Wolff, Horner, Stella...Chefes de equipe da F1: Quem são e o que fazem?
O papel de um chefe de equipe é variado e importante, mas…Quem eles realmente são e o que fazem na prática?
Quer se tornar um chefe de equipe na Fórmula 1? Bom, as evidências atuais sugerem que se você é branco, homem, entre 50 e 70 anos e alemão é seu idioma materno, você está pronto.
A real é que pode não ser o grupo mais diversos de pessoas que lideram as dez equipe que atualmente formar o grid da F1. Mas, pelo menos não existem requisitos de currículos fixos para ter um desses cobiçados, mas desafiadores papéis.
Como você vai descobrir neste artigo, é bom ter experiência em engenharia e conhecimento de como funcionam as equipes, mas também são desejáveis os ex-pilotos, pessoas com gestão hábil e os empresários de nariz empinado. E, parece que se você for todos os tipos anteriores, chegará longe no jogo de chefiar equipe.
Vamos conhecer mais de perto que fez e faz exatamente isso.
O que é um chefe de equipe na F1?
De forma simples, um chefe de equipe é o responsável pela equipe de Fórmula 1. Em alguns idiomas, especialmente no alemão, "chefe" é efetivamente a palavra usada como título de trabalho. Como tal, a posição do chefe de equipe é bastante clara. A responsabilidade está com eles no que se diz à respeito do rendimento da equipe de Fórmula 1.
Houve um tempo em que os chefes de equipe e o proprietários/fundadores eram frequentemente os mesmos: pense em Colin Chapman (Lotus), Bruce McLaren, o que foi mais duradouro, Frank Williams. Também podiam desenhar o carro (Chapman), trabalhar nos boxes (Williams) ou pilota-lo e desenha-lo (McLaren). Hoje em dia, os chefes de equipe não sujam as mãos, muito menos pilotam. No geral, são empregados contratados. Podem ter ações, mas isso tudo é em termos de propriedade.
O fato de que se contrata chefes de equipes modernos reflete a realidade de que as equipe de F1 já não operam mais de forma isolada. Em alguns casos, são parte de uma organização mais ampla com a qual compartilham habilidades, pessoas, instalações e história. A Ferrari é o exemplo clássico aqui.
A Red Bull Racing, por outro lado, é um exemplo de equipe que é propriedade de uma entidade de um mundo completamente diferente. Entre estes dois extremos, há uma variedade de configurações de "governança". Mas basta dizer que todos os chefes de equipe da F1 têm chefes. Chefes que querem rentabilidade em termos de resultados.
Frank Williams, Williams
Photo by: David Hutson / Motorsport Images
O que um chefe de equipe da F1 faz?
A única coisa que cada chefe de equipe na F1 faz é servir como a face pública da equipe. Dão intermináveis entrevistas de imprensa onde falam em nome da equipe, tanto fora da pista como durante os fins de semana de corrida.
Também representam os interesses da equipe no sentido político e esportivo, por exemplo, nas reuniões com o órgão dirigente, os comissários de corrida e outras equipes. Embora normalmente tenham especialistas ao seu lado dependendo da ocasião, aqui é onde as habilidades diplomáticas e comerciais vêm a calhar.
Outro papel essencial é a gestão de pessoas: dar forma a um entorno e uma estrutura (com sorte) de ganhadores. Claro, você pode ser um engenheiro na essência, mas o chefe de equipe não pode ser o tipo de pessoa que vai se esconder na parte de trás da garagem e vai estudar minuciosamente os números. Como é o caso do chefe de qualquer organização, eles devem ser capazes de dar um passo para trás, ver o panorama geral e tomar decisões na sequência.
Uma dessas decisões, e provavelmente a mais importante, é que eles devem delegar em vez de tentarem fazer sozinhos. Uma equipe de Fórmula 1 é formada por pessoas altamente especializadas como engenheiros de corrida, estrategistas e mecânicos. Quase todos sabem mais sobre sua área de especialização que seu chefe. Por tanto, é fundamental que o chefe de equipe tenha certeza de que contrate as pessoas certas, as ofereça uma estrutura adequada para trabalhar e confie nelas.
