Gabriel Bortoleto opina sobre escolhas de equipe de Alonso na F1

Bicampeão da Fórmula 1, o espanhol Fernando Alonso voltou a ficar limitado pelo desempenho da Aston Martin na classificação para o GP do México e largará em 14ª na corrida deste domingo no Autódromo Hermanos Rodríguez, às 17h, com transmissão da Band e cobertura completa do Motorsport.com.

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O veterano deposita suas esperanças no projeto da Aston Martin para 2026, quando a F1 passará por uma grande mudança de regras. O período coincide com os 20 anos dos títulos conquistados por Alonso, em 2005 e 2006, pela Renault.

Agenciado pelo piloto espanhol, o jovem Gabriel Bortoleto, novato brasileiro da Sauber em 2025, foi questionado no dia de mídia do GP do México se acha que Alonso fez escolhas ruins de equipe ao longo da carreira.

Fernando estreou na F1 pela Minardi em 2001, foi reserva da Renault em 2002 e titular da equipe francesa até o fim de 2006, saindo para a McLaren em 2007, quando travou intenso duelo interno com o então estreante Lewis Hamilton na briga pelo título, que acabou ficando com Kimi Raikkonen, da Ferrari.

Após o conflito na McLaren em 2007, Alonso retornou para a Renault, na qual correu as temporada 2008 e 2009, enquanto Hamilton conquistou o título de 2008. Depois, o espanhol foi para a Ferrari, na qual ficou entre 2010 e 2014, sendo vice-campeão em 2010 e 2012. Em 2015, voltou à McLaren, ficando até 2018.

A segunda passagem pelo time de Woking foi frustrante, com Alonso se aposentando da F1 no fim de 2018 -- ele acabaria voltando em 2021 pela Alpine, antes de se juntar à Aston Martin para a temporada 2023.

No fim da década passada, Alonso viu uma Ferrari competitiva nas mãos de seu antigo rival Sebastian Vettel e do promissor Charles Leclerc, enquanto o espanhol se frustrou na McLaren e saiu da F1 para se dedicar a IndyCar, WEC e rally, tendo muito sucesso fora da categoria máxima do automobilismo.

Para Bortoleto, porém, Alonso sofreu com falta de sorte, e não com escolhas erradas de equipes. "Isso (mudar de equipe) não é uma habilidade. Você pode ter expectativas, pode pensar sobre isso, pode tentar prever, mas você nunca sabe", ponderou o brasileiro.

"Não foi a Mercedes que venceu por oito anos consecutivos? E então, com os novos regulamentos, eles desenvolveram um carro completamente errado. Como você vai saber? Eu acho que ele escolheu equipes muito boas. Ele não foi para uma equipe completamente ruim. Ele sempre esteve entre as três ou quatro melhores equipes. Acontece que ele não teve a sorte que precisava. Essa é a minha opinião", seguiu Gabriel, que também opinou que Alonso merecia mais conquistas na elite do esporte a motor.

"Com certeza, sim. Acho que ele é um dos maiores de todos os tempos. Infelizmente, é assim que a F1 funciona. Você precisa estar no lugar certo na hora certa. Acho que existem muitos pilotos talentosos que não conseguiram ser campeões mundiais."

"E alguns pilotos que foram campeões mundiais... não estou dizendo que eles não merecem, todos eles merecem, porque se você é campeão mundial de F1, você é um piloto muito bom, mas, sabe, às vezes não é uma comparação muito justa. E acho que o Fernando merecia muito mais títulos pela forma como pilota. E ele esteve muito perto de conquistar esses títulos em várias ocasiões", completou o piloto da Sauber, que larga em 16º neste domingo.