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Fórmula 1 GP de Mônaco

Ferrari admite que assumiu riscos desnecessários com Leclerc

O piloto cobrou explicações pelo erro da equipe após insistir em retornar à pista para mais uma tentativa e ser orientado a ficar nos boxes

Charles Leclerc, Ferrari after being knocked out in Q1

Charles Leclerc se classificou em 16º após a Ferrari cometer um erro de cálculos e permitir que o piloto fosse eliminado ainda no Q1, confiando que o tempo marcado havia garantido o avanço à segunda parte do treino. Posteriormente, o piloto ainda avançou uma posição em virtude da punição aplicada a Antonio Giovinazzi e por isso, largará em 15º.

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O chefe da Ferrari, Matia Binotto, recebeu a imprensa em uma coletiva fora da programação para explicar o erro de cálculo e a decisão de não colocar o piloto monegasco na pista novamente, mesmo com a insistência de Leclerc.

“Nós podemos discutir que estes são erros que a Ferrari não deveria cometer, mas com a posição do time (96 pontos atrás da Mercedes) significa que precisamos assumir alguns riscos”.

Ele afirmou que o objetivo do time italiano era poupar um jogo de pneus novos para ter uma chance a mais de marcar a pole, mas em seguida ponderou: “Não há dúvida quando olhamos para as implicações, de que ficar de fora do Q2 representa um desafio ainda maior do que tentar desafiar os rivais no Q3”.

Binotto disse ainda que a Ferarri falhou em reagir ao erro porque confiou em cálculos incorretos sobre o tempo de volta necessário para avançar ao Q2.

“O tempo de corte é calculado em tempo real, baseado no que nós vemos na pista e nos tempos de todos os pilotos em cada setor. Quando calculamos a linha de corte, normalmente adicionamos uma margem além do esperado. A margem é boa o suficiente para acomodar quaisquer incertezas e tolerâncias, o que pode acontecer normalmente durante a sessão”.

“Certamente o que aconteceu hoje, é que a margem que aplicamos não foi a suficiente”.

Binotto acrescentou que os erros não ocorreram por estarem mais focados em Vettel que, naquele momento do treino, estava na zona de corte e seria eliminado se não melhorasse seu tempo.

“Nós temos dois grupos, um por piloto. Não comprometemos Leclerc. A atenção foi a mesma para ambos”.

“Em um dos grupos nós tivemos a necessidade de ir a pista novamente (com Vettel). Charles perguntou de seu carro ‘devo ir para a pista? Acho que a margem está muito pequena, podemos estar em risco’. Nós respondemos que ‘não, temos os dados e acreditamos que seu tempo foi bom o suficiente’. Não foi".

Perguntado pelo Motorsport.com se ele pessoalmente tomou a decisão de não irem a pista novamente ou se concordava com seu piloto, Binotto respondeu: “Quando você tem as ferramentas e as simulações, você precisa de alguma forma confiar no que está fazendo”.

“Nós estávamos muito preocupados pois sabíamos que seria apertado, mas nossas ferramentas estavam nos dizendo que seria o suficiente. Nós estávamos assumindo riscos, muito mais do que seria adequado naquela situação. Foi um mau julgamento. E um mau julgamento é um erro”.

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