Dito isso, alguns chefes de equipe são mais práticos que outros. Aqui é onde os estilos se diferem segundo a filosofia de gestão e conjunto de habilidades. Alguns preferem assumir um papel de supervisão em todas as coisas, mas para outros, se há áreas em que pode oferece-las experiência especializada, então eles irão fazer exatamente isso!
Toto Wolff, Chefe de Equipe e CEO, Mercedes AMG
Photo by: Mark Sutton / Motorsport Images
Mercedes – Toto Wolff
• Equipe: Mercedes
• Tempo com a equipe: Desde 2013
Este ex-piloto austríaco, que completou 50 anos em 2022, não é só um chefe de equipe, mas também um acionista importante. É o responsável por todas as atividades esportivas da Mercedes-Benz, igual seu antecessor, o alemão Norbert Haug.
Wolff era um piloto habilidoso, mas mudou seu foco para corrida de carros esportivos depois de uma temporada na Fórmula Ford na Áustria e Alemanha no princípio dos anos 90. Conquistou algum sucesso sem deixar o mundo em chamas, e seu legado no automobilismo, sem dúvidas, será seu trabalho mais recente fora da pista. Foi diretor da Williams ante de ir à Mercedes, onde ele e seu compatriota Niki Lauda, que faleceu em 2019, viraram o sinônimo do sucesso de Lewis Hamilton, Nico Rosberg e mais.
Toto Wolff é casado com a ex-pilota escocesa Susie (anteriormente Stoddart) que também era diretora executiva da equipe de Fórmula E Venturi Racing.
Max Verstappen, Red Bull Racing, Christian Horner, Red Bull Racing Team Principal
Photo by: Red Bull Content Pool
Red Bull – Christian Horner
• Equipe: Red Bull Racing
• Tempo com a equipe: Desde 2005
É um pouco irônico que enquanto dois dos dez chefes de equipe da F1 são austríacos e seis falam alemão, o trabalho de comandar a equipe da Áustria pertence ao único inglês em cena. Igual a Wolff, Christian Horner é um ex-piloto. Sem dúvidas, foi muito mais além em termos de corrida de monopostos, alcançando as alturas elevadas da Fórmula 3000 no fim da década de 1990. Nesse momento, fundou a equipe Arden, o que tornou Horner um dos últimos pilotos proprietários que competiu em um alto nível nos monopostos. No fim de 1998, tinha decidido que sua força estava atrás do muro dos boxes e não atrás dos volantes.
Sete anos depois de parar de pilotar, com 25 anos, Horner se formou na F3000, onde Arden já havia acumulado múltiplos títulos. Red Bull, que tinha comprado a equipe Jaguar F1, nomeou Horner como chefe de sua operação homônima para sua estreia em 2005.
Foi uma combinação perfeita, com o britânico supervisionando a ascensão gradual da equipe ao status de líder e, em seguida, um excesso de títulos para Sebastian Vettel. Sem se mover do posto nos boxes até os dias de hoje, Horner também é famoso por sua "perna inquieta" durante as corridas tentas e por estar casado com a Spice Girl Geri Halliwell.
Frederic Vasseur, Team Principal and General Manager, Scuderia Ferrari
Foto de: Ferrari
Ferrari – Frédéric Vasseur
• Equipe: Ferrari
• Tempo com a equipe: Desde 2023
Vasseur veio subindo pelas categorias de acesso da mesma forma que um piloto. Após estudar engenharia e aeronáutica, o francês criou sua própria equipe em 1996. Inicialmente com o nome de ASM e, posteriormente, ART, ele foi empilhando título nas categorias juniores. Entre outros sucessos, Vasseur foi o chefe dos títulos de Lewis Hamilton na Fórmula 3 Euro e na GP2 no meio dos anos 2000.
Com um currículo desses, era inevitável que o chamado da F1 viesse. Ele começou como chefe da Renault em 2016. Mas, mesmo com a conexão patriótica, ficou apenas um ano ali. Depois, foi para a Suíça, assumindo um papel similar na Sauber, que passou a se chamar Alfa Romeo neste período. E, na grande mudança dos chefes no fim de 2022, Vasseur foi anunciado como o substituto de Mattia Binotto na Ferrari. Em sua gestão, a equipe fez grandes progressos, com o vice-campeonato de construtores em 2024.
