou estabelecida e a 'era Verstappen' chegou ao seu auge, com o holandês não só alcançando o tricampeonato como chegando a tal feito vencendo 19 de 22 corridas realizadas. Dado o histórico do time, parecia o 'início do fim de Pérez', que, apesar de terminar 2023 com o vice campeonato, ficou 290 pontos atrás do companheiro, a maior diferença entre primeiro e segundo colocados da disputa entre pilotos da história.
Apesar de poder parecer contraditório historicamente, a Red Bull escolheu permanecer com Pérez no time em 2024. O mexicano teve um início de temporada promissor, com quatro pódios nas cinco primeiras etapas, mas sua situação foi ficando cada vez mais complicada, especialmente com a McLaren ganhando protagonismo na briga entre construtores (que o time de Woking acabou vencendo). Pérez terminou corridas fora do top 5 e até mesmo fora da zona de pontuação, perdendo pontos preciosos. Enquanto Verstappen se tornou tetracampeão com algumas etapas de antecedência, o mexicano finalizou 2024 na oitava posição da tabela, sendo a demissão inevitável.
Após a saída da Red Bull, Pérez ficou de fora do grid de 2025, não tendo sido contratado por nenhum outro time, porém, em agosto deste ano, ele foi anunciado como titular da Cadillac para 2026 ao lado do também veterano Valtteri Bottas.
2025: Liam Lawson
Frente ao crescimento da McLaren, a Red Bull escolheu, mais uma vez, apostar em um de seus jovens talentos. Liam Lawson havia substituído Daniel Ricciardo (que machucou o pulso no treino do GP da Holanda) na Racing Bulls por cinco corridas em 2023, tendo até mesmo pontuado no GP de Singapura daquele ano. Em 2024, o neozelandês entrou no lugar de Ricciardo mais uma vez, mas de maneira fixa, pelas últimas seis corridas do ano. Seu melhor resultado foram nonos lugares nos EUA e em São Paulo, terminando como 21º no campeonato.
Anunciada no fim de 2024, a promoção de Lawson suscitou questionamentos: não é muito cedo? Com nem uma temporada completa, ao lado de um tetracampeão e com uma outra equipe como campeã de construtores, não é muita pressão? Por que não Yuki Tsunoda, que já está com o time desde 2021? Todas essas perguntas foram logo respondidas, pois o neozelandês ficou na Red Bull por apenas duas corridas.
Comparativo do período em que Verstappen e Lawson correram juntos**
| Max Verstappen | Liam Lawson | |
| Pontos totais (percentual na Red Bull)* | 36 (100%) | 0 (0%) |
| Posição no campeonato | 2 | 18 |
| Vitórias* | 0 | 0 |
| Pódios* | 1 | 0 |
| Abandonos* | 0 | 1 |
*A partir de 2021 a F1 introduziu as corridas sprint em alguns fins de semana; para efeito de comparação, elas entraram apenas na conta dos pontos, não sendo contabilizadas em vitórias, pódios e abandonos
**Os números da tabela contemplam apenas o GP da Austrália e o GP da China de 2025, última corrida dos dois como companheiros de equipe
Como colocado na legenda da tabela, Lawson e Verstappen foram companheiros de equipe apenas no GP da Austrália e da China. Depois de abandonar a primeira prova do ano e chegar em 12º em Shangai, o neozelandês foi rebaixado para a Racing Bulls, onde permanece. Atualmente, Lawson é 14º colocado entre pilotos, com 38 pontos, e sua continuidade na vaga para 2026 foi confirmada nesta terça-feira.
2025: Yuki Tsunoda
Como parecia 'natural' desde o princípio, Yuki Tsunoda sucedeu Lawson ao lado de Verstappen. O japonês estava no 'time B' da marca austríaca desde 2021, quando estreou na F1. Com um incentivo financeiro da Honda, parceira de motores da Red Bull, ele foi anunciado como titular da equipe principal pouco antes do seu GP de casa, no Japão.
