Furioso com estouro de pneu, Vettel dispara: “é inaceitável”
Fabricante italiana, por sua vez, diz que Ferrari arriscou demais ao optar por apenas uma parada no GP da Bélgica
O primeiro e o último dia de atividades do GP da Bélgica terminaram com o mesmo assunto em pauta: os pneus da Pirelli. No segundo treino livre de sexta-feira, Rosberg se aproximava da Blanchimont quando o pneu traseiro direito estourou – o alemão estava a 306 km/h no momento do incidente.
Neste domingo (23), Sebastian Vettel e a Ferrari optaram por fazer apenas um pit stop e a estratégia estava dando resultado, já que o germânico vinha em terceiro até a última volta, quando o composto traseiro direito se despedaçou na reta Kemmel, deixando o tetracampeão indignado.
“Quantas voltas faltavam? Não muitas. Se tivesse acontecido 200 metros antes, eu não estaria aqui conversando neste momento. Você está ali, a 300 km/h, contornando a Eau Rouge, você sabe... (suspiros). Eu não sei o que mais precisa acontecer, é um assunto que continua no ar mas ninguém fala nada. É inaceitável”, disse um revoltadíssimo Vettel.
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Vettel mencionou ainda a reunião que os pilotos tiveram com Charlie Whiting após o incidente de Rosberg. Na visão do piloto da Ferrari, o delegado de segurança se mostrou genuinamente preocupado com a questão, mas nenhuma medida.
"Creio que (Whiting) se preocupou, mas qual foi a resposta? A mesma de sempre – ‘sim, havia um corte, sujeira na pista, talvez algo errado na carroceria, talvez o piloto tenha saído da pista’ – tudo bobagem” disparou.
"Se Nico (Rosberg) disse que ele não saiu da pista, essa é a verdade. Por que ele mentiria para nós? Eu também não saí da pista. Eu apenas fazia a minha corrida quando, de repente, o pneu explodiu. Como eu disse, se tivesse acontecido antes... (nós, pilotos) precisamos conversar uns com os outros sobre o assunto. Não foi tão ruim quanto em Silverstone, mas isso não é aceitável”, cravou.
Pirelli culpa Ferrari
A Pirelli, através de Paul Hembery, defendeu-se das alegações de Vettel. O diretor esportivo da fabricante italiana responsabilizou a Ferrari pelo incidente, dizendo que o time arriscou demais ao deixar Vettel na pista com os mesmos compostos desde a 15ª volta – quando o alemão tirou os macios e colocou os médios.
“A vida útil daquele pneu já tinha chegado ao fim. Como em qualquer pneu do mundo, quando isso acontece, você pode ter problemas.", disse Hembery. 28 voltas foi muito mais do que pensávamos – falávamos em duas ou três paradas, como a maioria fez. Eles, no entanto, acreditaram que seria possível terminar a prova com apenas um pit stop”, comentou.
"A vida útil dos pneus médios, teoricamente, era de 40 voltas. Mas as circunstâncias de uma corrida, obviamente, podem fazer com que isso mude, não é um dado preciso. As demais equipes tomaram outros caminhos (em comparação com a Ferrari”, adicionou o dirigente.
Por fim, Hembery procurou destacar que não há relação entre os incidentes de Rosberg e de Vettel e evitou criticar as declarações do piloto da Ferrari.
“No caso de Rosberg, foi um corte externo. Este (o de Vettel) foi pelo desgaste. As imagens mostraram que o pneu estava intacto antes do incidente. Se a corrida tivesse uma volta a menos, eles estariam no pódio e os consideraríamos gênios. Quanto às declarações, darei o benefício da dúvida a ele, que estava frustrado por não ter conseguido um bom resultado, apesar de ter chegado muito perto. Então não vou criticá-lo por isso”, encerrou.
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