Stefano Domenicali puxou a fila de elogios ao trio formado por Lewis Hamilton, Fernando Alonso e Sebastian Vettel. Para o chefe de equipe da Ferrari os três são os melhores pilotos da Fórmula 1 atual. Nomes como Emerson Fittipaldi, Frank Williams, Niki Lauda, Jackie Stewart, entre outros, seguiram as palavras de Domenicali no último mês.
Em 2011, além dos três citados, o único capaz de vencer uma corrida foi Jenson Button, no memorável Grande Prêmio do Canadá. Porém, mesmo após conquistar o Mundial em 2009 e fazer frente ao badalado Hamilton na McLaren em 2010, o inglês segue pouco cotado.
Gil de Ferran, piloto bicampeão da Champ Car (2000 e 01) e vencedor das 500 milhas de Indianápolis (2003), trabalhou com Button em 2005 e 06, quando foi contratado como diretor-esportivo da Honda. “Eu acho o Jenson um piloto fantástico. Ele é um cara que tem uma sensibilidade nas mãos e nos pés, e um piloto com uma delicadeza que poucos têm. Isso não quer dizer que ele é lento. Ele não é aquele piloto espetacular de olhar, que vem de lado, trava roda”.
O estilo de Button guiar, ressaltado por Gil, é fundamental em determinadas situações. "Ele é um piloto de uma finesse muito grande, que realmente leva o carro no limite o tempo inteiro. Ele é muito bom em uma situação como a que tivemos no Canadá ou na Inglaterra, quando molha-seca, seca-molha, exatamente por essa habilidade que ele tem de saber onde está o limite do carro e não ir além”.
Para Gil de Ferran o estilo menos espetacular do campeão mundial de 2009 o deixa em cotação abaixo do trio badalado. “Pelo fato dele não ser espetacular de se assistir, talvez as pessoas não o vejam de uma maneira tão alta como Vettel, Hamilton e Alonso. Mas para mim ele tem muitas qualidades e merece o título que tem de campeão do mundo”.
Na Honda, além de Button, Gil de Ferran pode trabalhar com Rubens Barrichello. “Rubens está aqui faz tempo né (risos). Isso para mim é um crédito muito grande para ele. Na Fórmula 1, amigos, amigos, negócios a parte. Se você não tiver o talento para ficar na F-1 você não fica. Pessoal te manda embora com ou sem contrato. O fato do Rubens estar na categoria há 19 anos mostra a qualidade que ele tem, o que pensam dele na F-1, o que ele pode agregar a uma equipe, a velocidade que ele tem. A grande verdade é que aparecem moleques rápidos, talentosos, mas ninguém deixa o Rubens na fumaça. Ele continua virando os tempos e contribuindo mais para o time do que outros pilotos”, finaliza Gil de Ferran.
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Felipe Motta
Fórmula 1
Jenson Button
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