Fora da Haas, Steiner fala sobre chefes tratados como técnicos de futebol na F1
"É preciso olhar quais são os planos para 2026/2027. E as pessoas não querem ouvir isso"; confira no Motorsport.com
Chefe de equipe da Haas na Fórmula 1 a partir de 2014, antes mesmo da entrada da escuderia dos Estados Unidos no grid em 2016, Gunther Steiner não teve seu contrato renovado pelo dono do time, Gene Haas, e está fora do comando, sendo substituído por Ayao Komatsu de 2024 adiante.
Para Steiner, as recentes trocas de chefia na F1 refletem uma mentalidade semelhante à adotada pelos cartolas do futebol, em que os técnicos dos clubes são demitidos com frequência. De acordo com Gunther, isso mostra que alguns proprietários dos grupos da F1 "não entendem" a categoria.
Para se ter uma ideia, neste momento, o chefe de equipe da Aston Martin, Mike Krack, que assumiu o cargo no fim de 2021, já é o terceiro comandante mais longevo da elite global do esporte a motor, atrás de Toto Wolff, à frente da Mercedes desde 2013, e Christian Horner (Red Bull-2005)
O antecessor de Krack, aliás, protagonizou um caso interessante recentemente: após deixar a Aston em 2021, Otmar Szafnauer foi para a Alpine em 2022 e acabou demitido da equipe no meio de 2023, sendo substituído por Bruno Famin.
Em entrevista exclusiva ao Motorsport.com durante o Autosport International Show de 2024, Gunther afirmou: “Acho que se você não tiver um desempenho ou se não tiver os resultados, é o mais fácil a fazer [demitir o chefe de equipe, caso você seja o proprietário do time]. Mas é o melhor caminho? Não sei e estou tentando não sentir pena de mim mesmo – tive uma boa experiência. Mas isso parece ser a tendência no momento.”
“A F1, em 2024, na minha opinião, olhando para o GP do Bahrein (disputado em 2 de março) este ano, é muito tarde [para uma mudança de gestão ter impacto]. Você não pode mais mudar – o que acontece, está feito. O dano está feito."
"É preciso olhar quais são os planos para 2026/2027. E as pessoas não querem ouvir isso. Porque tudo é sobre o próximo resultado", ponderou Steiner, citando a necessidade de uma visão de longo prazo para os proprietários de escuderias da categoria máxima do automobilismo mundial.
“Não é como o futebol, onde você troca alguns jogadores e pode fazer uma grande diferença. Na F1, você não pode fazer isso, mas acho que esse entendimento não existe. Porque se as pessoas mudarem e a visão das equipas não mudar, nada vai mudar", completou o agora ex-chefe da Haas.
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