Oliver Oakes, chefe de equipe da Alpine F1 Team, na coletiva de imprensa
Foto de: Zak Mauger / Motorsport Images
Alpine – Oliver Oakes
• Equipe: Alpine
• Tempo com a equipe: Desde 2024
A estrutura de gestão da Alpine passou por mudanças constantes. Em julho de 2023, Laurent Rossi (CEO), Otmar Szafnauer (chefe de equipe) e Alan Permane (diretor esportivo) deixaram seus respectivos cargos, resultando em Bruno Famin assumindo o cargo de chefe interino da equipe.
Famin, que vem de uma formação em engenharia, foi então confirmado como chefe permanente da equipe Alpine em fevereiro de 2024, apenas para sair cinco meses depois para retornar à base de Viry-Chatillon da Renault, empresa controladora da Alpine.
Seu substituto foi Oliver Oakes, que aos 36 anos se tornou o segundo chefe de equipe mais jovem da F1 depois que Christian Horner assumiu a Red Bull quando tinha 31 anos. Mas, o britânico ainda chegou à Alpine com uma vasta experiência em automobilismo, tendo sido chefe de equipe da F2 e F3 Hitech GP desde 2015, vencendo várias corridas e enfrentando inúmeros desafios de título no comando.
Andrea Stella, Team Principal, McLaren F1 Team
Foto de: Andy Hone / Motorsport Images
McLaren – Andrea Stella
• Equipe: McLaren
• Tempo com a equipe: Desde 2023
Com Andreas Seidl tendo se mudado junto dos seus velhos amigos na Sauber após um stint de quatro temporadas como chefe da McLaren, Andrea Stella assumiu o lugar do alemão no time britânico em janeiro de 2023.
Isso representou uma contratação interna: Stella foi promovido de seu papel como diretor executivo de corridas. E há muito mais do que a conveniência de não ter que mudar as iniciais no fone de ouvido do chefe da equipe: o italiano veio com uma vasta experiência prática em engenharia. Ele trabalhou com nomes como Michael Schumacher, Kimi Raikkonen e Fernando Alonso na Ferrari antes de seguir este último para a McLaren em 2015. Em sua primeira temporada na McLaren, a equipe terminou em quarto lugar no campeonato, marcando impressionantes nove pódios e uma vitória na corrida de velocidade.
Stella então desempenhou um papel crucial no primeiro título de construtores da McLaren em 26 anos, ao superar a Ferrari para a coroa de 2024.
Laurent Mekies, Team Principal, VCARB Formula One Team
Foto de: Erik Junius
Racing Bulls – Laurent Mekies
• Equipe: Racing Bulls
• Tempo com a equipe: Desde 2024
Laurent Mekies substituiu o veterano Franz Tost como chefe de equipe da Racing Bulls para a temporada de 2024 - quando foi chamada de RB. Foi uma grande mudança na equipe irmã da Red Bull, já que Tost ocupava o cargo desde o início da equipe em 2006.
O francês Mekies retornou à equipe baseada em Faenza, tendo deixado seu cargo de engenheiro-chefe em 2014 após ingressar na equipe em 2002. Ele saiu para se tornar o diretor de segurança da FIA e em 2017 foi nomeado diretor de corrida antes de se mudar para a Ferrari em setembro de 2018 como diretor esportivo. Mekies se tornou uma figura fundamental na Ferrari, pois mais tarde foi nomeado vice-diretor de equipe e diretor de corrida em 2021, antes de seu retorno à RB em 2024.
Alessandro Alunni Bravi, representante da equipe, Stake F1 Team KICK Sauber
Foto de: Andreas Beil
Sauber - Alessandro Alunni Bravi, Xevi Pujolar, Beat Zehnder
• Equipe: Sauber
• Tempo com a equipe: Desde 2023
Como qualquer legislador do automobilismo lhe dirá, nunca demora muito para que as equipes encontrem uma nova maneira de resolver um problema. Portanto, não é surpresa que até mesmo o venerável papel de chefe de equipe tenha recebido um toque de inovação em 2023, quando a Sauber (então conhecida como Alfa Romeo) decidiu entrar na campanha com uma "estrutura de gestão" em vez de um chefe individual tradicional.