Comparativo do período em que Verstappen e Tsunoda correram juntos**
| Max Verstappen | Yuki Tsunoda | |
| Pontos totais (percentual na Red Bull)* | 360 (92%) | 30 (8%) |
| Posição no campeonato | 2 | 15 |
| Vitórias* | 7 | 0 |
| Pódios* | 13 | 0 |
| Abandonos* | 1 | 1 |
*A partir de 2021 a F1 introduziu as corridas sprint em alguns fins de semana; para efeito de comparação, elas entraram apenas na conta dos pontos, não sendo contabilizadas em vitórias, pódios e abandonos
**Os números da tabela começam no GP do Japão de 2025 e vão até o GP do Catar de 2025 (ou seja, pontos feitos por Verstappen na Austrália e na China não estão contabilizados aqui)
Até a penúltima etapa do campeonato de 2025, Verstappen tem tido resultados significativamente melhores que o companheiro de equipe, o que fica explícito ao analisarmos a contribuição percentual de cada um com a pontuação total da equipe, atualmente terceira colocada entre construtores. Com dificuldades para se adaptar ao carro, Tsunoda teve como melhor resultado no ano um sexto lugar no Azerbaijão e, na classificação sprint do Catar, terminou a frente de Verstappen pela primeira vez, quando conseguiu se posicionar em P5 (o holandês largou como P6).
Depois de especulações sobre o futuro nas últimas semanas, foi confirmado nesta terça-feira que o japonês será piloto de testes em 2026, com Isack Hadjar, da Racing Bulls, sendo promovido a equipe principal. Além da performance insatisfatória em 2025, é possível que o fim da parceria entre a Honda e a Red Bull também tenha contribuído na decisão dos próximos passos de Tsunoda.
Conclusão e as expectativas para Hadjar em 2026
Estatisticamente, faz sentido que o companheiro que mais se aproximou (e superou!) os resultados de Verstappen seja Ricciardo. Mais experiente, o australiano já fazia parte da equipe quando o então jovem holandês chegou. Ainda assim, a rápida adaptação do tetracampeão impressiona e não surpreende que a equipe tenha entendido ali que o futuro estava nas mãos de Verstappen.
Na comparação com Gasly a diferença na contribuição percentual de cada um passa a chamar atenção, mas vale dizer que, nesse cenário, Verstappen era quem estava com a equipe principal a mais tempo. Ainda assim, é impossível ignorar a diferença de ritmo entre os dois e, dentro do que parece ser a filosofia do time de buscar performance acima de tudo, o rebaixamento do francês fez sentido.
Diferentemente de Gasly, Albon teve um pouco mais de tempo para provar que merecia estar ali, mesmo tendo sido jogado 'na cova dos leões' ainda no ano de estreia. Os resultados de 2019 mostram que o britânico não teve um desempenho tão ruim se comparado ao holandês, mas, sem conseguir acompanhar o ritmo em 2020, teria mesmo um futuro semelhante ao de seu antecessor.
Apesar da diferença percentual entre Verstappen e Pérez também ser significativa, o mexicano teve atuação direta em momentos importantes na busca do holandês pelo primeiro título e, em 2023 e 2024, fez bons inícios de temporada, mas que não se mantiveram ao longo do ano, demonstrando uma preocupante inconsistência. No ano passado, suas dificuldades com o carro ficaram evidentes não só pelas reclamações verbais mas também com os resultados da segunda metade da temporada.
Com 100% a 0%, a comparação entre Verstappen e Lawson é a mais brutal e a que parece mais injusta pelo simples fato de os dois terem sido companheiros por apenas duas corridas. Com onze corridas completas até então, todas pela Racing Bulls, o neozelandês não teve tempo para se adaptar a uma equipe de ponta.
Companheiro mais recente de Verstappen, Tsunoda parecia esperar pela promoção já há algum tempo, mas, com dificuldades de adaptação ao carro, mostrou que o time tinha razão em manter a cautela, tendo contribuído com menos de 10% da pontuação deste ano. Apesar dos erros cometidos pela equipe com o japonês, como o caso da pressão dos pneus em Las Vegas, a pressão para performar bem, com Hadjar e Lawson em melhores classificações na tabela deste ano, parece ter atingido o japonês.
Isack Hadjar chegará a Red Bull após um bom ano de estreia na Racing Bulls e, assim como seus antecessores, com muita pressão em cima dos ombros. Apesar do início ruim na Austrália, quando rodou na volta de apresentação, o francês 'deu a volta por cima' e se adaptou rápido à F1, estando a frente do companheiro de equipe na classificação de pilotos e conseguindo até mesmo um pódio na Holanda.
Com a estreia de um novo regulamento técnico, cujos detalhes tem sido mantidos em segredo, tudo pode acontecer e é difícil fazer previsões, mas Hadjar tem transmitido confiança e certa regularidade no meio do pelotão. Com um bom carro, a tendência é que ele maximize ainda mais esses resultados, mas, ao menos no primeiro ano, muito dificilmente será páreo para Max Verstappen.
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