Gasly diz que F1 deve abordar problema de spray após má visibilidade em Spa
Corrida na Bélgica foi interrompida após as duas voltas necessárias para classificá-la por pontos
Pierre Gasly disse que a Fórmula 1 deve buscar maneiras de reduzir a quantidade de spray produzida pelos carros em condições de chuva.
Falta de visibilidade foi a principal razão pela qual o GP da Bélgica não pôde ser realizado no último domingo (29), com os pilotos relatando que não conseguiam ver as luzes vermelhas dos carros à frente, mesmo correndo em velocidade de safety car.
A corrida, portanto, foi interrompida após as duas voltas necessárias para classificá-la por pontos.
"Infelizmente, não acho que houvesse outra opção possível porque a visibilidade era muito ruim no pelotão", disse Gasly, que era o sexto na fila.
"Se um carro para na pista por qualquer motivo ou bate e outros carros estão vindo logo atrás, sabemos as consequências."
"O problema é que você sempre conta com todos os caras à sua frente para ficar na pista e ir a uma velocidade semelhante à que você está indo. Porque se alguém para e você chega a 200-250km/h, a visibilidade era de cerca de 30 metros."
"Uma vez que o carro está a 200-250km/h, não há como parar. Já vimos coisas horríveis o suficiente aqui nesta pista."
O francês sugeriu que resolver o problema de spray seria a melhor maneira de garantir que não haja uma repetição do ocorrido.
"Acho que devemos trabalhar para tentar reduzir o spray atrás dos carros. Quando eu estava observando o safety car, obviamente indo em uma velocidade muito mais baixa, o spray é muito menor do que o que fazemos com o nosso carros."
"Acho que essa é uma área em que a F1 deve se concentrar nos próximos anos, porque se você reduzir o spray e tiver melhor visibilidade, tudo bem, as condições são muito complicadas, pode haver aquaplanagem, pode haver muito deslizamento, pode ser muito lento."
"Mas depois cabe a nós, pilotos, estarmos no limite da aderência que temos, mas pelo menos vemos. E no domingo o problema foi a falta de visibilidade."
The Safety Car Max Verstappen, Red Bull Racing RB16B, and George Russell, Williams FW43B, out of the pits
Photo by: Mark Sutton / Motorsport Images
O pacote aerodinâmico da F1 está mudando no próximo ano e resta saber que impacto isso terá.
Os pneus de chuva são obviamente o outro elemento importante em termos de spray, e Sebastian Vettel deu a entender que as borrachas do anterior fornecedor Bridgestone criaram menos do que a atual Pirelli.
Quando questionado a comparar o domingo com o GP do Japão de 2007 em Fuji, o alemão disse: "Passamos muito tempo atrás do safety car. Tínhamos pneus diferentes. Você entende o que quero dizer?"
Vettel também observou que as condições estavam piores em Spa no Q3, quando ele pediu uma bandeira vermelha, do que no domingo.
“Havia muito mais água parada e éramos apenas nós por nossa conta. O problema nas corridas é que vocês estão seguindo uns aos outros. Portanto, você não pode começar a corrida com uma diferença de 15 segundos entre os carros."
“Ontem (sábado) tinha muito mais água na pista. Hoje (domingo) foi um pouco menos e se você for dar uma volta, você se livra da água, mas obviamente do spray você não se livra."
“Ninguém quer que alguém se machuque, não queremos nos machucar no carro e não queremos que nenhum espectador se machuque."
"Portanto, essa é sempre a prioridade número um. Provavelmente [não correr] não é uma decisão popular. Mas basicamente a decisão certa para as condições que tínhamos", concluiu.
F1 em Spa: HIPOCRISIA dos PONTOS, MOTIVOS para a NÃO-corrida, PISTOLADA de pilotos, TAPETÃO e causos
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