Como isso realmente acontece? O ex-chefe da equipe Trident na GP2, Alessandro Alunni Bravi, é "representante da equipe" e desempenha as funções diplomáticas de um chefe de equipe com os chefes, patrocinadores e mídia da F1. O italiano, que também trabalhou como gerente de pilotos (com Robert Kubica, entre outros), faz parte da operação da Sauber como membro do conselho desde 2017.
Outras partes do trabalho são realizadas pelo experiente chefe de engenharia de pista espanhol, Xevi Pujolar, e pelo robusto diretor esportivo local da equipe, Beat Zehnder.
Ayao Komatsu, diretor da equipe, Haas F1 Team
Foto de: Lubomir Asenov / Motorsport Images
Haas – Ayao Komatsu
• Equipe: Haas
• Tempo com a equipe: Desde 2024
Ayao Komatsu substituiu Gunther Steiner como chefe da Haas para a temporada de 2024 depois que a equipe americana terminou em último lugar no campeonato de 2023. Isso custou a Steiner seu emprego, uma função que ele assumiu em 2016 para a estreia da Haas, com Komatsu se tornando o primeiro chefe de equipe japonês de uma equipe baseada na Europa.
Komatsu começou sua carreira no automobilismo em 2003 como engenheiro de pneus para a British American Racing, antes de se mudar para a Renault três anos depois como engenheiro de desempenho. Mais tarde, ele foi nomeado engenheiro de corrida de Vitaly Petrov para a temporada de 2011 antes de fazer parceria com Romain Grosjean no ano seguinte. Komatsu posteriormente se tornou engenheiro-chefe de corrida na Lotus em 2015, mas se juntou à Haas com Grosjean um ano depois, onde se tornou diretor de engenharia de pista. Ele ocupou esse cargo por oito temporadas antes de se tornar chefe de equipe da Haas.
Andy Cowell, Group CEO, Aston Martin F1 Team, on the grid
Foto de: Zak Mauger / Motorsport Images
Aston Martin – Andy Cowell
• Equipe: Aston Martin
• Tempo com a equipe: Desde 2025
Andy Cowell substituiu Mike Krack como chefe da Aston Martin para a temporada de 2025. A mudança ocorreu depois que Cowell se juntou à organização em julho de 2024 para substituir Martin Whitmarsh como CEO do grupo após trabalhar na divisão High Performance Powertrains da Mercedes entre 2013 e 2020.
Como resultado da mudança, Krack agora é o diretor de pista da equipe baseada em Silverstone, após pouco menos de três anos em sua posição anterior. Cowell tem vasta experiência em automobilismo e, além de desempenhar um papel crucial nas vitórias do campeonato pela Mercedes, o britânico também atuou como engenheiro da BMW e da Cosworth.
James Vowles, Team Principal, Williams Racing
Foto de: Sam Bloxham / Motorsport Images
Williams – James Vowles
• Equipe: Williams
• Tempo com a equipe: Desde 2023
James Vowles fez seu nome na F1 como estrategista de pitwall – ele atuou como diretor de estratégia de automobilismo da Mercedes nos quatro anos que antecederam sua mudança para a Williams. Mas isso foi apenas o ápice de mais de duas décadas na equipe sediada em Brackley – Vowles também foi um homem da British American Racing, Honda e Brawn antes da mudança de marca para a estrela de três pontas em 2010. Ele trabalhou em estreita colaboração com Wolff na equipe de liderança durante alguns dos momentos mais dominantes da Merc.
Mas com Wolff firmemente no topo da árvore da Mercedes, o britânico teria que trocar de equipe se quisesse estar no comando de uma. Então, quando surgiu uma oportunidade na Williams – uma das parceiras técnicas da Silver Arrows – após a saída de Jost Capito no final de 2022, Vowles a aproveitou. Ele fez 44 anos em 2023, tornando-se um dos diretores de equipe mais jovens do paddock, enquanto Vowles elevou a Williams do fundo para o sétimo lugar no campeonato em apenas sua primeira temporada como chefe.
Dois pontos no currículo de Vowles são incomuns para altos escalões da F1. Primeiro, ele tem um diploma específico em automobilismo pela Cranfield University. E segundo, você poderia chamá-lo de um piloto de corrida ativo após suas aparições na Asian Le Mans Series em 2022!
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